Conheça os hábitos da marmota alpina

A marmota alpina se destaca por seus curiosos hábitos, como o de comer sentada sobre as patas traseiras ou guardar a entrada da caverna onde vivem seus companheiros, aos quais alerta com uma espécie de chiado.
Conheça os hábitos da marmota alpina

Última atualização: 10 março, 2022

Este roedor é um dos maiores da Europa e está relacionado com os esquilos, embora os seus costumes e sua aparência sejam diferentes. Neste artigo vamos falar sobre as características e hábitos da marmota alpina, que prefere morar a mais de 800 metros de altura.

Características da marmota alpina

Para começar, é bom saber que este roedor mede cerca de 60 centímetros e possui mais 15 centímetros de cauda, que é curta em comparação com outros de sua família.

Além disso, pesa no máximo oito quilos e pode perder peso ou ganhar dependendo da época do ano; é mais pesado no outono e mais magro na primavera, depois de hibernar.

Depois do castor e do porco-espinho, a marmota alpina é um dos maiores roedores da Europa.

Tem cabeça e corpo robustos, pernas curtas e orelhas muito pequenas que se adaptaram ao frio de onde vivem. Quanto ao pelo, é marrom acinzentado nas costas, amarelado na barriga e preto na ponta da cauda. Há uma subespécie cujo pelo é mais claro.

Distribuição de marmota alpina

Embora pelo seu nome possamos inferir que a marmota alpina é encontrada nos Alpes, ela também está presente em outros sistemas montanhosos da região: as montanhas das Tatras e os Pirineus. Sua casa está localizada entre 800 e 3.200 metros acima do nível do mar.

Marmota alpina e seu habitat

De acordo com registros fósseis, a marmota alpina habitou a área que compreende a atual Inglaterra e a Rússia por milhares de anos. No entanto, sua população foi reduzida devido ao avanço do homem, às alterações climáticas e à caça furtiva.

Embora no início do século 19 a marmota alpina estivesse quase extinta, diferentes medidas ajudaram a evitar o seu desaparecimento. Por exemplo, desde 1869 ela não pode ser caçada nas Tatras, e desde o último século repovoamentos foram realizados na França e se expandiram para os Pireneus franceses e espanhóis.

Trata-se de uma espécie adaptável e flexível em termos de alimentação e abrigo. A rápida expansão da marmota alpina deve-se às condições climáticas da região a que está acostumada.

Comportamento e hábitos 

Assim como acontece com a maioria dos seus parentes, a marmota alpina é noturna e durante o dia pode passar horas à procura de comida. Quando o faz, senta-se sobre as patas traseiras e pega a comida com as patas dianteiras, numa postura muito característica.

Marmota alpina e seu filhote

Além disso, é uma espécie muito sociável e pode formar colônias de centenas de indivíduos na mesma grande toca, mesmo que não estejam relacionadas.

As tocas podem ter vários metros de profundidade e permitem que os animais se protejam das baixas temperaturas no inverno – incluindo a queda de neve – e dos ataques de predadores.

Às vezes é possível se deparar com uma marmota alpina na entrada da toca, bem alerta para avisar seus colegas sobre a ocorrência de qualquer perigo. Se isso acontecer, ela emite um chiado muito alto que atinge o fundo da caverna compartilhada.

Sendo um herbívoro que forma núcleos de congêneres, impacta a flora dos prados alpinos e é um concorrente proeminente de outras espécies, como o lagópode-branco.

No entanto, também oferece seus “benefícios” ao ecossistema, porque se tornou uma presa fácil de capturar por predadores como a águia-real e a raposa.

No outono, elas devoram uma grande quantidade de ervas e raízes e desenvolvem uma espessa camada de gordura sob a pele. Durante a temporada de inverno, a marmota alpina hiberna: a temperatura do seu corpo cai mais de sete graus, as pulsações vão a 10 por minuto e a respiração ocorre três vezes a cada 60 segundos.


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