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5 curiosidades sobre animais que você vai se surpreender ao saber

7 minutos
O reino animal está repleto de aspectos tão interessantes quanto surpreendentes. Siga em frente e descubra as curiosidades sobre os animais que apresentamos a você neste artigo!
5 curiosidades sobre animais que você vai se surpreender ao saber
Sebastian Ramirez Ocampo

Escrito e verificado por veterinário e zootécnico Sebastian Ramirez Ocampo

Última atualização: 05 outubro, 2023

De acordo com um artigo revisado na revista PLoS Biology, estima-se que existam cerca de 7,7 milhões de espécies animais em todo o planeta. Dessas, cerca de 80% ainda aguardam identificação. No entanto, a maioria das pessoas nem conhece as características e os comportamentos das espécies já descobertas. Por isso, muitas curiosidades sobre os animais estão esperando para serem reveladas.

Se você se interessa pelo mundo animal, está no artigo certo. Convidamos você a explorar desde comportamentos exclusivos até características que diferentes espécies compartilham com os humanos. Não perca!

1. Nessas espécies, os machos assumem o papel de mãe

Embora seja difícil de acreditar, em algumas espécies marinhas ocorre uma mudança de papéis: é o macho que engravida. Trata-se dos singnatídeos, família de peixes entre os quais se encontram o cavalo-marinho, o peixe-cachimbo e o dragão-d’água.

Segundo artigo divulgado na revistaProceedings of the National Academy of Sciences, trata-se de um fenômeno natural que parece ser exclusivo desses curiosos espécimes. Além disso, como afirmam seus autores, é uma gravidez semelhante à que ocorre nos mamíferos.

Isso ocorre porque os machos fornecem nutrientes, imunização, oxigenação e proteção aos embriões que carregam.

Nos cavalos-marinhos, esse maravilhoso ato reprodutivo começa com uma dança cerimonial em que o macho e a fêmea entrelaçam suas caudas. Após esses movimentos, a fêmea deposita seus ovos dentro de um saco localizado na barriga do macho, que finalmente os fertiliza com seu esperma.

De acordo com uma publicação na revista Current Biology, esse comportamento garante aos machos que eles são os verdadeiros pais de sua prole. Essa situação não ocorre com outras espécies animais.

Da mesma forma, conforme explicado nesse documento, são as fêmeas do peixe-cachimbo que desenvolvem características marcantes como listras no corpo, pois são elas que devem lutar para encontrar um parceiro para se reproduzir.

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Por meio de uma protuberância conhecida como ovipositor, a fêmea deposita seus ovos no abdômen do macho. Crédito: Martin Koebsch/iStockphoto.

2. Existem mamíferos que põem ovos

Seguindo com os aspectos reprodutivos e as curiosidades dos animais, apresentamos a vocês os monotremados. São mamíferos que se caracterizam por sua capacidade de botar ovos. Nesse seleto grupo classificam apenas dois animais: o ornitorrinco e a equidna.

Uma pesquisa publicada na revista Genome Dynamics especifica que os monotremados são considerados “mamíferos alternativos”, que se separaram de seus congêneres placentários há cerca de 210 milhões de anos.

Da mesma forma, como sustentam seus autores, certas características genéticas desses animais são semelhantes a algumas dos répteis, como a diferença no tamanho de seus cromossomos.

Porém, apesar de não terem seios com mamilos e botarem ovos, são considerados mamíferos porque alimentam seus filhotes com leite materno. Eles fazem isso por meio de placas mamárias —localizadas no abdômen— que só as fêmeas possuem.

Somado a isso, a lactação fornece ao neonato nutrientes, imunidade e proteção antimicrobiana, como ocorre com todos os mamíferos. Isso é afirmado em um estudo publicado na revista Genome Biology and Evolution.

Entre outras coisas, a equidna põe um ovo por ano, que incuba durante dez dias em uma bolsa localizada em sua barriga. Já o ornitorrinco põe de 1 a 3 ovos, e o processo de incubação na bolsa dura em média 21 dias.

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O ornitorrinco é considerado um dos animais mais antigos do planeta Terra. Crédito: Douglas Gimesy/National Geographic.

3. Quando a expressão “dormir com um olho aberto” se torna literal

O sono é um aspecto fundamental na biologia dos seres vivos, pois permite ao corpo e ao cérebro se recuperar das atividades realizadas durante o dia, bem como recarregar as energias para enfrentar novos desafios. No entanto, existem espécies que, devido ao ambiente selvagem em que vivem, não podem cair completamente em um sono profundo.

É o caso de alguns mamíferos marinhos como o golfinho e de certas aves como a fragata. Ambas as espécies fazem dormir apenas um hemisfério do cérebro quando em repouso, enquanto o outro permanece acordado. Esse fenômeno é conhecido como “sono unihemisférico“.

