Espécies exóticas: o que são, quais são seus impactos e alguns exemplos
Ecologistas e especialistas em meio ambiente apontam as espécies exóticas como um dos grandes perigos que o planeta Terra enfrenta. Junto com a poluição, o despejo de resíduos em diferentes ecossistemas, a falta de proteção de espécies ameaçadas e muitos outros eventos, os animais introduzidos podem causar muitos danos.
Todos esses fatores mantêm em alertas os cientistas, que propõem diferentes soluções para reduzir ou eliminar os impactos decorrentes. Como parte da solução para qualquer problema é conhecê-lo, vamos expor detalhes sobre as espécies exóticas, incluindo quais são seus impactos e alguns exemplos para contextualizar o que será explicado. Não perca!
O que são espécies exóticas?
Em primeiro lugar, é necessário entender quais animais podem ser incluídos na categoria de espécies exóticas e o motivo desse nome. Com esse intuito, a definição de “espécie exótica” inclui outros significados que podem dar pistas sobre sua importância, como “espécie introduzida” ou “espécie não nativa”.
Assim, são consideradas espécies exóticas ou não nativas todas aquelas que não são típicas do habitat em que estão localizadas. Em suma, o termo abrange todos os seres vivos provenientes de um ambiente ecológico ou geográfico diferente. Sua chegada ao local que os considera estrangeiros geralmente se deve à migração ou à participação de seres humanos.
Como as espécies exóticas são introduzidas no novo ecossistema?
A introdução de espécies exóticas em um determinado ecossistema pode ser acidental ou intencional, mas em todos os casos é um fato muito preocupante. A seguir, vamos apresentar as formas mais frequentes de chegada dessas espécies ao novo ambiente:
- Caça e pesca esportiva: muitas espécies, principalmente de lagos e rios, são liberadas devido à sua resistência e alta taxa reprodutiva. Em muitos casos, é buscado o benefício econômico em detrimento do bem-estar do ecossistema.
- Comércio de espécies: a compra e venda ilegal de espécies possibilita que animais com potenciais invasores entrem em regiões onde sua posse já é proibida.
- Abandono de animais de estimação: muitos animais parecem bonitos quando são filhotes, mas atingem tamanhos exorbitantes quando adultos. As tartarugas aquáticas invasoras são um exemplo clássico de negligência por parte dos tutores.
- Obtenção de peles e cultivo de animais.
- Turismo.
Quais são seus impactos na Terra?
Embora possamos acreditar que a chegada de alguns espécimes de uma espécie não afeta o ecossistema receptor, infelizmente a verdade é que pode modificá-lo de forma irreversível. Além disso, normalmente é impossível prever quais serão os efeitos que essas espécies exóticas vão provocar nos ambientes em que são liberadas.
A seguir, apresentamos alguns dos eventos que as espécies exóticas podem causar ao colonizar um ambiente ao qual não pertencem, caso nele proliferem. Confira!
1. Podem se tornar espécies invasoras
Normalmente, podem se tornar espécies invasoras, o que coloca em risco a fauna e a flora do ecossistema. Isso representa um sério impacto ambiental, que pode causar efeitos irreversíveis e permanentes. Assim, a presença de espécies exóticas causa interferências nos níveis ambiental, econômico e social.
2. Não têm predadores naturais
Em grande medida, o perigo de uma espécie exótica é que, por vir de outro ecossistema, ela pode não encontrar predadores naturais no novo local e não ser incluída da maneira normal na cadeia trófica. Isso, por sua vez, implica que, sem predadores, não há como controlar ou regular o crescimento populacional.
3. Modificam a cadeia alimentar do ecossistema
Da mesma forma, sua entrada na cadeia alimentar pode levar à substituição de espécies nativas ou à sua predação por esse novo invasor, contra o qual não possuem mecanismos de defesa. A alteração da cadeia trófica, em qualquer um de seus níveis, coloca em risco o restante das espécies que a compõem. Além disso, altera o resto dos elementos do ecossistema.
4. As espécies exóticas são a segunda maior causa de perda da biodiversidade no mundo
Embora suas introduções geralmente sejam acidentais, são espécies capazes de se adaptar ao meio e colonizá-lo. Isso faz com que constituam a segunda causa de perda de biodiversidade no mundo.
5. Efeitos benéficos se sua presença no ambiente for controlada
No entanto, às vezes essas espécies são utilizadas de forma controlada com o objetivo de controlar ou modificar um determinado habitat. Normalmente, a intenção final é que esse habitat se torne mais produtivo e lucrativo para os humanos. A ciência por trás dessa metodologia é chamada de “engenharia de ecossistemas”.
Alguns exemplos de espécies exóticas
Por fim, aqui estão alguns exemplos de espécies exóticas que podem ser inesperadas. Em relação a esse assunto não podemos confiar em simples achismos, por isso devemos sempre buscar informações comprovadas:
- Acer platanoides: essa planta europeia foi introduzida nos Estados Unidos e no Canadá pelo homem.
- Guaxinim: sua introdução na Espanha ocorreu no passado, mas atualmente se tornou um animal de estimação.
- Harmonia axyridis: essa espécie de joaninha foi trazida da Ásia e introduzida intencionalmente na América e na Europa para atuar como um controlador biológico de pulgões. Infelizmente, as espécies nativas foram prejudicadas.
- Trigo: essa planta, essencial na dieta mundial atualmente, foi levada da América para a Europa pelos colonizadores.
- Vaca: originária da Ásia, atualmente as vacas são essenciais na pecuária e na agricultura.
Podemos concluir que as espécies exóticas foram historicamente introduzidas nos ambientes, em maior medida, pelo homem, mas também puderam chegar naturalmente. Sua presença é extremamente prejudicial ao ecossistema e ao habitat receptores. Nosso papel é evitar, na medida possível, que isso aconteça.
Uma forma de ajudar a combater esse problema é nunca soltar um animal de estimação na natureza e evitar a compra de animais potencialmente invasores. Assim, aos poucos, seremos capazes de compensar os danos causados até agora pela irresponsabilidade humana.
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