O que é um enfisema em cães?
Escrito e verificado por o biólogo Cesar Paul Gonzalez Gonzalez
As doenças respiratórias são uma grave ameaça à saúde do animal de estimação. Isso porque elas dificultam o processo de oxigenação do sangue, o que causa problemas em diversos órgãos do corpo. Entre esses distúrbios está o enfisema, que geralmente deixa sequelas graves que complicam a vida dos cães.
O enfisema é uma condição que dificulta a respiração dos cães. Por esse motivo, é considerada parte das doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Continue lendo e aprenda mais sobre essa doença.
O que é um enfisema?
O enfisema é uma doença causada por uma condição do sistema respiratório. Essa situação faz com que os cães tenham problemas para expirar o ar que entra em seus pulmões, o que causa problemas para respirar. As causas dessa condição são diversas e pelo menos 3 formas diferentes de enfisema podem ser identificadas: alveolar, intersticial e subcutâneo.
1. Enfisema alveolar
Esse tipo de enfisema é um dos mais comuns em cães, pois o problema está nos pulmões. Durante essa condição, os sacos alveolares responsáveis pela oxigenação do sangue “incham “. Portanto, essas estruturas não podem realizar seu trabalho, impedindo o animal de respirar.
O enfisema alveolar geralmente é causado por uma condição secundária. No entanto, alguns casos são produto de uma doença obstrutiva crônica, de modo que o cão tem que conviver com a medicação por toda a vida.
2. Enfisema intersticial
O enfisema intersticial causa uma “bolha” de ar que se aloja fora dos pulmões. Esse problema decorre de uma ferida em qualquer parte do aparelho respiratório, que permite que uma certa quantidade de gás escape. Consequentemente, o gás sai do tecido conjuntivo e se aglomera ao redor dos órgãos.
O dano desse enfisema depende da quantidade de ar na bolha, uma vez que todas as estruturas internas são danificadas devido à pressão. Essa situação causa o comprometimento de diversos órgãos. Consequentemente, os sintomas e seus tratamentos são um pouco mais complexos do que os de outros casos.
3. Enfisema subcutâneo
Esse tipo de enfisema é bastante raro, pois são necessárias as condições ideais para que ele apareça. Geralmente, a condição se comporta como se fosse um enfisema intersticial, mas o ar se acumula quase sob a pele (por isso é considerado subcutâneo). Da mesma forma, causa diferentes quadros clínicos dependendo da área em que se encontram as “bolhas”.
O que causa o enfisema?
O enfisema em cães é causado por motivos diferentes em cada caso. No entanto, a maioria é causada por doenças respiratórias preexistentes. Algumas das causas mais comuns estão listadas abaixo:
- Bronquite: inflamação dos brônquios que, se não tratada, pode levar ao enfisema alveolar.
- Trauma: qualquer golpe forte próximo à região abdominal pode causar enfisema. Isso também inclui alguns acidentes como atropelamentos.
- Parasitas: alguns endoparasitas são capazes de invadir o pulmão e atingir os alvéolos, podendo causar uma inflamação que obstrui o mecanismo alveolar.
- Câncer: os processos invasivos do câncer são capazes de causar uma lesão pulmonar e levar à doença.
- Feridas perfurantes: qualquer ferida profunda que perfure alguma parte do sistema respiratório pode causar enfisema. As mordidas são responsáveis pela maioria desses casos.
- Condições genéticas: existe uma doença chamada enfisema lobar congênito que é produto da genética do cão. Essa condição causa uma malformação dos pulmões que impede os cães de respirar.
- Cirurgias: Após algumas cirurgias, os cães podem apresentar enfisema intersticial.
Sintomas de enfisema
Os sintomas mais óbvios da doença são falta de ar e tosse. No entanto, existem outros sinais de alerta que podem indicar enfisema. A lista a seguir contém alguns desses sinais:
- Perda de peso.
- Letargia
- Pouca resistência ao exercício.
- Ponto fraco.
- Perda de apetite.
- Batimento cardíaco acelerado.
- Protuberância em uma ou em diferentes partes do corpo.
Diagnóstico de um enfisema em cães
O veterinário deve descartar uma longa lista de possíveis patologias. Por isso, exames físicos, exames laboratoriais e radiografias são realizados no paciente. Da mesma forma, exames complementares podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico. Isso permite determinar qual é a causa da patologia e designar o tratamento adequado.
Lembre-se de que o diagnóstico consiste em detectar o enfisema e descobrir o problema que o causou. Portanto, apenas um profissional da área de saúde animal é capaz de fazer a avaliação correspondente. Nunca tente diagnosticar ou automedicar seu animal de estimação.
Tratamento do enfisema canino
O tratamento dessa patologia vai depender da gravidade do caso, já que o cão pode precisar ser hospitalizado para receber oxigenação. A primeira parte do acompanhamento se concentra em estabilizar os sintomas do cão. Para isso, são utilizados broncodilatadores e anti-inflamatórios, que ajudam a melhorar a respiração.
Em seguida, é feita uma análise dos danos aos pulmões e removidas as partes atrofiadas (processo conhecido como lobectomia). Da mesma forma, os órgãos afetados são cuidados e recebem o necessário para sua recuperação. Finalmente, passamos a lidar com a causa que causou o enfisema em primeiro lugar.
Os cães não apresentam sequelas graves a longo prazo se forem diagnosticados precocemente. Isso inclui pacientes que requerem intervenção cirúrgica, pois a recuperação geralmente não apresenta muitas complicações. Em geral, o cuidado normal é restrição de exercícios e descanso. No entanto, certifique-se de seguir cada uma das instruções do veterinário.
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