Diagnóstico de erliquiose canina
Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez
A doença da qual vamos falar neste artigo é conhecida por vários nomes: raquitismo, febre hemorrágica ou erliquiose canina. É uma doença infecciosa grave e que deve ser diagnosticada precocemente. Continue lendo se quiser conhecer sua origem, possíveis sintomas e diagnóstico.
O que causa a erliquiose canina?
O organismo que causa esse distúrbio é uma bactéria do gênero Ehrlichia, especificamente a Ehrlichia canis. Esse organismo intracelular foi descoberto pela primeira vez em 1935 e, desde então, sua presença tem sido detectada em cães, gatos e humanos, razão pela qual é considerado uma zoonose.
Essa bactéria é um parasita obrigatório, por isso precisa de um hospedeiro para sobreviver. Dessa forma, ela se aloja em um vetor biológico, nesse caso, o carrapato do cão (Rhipicephalus sanguineus). As bactérias são armazenadas no intestino e na saliva do carrapato, e a transmissão ocorre quando outro cão é mordido pelo carrapato.
Possíveis sintomas
Em geral, a erliquiose canina pode ser dividida em três etapas: aguda, subclínica e crônica. Essa última etapa é a que apresenta maior risco para o animal. Assim, em cada um desses estágios, vários sintomas podem aparecer, como:
- Febre e apatia.
- Perda de peso, derivada da falta de apetite.
- Doenças do sangue, como a anemia.
- Sangramento no nariz ou nas fezes.
- Dificuldade para respirar.
- Glândulas inchadas.
- Falência renal.
- Claudicação.
Se a doença não for detectada a tempo, muitos desses sintomas podem ser fatais para o cão. Portanto, devemos ficar vigilantes e ir ao veterinário se observarmos algum deles em nosso animal de estimação.
Diagnóstico da erliquiose canina
Obviamente, a observação dos sintomas que acabamos de expor é um dos mecanismos de diagnóstico mais comuns. Infelizmente, muitos desses sintomas são muito genéricos e inespecíficos, e sozinhos não são suficientes para fazer um diagnóstico válido.
Portanto, o teste clínico mais eficaz é a realização de um exame de sangue. Usando uma amostra de sangue, o veterinário poderá confirmar a presença da bactéria. Além disso, esses testes podem ser repetidos alguns dias depois para confirmar sem dúvidas que o resultado é positivo. É nesse ponto que o tratamento começa.
Tratamento
Se a doença for detectada precocemente, o tratamento pode ajudar a diminuir e controlar os sintomas. Na fase inicial da erliquiose canina – aproximadamente uma a três semanas após a picada do carrapato – os antibióticos são o tratamento mais eficaz. Entre os mais comuns, destaca-se a doxiciclina.
Caso os sintomas não diminuam ou a doença avance, devem ser utilizados tratamentos adicionais, como:
- Transfusões de sangue quando aparecerem sintomas de anemia.
- Antipiréticos para combater a febre.
- Medicamentos para promover a produção de glóbulos vermelhos.
É importante não interromper o tratamento, mesmo quando parecer que os sintomas desapareceram. Assim como acontece no diagnóstico, os exames devem ser repetidos após alguns meses para verificar se a doença está sendo combatida.
Prevenção da erliquiose canina
Como tutores, podemos ajudar a prevenir essa doença ao aplicar uma série de práticas. O mais importante de tudo é exercer um controle estrito sobre os carrapatos. Em primeiro lugar, devemos verificar o corpo do cão periodicamente para descartar a presença desses organismos desconfortáveis.
Além disso, podemos fazer uso de vários aliados na forma de produtos veterinários, como pipetas e coleiras antiparasitárias, ou banhos. Se quisermos ficar totalmente seguros, podemos realizar uma limpeza completa das áreas da casa onde a presença dos carrapatos costuma ser suscetível.
Mas, como sempre recomendamos, a melhor maneira de prevenir é contar com a ajuda de um veterinário profissional.
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