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5 fatos sobre o coronavírus canino que você deve conhecer

4 minutos
Um novo vírus chamado COVID-19 surgiu na família dos coronavírus e está virando notícia em todo o mundo. Continue lendo caso você esteja se perguntando como esse vírus está relacionado ao coronavírus canino.
5 fatos sobre o coronavírus canino que você deve conhecer
Luz Eduviges Thomas-Romero

Escrito e verificado por a bioquímica Luz Eduviges Thomas-Romero

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Estamos no meio de uma explosão de notícias sobre o coronavírus. Então, você pode estar se perguntando: como o COVID-19 está relacionado ao coronavírus canino? De onde ele vem? E, acima de tudo: meu animal de estimação está em risco?

Embora ainda existam muitas perguntas em torno da atual pandemia, esperamos que este artigo consiga acalmar alguns dos seus medos.

1. O que são os coronavírus?

Os coronavírus (CoV) compõem uma família de aproximadamente 40 vírus que recebem esse nome devido à sua estrutura em forma de coroa. Em geral, esses vírus infectam mamíferos de uma espécie específica. São conhecidas cepas específicas de coronavírus que infectam gatos, coelhos, furões, vacas, perus e porcos.

Entre estes, sabe-se que três tipos virais podem infectar os cães, os chamados coronavírus caninos. O “CC” em seus nomes significa “coronavírus canino”: CCoV I, CCoV II e CRCoV (coronavírus respiratório canino).

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Em humanos, os membros dessa família de vírus causam o resfriado comum; estima-se que 15% das gripes sejam causadas por coronavírus. Outros tipos causam doenças mais graves, como a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV).

O vírus causal do surto de Wuhan foi provisoriamente chamado de COVID-19.

O novo COVID-19 é uma nova cepa de coronavírus que nunca foi encontrada antes em humanos.

2. As pessoas e os animais de estimação podem transmitir o coronavírus entre si?

Embora cães, gatos e humanos possam contrair vírus que pertencem à família Coronaviridae, as infecções geralmente são “específicas da espécie”, o que significa que a infecção entre as espécies é rara.

No entanto, é pertinente observar que os vírus são bem conhecidos por sua capacidade de sofrer mutações. As mutações virais normalmente mantêm a especificidade da sua espécie. É por isso que, embora a presença de vírus no planeta seja tão grande, eles não acabaram com a espécie humana.

Muito eventualmente, ocorre uma mutação que permite ao vírus uma infeção interespécie. Por enquanto, os especialistas não estão expressamente preocupados com a possibilidade da infecção por coronavírus ser transmitida entre humanos, cães e gatos.

A partir da análise das alterações induzidas por mutações nas sequências do vírus, os especialistas demonstraram que os coronavírus MERS-CoV e SARS-CoV, e até o COVID-19, são derivados do vírus do morcego.

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3. Qual é a gravidade da infecção pelo vírus canino?

São conhecidos três tipos de coronavírus canino. Dois deles, que compõem o grupo I, causam diarreia e são muito semelhantes entre si: CCoV I e II. A infecção por esses dois tipos virais é leve e, muitas vezes, passa despercebida.

O primeiro relatório sobre a infecção por CCoV apareceu em 1974, quando o vírus foi isolado de cães com enterite aguda em uma unidade militar canina na Alemanha.

Em 2003 surgiu um terceiro coronavírus canino, o CRCoV, que compõe o grupo IIcausa problemas respiratórios e pode ser uma doença grave. A infecção causa pneumonia e pode ser fatal. Tem uma alta frequência em cães em moradias superlotadas.

Foram relatados surtos causados ​​por um CRCoV altamente virulento e pantrópico, ou seja, que afeta muitos órgãos. Além disso, o CRCoV, juntamente com outros vírus de famílias diferentes, causa infecções respiratórias conhecidas como “complexo da tosse dos canis“.

4. Qual é a frequência da infecção por coronavírus canino?

Vários estudos sorológicos e virológicos mostram que o CCoV é muito difundido na população canina. Em particular, o vírus é altamente prevalente em canis e abrigos de animais.

A infecção entérica pelo CCoV é caracterizada por uma alta morbidade (proporção de indivíduos doentes) e baixa mortalidade. O vírus é excretado em altas concentrações na saliva e nas fezes e é transmitido pela via fecal-oral.

No caso do grupo II, relatórios dos EUA estimaram que mais de 50% dos cães avaliados possuem anticorpos contra o CRCoV, indicando que foram expostos ao vírus mais cedo em suas vidas.

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5. É preciso se preocupar com o coronavírus canino?

Não. Na verdade, existe uma vacina disponível contra o grupo I do coronavírus canino, mas a maioria dos veterinários segue as instruções da Associação Mundial de Veterinários de Animais de Pequeno Porte (WSAVA), que não a recomenda para os cães porque a infecção é muito leve.

Não existe tratamento específico para infecções causadas pelo CRCoV pantrópico. Os cuidados devem enfatizar o tratamento de base para manter o equilíbrio de fluidos e eletrólitos. Embora raramente indicado, agentes antimicrobianos de amplo espectro podem ser administrados para tratar infecções bacterianas secundárias.

Até o momento, não há vacina contra o CRCoV pantropical. Foi demonstrado que as vacinas inativas utilizadas atualmente contra o CCoV entérico são ineficazes.

A melhor prevenção é vacinar o seu cão contra outras infecções respiratórias (vírus da parainfluenza, adenovírus, cinomose e Bordetella bronchiseptica) para evitar a coinfecção. Além disso, é preciso isolar os cães doentes até que os sintomas desapareçam.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.