Antílope tibetano e suas características
Também conhecido como ‘chiru’, o antílope tibetano é um mamífero que vive na Ásia. Bastante famoso em sua terra, ele foi escolhido como mascote das Olimpíadas de 2008, em Pequim.
Localização e características
É uma espécie endêmica do planalto tibetano: pode ser encontrada em estepes alpinas entre 3200 e 5500 metros acima do nível do mar. Ele gosta de terras abertas e escassamente vegetadas, que também podem ser encontradas no norte da Índia e em certas regiões da China e do Nepal.
Seu nome científico é Pantholops Hodgsonii e pertence à família dos antílopes. De tamanho médio, os machos podem atingir 85 centímetros de altura e pesar cerca de 40 quilos (as fêmeas são 10 centímetros menores e quase 15 quilos mais leves).
Nesta espécie há um dimorfismo sexual acentuado, já que os espécimes masculinos também possuem chifres e linhas pretas nas pernas. Os chifres são curvados para trás e podem atingir 60 centímetros; ao contrário dos caprinos, não crescem durante toda a vida. Os machos usam seus chifres para demonstrar poder nos meses de reprodução.
Em ambos os sexos, o pelo é castanho avermelhado com uma barriga branca, grossa e peluda. O rosto é quase completamente preto e, durante o inverno, os machos são mais marcados, pois o corpo fica mais pálido.
Comportamento e reprodução do antílope tibetano
Em termos de alimentação, o antílope tibetano baseia sua dieta em pastagens, gramíneas e juncos. No inverno, cava na neve para obter comida, pois é bastante escassa.
É um animal gregário, o que significa que agrupa-se em bandos de centenas de exemplares no momento de se deslocar de um lado para o outro, em busca de melhores pastagens para comer. Geralmente, compõe grupos menores, de cerca de 20 indivíduos.
Eles são animais muito tímidos e rápidos, podem atingir 80 km/h quando escapam de um predador, principalmente lobos, linces, leopardos da neve e raposas vermelhas.
As fêmeas podem caminhar até 300 quilômetros por ano para dar à luz, enquanto se afastam do grupo e dos machos. Então, juntam-se ao rebanho novamente no final do outono.
Em relação à reprodução, o tempo de cio é de novembro a dezembro. Cada macho forma um “harém” de no máximo 12 fêmeas – quatro é geralmente o número usual de “concubinas” – e é responsável pela expulsão dos outros machos, através de certas “exibições” com a cabeça.
Em última análise, os machos usam os chifres para demonstrar seu poder, por exemplo, se outro espécime for muito insistente e permanecer na área do harém.
As fêmeas dão à luz apenas um filhote por ninhada. O nascimento ocorre entre junho e julho, uma vez que a gestação dura aproximadamente seis meses. Os bebês podem ficar “em pé” 15 minutos após nascerem e ficam com a mãe por um ano (machos) ou um ano e meio (fêmeas).
No segundo ou terceiro ano de vida, atingem a maturidade sexual. Embora não se saiba quantos anos eles vivem, estima-se que possam sobreviver por 10 anos.
Situação do antílope tibetano
O “highland elf”, como é carinhosamente chamado entre a população local, é uma espécie protegida na China e existem até três reservas naturais cujo objetivo é conservá-lo.
O número de exemplares caiu na década de 90 devido à caça furtiva – a lã do antílope é valorizada pela sua capacidade de aquecer no rigoroso inverno, e ele é valorizado devido à falta de alimentos, por isso cada vez mais há a necessidade de se esconder dos seres humanos.
Por esta razão, o governo chinês tomou medidas e, graças à ajuda de voluntários, pouco a pouco a população do antílope tibetano está aumentando. Atualmente a espécie deixou de estar em perigo de extinção: hoje em dia é classificada como “quase ameaçada”.
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- Leslie, D. M., & Schaller, G. B. (2008). Pantholops Hodgsonii (Artiodactyla: Bovidae). Mammalian Species. https://doi.org/10.1644/817.1
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