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Chifre do rinoceronte: uma característica pré-histórica

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Você sabia que o chifre do rinoceronte mudou ao longo dos anos? As espécies tiveram que se adaptar às novas condições ambientais, pois, caso contrário, seriam extintas.
Chifre do rinoceronte: uma característica pré-histórica
Última atualização: 12 junho, 2020

Os rinocerontes estão entre os animais mais antigos que ainda existem, mas a aparência deles nem sempre foi igual a atual. Neste artigo, vamos mostrar como era a aparência pré-histórica do chifre do rinoceronte e alguns dados muito interessantes sobre esse animal fantástico.

O chifre do rinoceronte mudou ao longo do tempo

Atualmente, as poucas espécies de rinocerontes que ainda vivem livres na natureza estão em perigo de extinção. Isso ocorre porque o chifre do rinoceronte é considerado medicinal. Além disso, essa parte do animal também é tratada como um “troféu” por caçadores.

Você sabia que a família dos rinocerontes era composta por quase 50 espécies? Hoje, infelizmente, restam apenas cinco espécies e não sabemos por quanto tempo elas vão resistir. Ainda há informações disponíveis sobre algumas espécies extintas devido à descoberta de fósseis através de várias pesquisas científicas.

É assim que podemos saber, por exemplo, que o chifre do rinoceronte nem sempre foi como o conhecemos hoje. Ou seja, um chifre grande no centro do rosto do animal. Algumas espécies de rinoceronte nem sequer tinham chifres!

Os rinocerontes pré-históricos eram muito semelhantes na aparência do corpo, sendo robustos, com pernas curtas e muita força. Muitas espécies tiveram que evoluir quando o clima mudou no planeta a fim de se adaptarem para serem capazes de sobreviver. Mas isso significou, por exemplo, ter que desenvolver um chifre especial ou tornarem-se animais sem pelos.

Todo rinoceronte tem chifres?

Quando pensamos em um rinoceronte, a imagem de um animal com um chifre no centro da cabeça automaticamente vem à mente de todos. Mas eles nem sempre tiveram a mesma aparência que a atual. Algumas espécies dessa família com ou sem chifres especiais, são:

1. O rinoceronte-lanudo

Essa espécie de rinoceronte viveu na Europa e na Ásia até a última era glacial, cerca de 30.000 anos atrás. Ele é conhecido em parte pelas artes rupestres encontradas em uma caverna no sul da França. Nessa figura, é retratado com dois chifres, um curto e outro mais comprido e curvado.

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Como o nome sugere, o rinoceronte-lanudo tinha pelos por todo o corpo. Além disso, sabe-se que esse animal media quase quatro metros de comprimento e pesava cerca de 3.000 quilos, semelhante a um rinoceronte branco atual.

2. O rinoceronte corredor

Pertencia à família Hyracodontidae – toda extinta – e vivia nas áreas de selva dos atuais territórios da China, do Paquistão e do Cazaquistão. Embora fosse semelhante aos rinocerontes dos dias de hoje, tinha pernas e pescoço mais longos.

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Além disso, essa espécie não tinha chifres e seu rosto era semelhante ao de uma anta. Esses animais eram capazes de correr em grandes velocidades, daí vem o nome pelo qual são conhecidos.

Acredita-se também que esse animais tinham mais semelhanças com um cavalo do que com um rinoceronte. Eles chegavam a medir até 10 metros e, aparentemente, evoluíram até se tornarem as girafas.

3. Teleocera

Nesse caso, o chifre do rinoceronte do gênero Teleocera era bastante semelhante ao das espécies atuais. Entretanto, tinha um pequeno chifre no focinho que não estava presente em todos os exemplares.

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Fonte: © N. Tamura

Os rinocerontes do gênero Teleocera viviam na América do Norte há 5,3 milhões de anos. Esses animais tinham hábitos subaquáticos, portanto também estão relacionados com os hipopótamos. Eles tinham pernas curtas e um peito largo.

4. Unicórnio siberiano (ou rinoceronte-de-chifre-grande)

Podemos dizer que a figura do cavalo alado com um chifre na cabeça que aparece em tantos contos e lendas foi na verdade derivada de um rinoceronte pré-histórico. Esse “rinoceronte” vivia na Ásia — precisamente na atual região da Rússia — e sua principal característica era um chifre grosso com quase dois metros de comprimento que crescia “entre os olhos”.

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Seu corpo era robusto, as pernas curtas e o tronco pequeno. Tinha pelos em todo o corpo e os espécimes adultos podiam medir até seis metros e pesavam cerca de cinco toneladas.

5. Brontoterídeos

O chifre do rinoceronte dessa espécie da América do Norte e do Leste da Ásia era realmente único. Esse animal tinha um chifre dividido em dois, mas que não terminava em um uma estrutura pontiaguda. Na verdade, o chifre dessa espécie terminava em uma forma arredondada, por isso é mais semelhante aos ossicones das girafas do que aos chifres dos rinocerontes.

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Sem dúvida, a aparência do chifre do rinoceronte pré-histórico foi muito diferente daquela que conhecemos hoje. Assim, vale sempre a pena aprender mais sobre os animais, sejam pré-históricos ou atuais.


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  • Ansón, M., & Hernández Fernández, M. (2013). Reconstrucción artística de la apariencia de Prosantorhinus Heissig, 1974, el rinoceronte teleoceratino del Mioceno medio de Somosaguas. Revista Espanola de Paleontologia.

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