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5 diferenças entre castores e ratão-do-banhado

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Os castores e os ratões-do-banhado podem parecer semelhantes à primeira vista, mas têm algumas diferenças distintivas. Embora ambos vivam na água, eles pertencem a diferentes táxons biológicos.
5 diferenças entre castores e ratão-do-banhado
Última atualização: 15 dezembro, 2022

Os castores (gênero Castor) e os ratões-do-banhado (Myocastor coypus) são animais semiaquáticos com uma aparência semelhante, mas existem diferenças surpreendentes e interessantes entre eles. Por mais que se pareçam externamente, eles têm características físicas e comportamentos distintos.

Na América do Norte, ambos os roedores são alguns dos animais selvagens mais agradáveis de se observar, mas às vezes é difícil distingui-los. Seja porque você sempre os vê ou simplesmente porque deseja saber o que os diferencia, confira aqui 5 de suas principais diferenças.

Diferenças entre castores e ratões-do-banhado

Para diferenciar os dois animais, é importante olhar primeiro para a cauda. De acordo com Cool Green Science, é a característica mais importante para distingui-los. Também se deve observar o formato geral de seu corpo, sua pele e seu comportamento. Note o que eles carregam na boca, se estão caçando, se estão se alimentando de plantas ou carregando ramos.

1. A origem e a localização atual

O ratão-do-banhado, também conhecido como caxingui ou nútria, é nativo do sul da América do Sul. Essa espécie era mantida em criadouros ao redor do mundo com o objetivo de comercializar sua pele e carne, mas alguns exemplares conseguiram escapar e colonizar áreas úmidas com grande sucesso – principalmente locais onde o inverno não é muito forte –, afetando ecossistemas dos quais não é nativa.

Por essa razão, esses animais podem ser encontrados – além da América do Sul – na América do Norte e em grande parte da Europa Ocidental, fator que têm em comum com castores. Por sua vez, os castores, nativos da América do Norte, Europa e Ásia, continuam vivendo em seu habitat original.

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Um ratão-do-banhado

2. A cauda, uma das principais diferenças entre castores e ratões-do-banhado

As caudas dos castores são grandes, achatadas horizontalmente, quase sem pelos e em forma de remo: são inconfundíveis. Pode medir de 25 a 33 centímetros de comprimento e 7 a 20 centímetros de largura. De acordo com a Faculdade de Agricultura, Silvicultura e Ciências da Vida da Carolina do Sul, quando algo os incomoda, esses animais batem com a cauda na superfície da água.

Já nos ratões-do-banhado, a cauda é redonda, pontiaguda e com poucos pelos. Pode pode medir de 33 a 40 centímetros, de acordo com o Serviço de Pesca e Vida Silvestre de Estados Unidos.

3. O tamanho e a velocidade

O ratão-do-banhado (Myocastor coypus) é muito menor que o castor (Castor canadensis), conforme indicado pelos Serviços Ambientais de Oregon. Por outro lado, os primeiros são nadadores mais ágeis e rápidos, sendo o nado do castor muito mais lento.

É difícil ver o tamanho dos castores quando eles colocam a cabeça para fora da água, mas eles são muito grandes e têm uma aparência arredondada quando em terra.

Por sua vez, os castores podem medir entre 1 metro e 1,20 metro e pesar entre 15 e 22 quilos ou mais. Enquanto isso, os ratões-do-banhado podem pesar até 9 quilos e os adultos maduros medem cerca de 60 centímetros.

4. O pelo, as patas e os dentes

A pelagem dos castores consiste em duas camadas: uma espessa camada externa de pelo protetor – geralmente de cor marrom a avermelhado – e uma fina e densa pelagem, que fica por baixo da primeira. Cada uma de suas patas tem cinco dedos e os membros posteriores têm membranas, enquanto os anteriores não.

Os ratões-do-banhado têm pelagem densa e acinzentada, coberta por pelos de proteção longos e brilhantes, que variam do marrom-escuro ao marrom-amarelado.

O focinho dos ratões-do-banhado é coberto por pelos ásperos e brancos, e suas patas traseiras são muito mais longas do que as dianteiras, o que lhes dá uma aparência curvada quando em terra. As patas traseiras são palmadas, enquanto as dianteiras têm quatro dedos bem desenvolvidos, com garras e um dedo vestigial. Como os castores, seus incisivos são grandes e amarelados.

5. As construções: outra das diferenças entre castores e ratões-do-banhado

Ambos criam diferentes tipos de construções na água, porque ambos os mamíferos roedores são excelentes nadadores. A diferença é que os castores vivem nessas criações, mas os ratões-do-banhado não, usando-as apenas para alimentação e higiene.

Se você vir árvores derrubadas sem galhos ou casca em um território onde pode haver castores, é provável que isso seja obra deles. Os castores preferem certas espécies de árvores e arbustos para suas construções, como choupos, salgueiros, coníferas, árvores frutíferas e plantas ornamentais.

Esses roedores geralmente cercam árvores e arbustos ao redor de lagoas e constroem barragens de madeira e lama, razão pela qual são frequentemente vistos carregando galhos ou gravetos. Eles também criam escorregadores ou caminhos escorregadios, por onde entram e saem da água.

Já o ratão-do-banhado constrói plataformas flutuantes feitas de vegetação aquática, que podem medir até 90 centímetros. Para se abrigar e descansar, eles cavam tocas do tamanho de uma bola de vôlei na beira da água.

Adaptações

Esses dois roedores têm várias adaptações para uma vida semiaquática além de suas patas palmadas. Por exemplo, os olhos, orelhas e as narinas do ratão-do-banhado ficam no alto da cabeça.

As narinas e a boca têm válvulas que vedam a água ao nadar, mergulhar ou se alimentar. Essa adaptação também acontece com os castores, acrescentando suas membranas oculares transparentes.

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Um castor.

Apesar de ambos habitarem o ecossistema aquático, os ratões-do-banhado e os castores são mamíferos distintos. Suas adaptações, alimentação e hábitos de vida mostram que esses animais têm muito em comum, mas também têm características claramente diferenciais.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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Hausheer, J. E. (2021, 29 abril). Beaver? Otter? Muskrat? A Field Guide to Freshwater Mammals. Cool Green Science. https://blog.nature.org/science/2021/04/12/beaver-otter-muskrat-a-field-guide-to-freshwater-mammals/

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