Graças a essa habilidade, eles podem obter os benefícios de dormir e, ao mesmo tempo, estar alertas contra qualquer tipo de ameaça.

De acordo com um estudo publicado na revista PLOS ONE —focado em avaliar a capacidade dos golfinhos de serem ativos durante o dia e a noite— concluiu-se que eles podem permanecer nesse estado e manter suas faculdades completas por pelo menos 15 dias seguidos. No entanto, estima-se que aguentem ainda mais, já que foram os pesquisadores que encerraram o experimento.

Já as fragatas, de acordo com uma investigação da revista Nature, podem voar por 10 dias seguidos com apenas um olho fechado e um hemisfério do cérebro adormecido. Além disso, existem outras espécies nas quais é sugerido que possam apresentar esse comportamento. É o caso de alguns répteis, como o grande crocodilo.

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Os golfinhos podem dormir com um olho aberto e o outro fechado. Crédito: Joakant/Pixabay.

4. Os pássaros são mais espertos do que você pensa

Durante anos, os pesquisadores de pássaros se perguntaram como esses animais de cérebro pequeno podem realizar tarefas tão complexas. Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America encontrou uma possível explicação.

Segundo esse documento, a composição do cérebro das aves é diferente da dos mamíferos. Por um lado, embora as aves tenham um cérebro pequeno, elas têm uma concentração maior de neurônios em seu cérebro anterior. Essa área em particular está associada ao comportamento inteligente.

Além disso, os neurônios desses animais são bem menores. Por essa razão, eles são compactados de forma mais densa e em maior número do que nos mamíferos.

Ao contrário do que se acreditava, o tamanho do cérebro não tem papel fundamental na capacidade cognitiva dessas espécies. De fato, as aves desenvolveram um melhor uso de sua massa cerebral, em comparação com outros animais, durante a evolução.

Graças a essa composição anatômica, as aves pensam logicamente e têm a capacidade de realizar tarefas que se pensava serem exclusivas dos primatas.

Por exemplo, de acordo com um estudo publicado na revista Current Opinion in Neurobiology, o corvo da Nova Caledônia tem a capacidade de fazer e usar galhos como ferramentas para obter comida. Há também o caso das pegas, que segundo publicação na revista PLOS Biology conseguem se reconhecer diante de um espelho.

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Os corvos são pássaros muito inteligentes. Crédito: Alexa/Pixabay.

5. Assim como nas mulheres, existem animais que passam pela menopausa

Esse é um dos fatos animais mais surpreendentes. A menopausa é um processo biológico pelo qual todas as mulheres passam quando atingem uma certa idade. Nessa fase da vida, elas perdem a capacidade reprodutiva com a cessação da ovulação.

No entanto, não somos a única espécie animal a experimentar essas mudanças, que também ocorrem em alguns odontocetos. Especificamente, ocorre em orcas, baleias-piloto-de-aleta-longa, belugas e narvais. Esses mamíferos têm estruturas sociais complexas.

Assim como nos humanos, as fêmeas dessas espécies desempenham um papel além do reprodutivo. De fato, as mães que entram na menopausa se encarregam de cuidar dos animais mais jovens, com o objetivo de garantir uma maior taxa de sobrevivência. Ou seja, elas dão proteção aos seus filhotes e seus descendentes, que são seus netos.

Esse fenômeno evolutivo, conhecido como “teoria da avó”, é explicado em um estudo da revista Nature. Essa pesquisa aponta que orcas recém-nascidas – que nascem em comunidades com muitas mães jovens – têm 1,7 vezes mais chances de morrer do que aquelas que são cuidadas por mães mais velhas.

Por outro lado, para explicar porque é que a menopausa ocorre apenas nos humanos e nesses 4 cetáceos, numa investigação publicada no Journal of Theoretical Biology, foram estabelecidos três parâmetros:

  • Longevidade.
  • Convivência em grupos de vários indivíduos.
  • Diferença de 30% – ou mais – na expectativa de vida média entre homens e mulheres.

Você pode estar se perguntando: por que as elefantas não entram na menopausa? Embora seja uma espécie de vida longa e viva em comunidade, o motivo é que elas não cumprem o terceiro aspecto mencionado.

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As avós orcs desempenham um papel semelhante às mulheres mais velhas em nossa sociedade. Crédito: Rawpixel.

Vamos cuidar dos animais

Segundo estimativas do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), nos últimos 50 anos as populações de mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios diminuíram 68%. Além disso, segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza, mais de 42.100 espécies estão em perigo de extinção.

Essa situação deve nos fazer repensar as ações tomadas para conter esse problema. Se você achou interessantes esses curiosos fatos sobre animais, é hora de se conscientizar da importância dessas espécies nos ecossistemas de todo o planeta. Lembre-se sempre de respeitar e proteger todos os tipos de vida que encontrar.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.