Esponjas marinhas: tudo que você precisa saber sobre

Esponjas marinhas: tudo que você precisa saber sobre
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Catalogadas erroneamente, na época, como plantas, as esponjas marinhas podem viver tanto perto da superfície quanto a 4 500 metros de profundidade.

As esponjas marinhas foram consideradas plantas aquáticas até o século XIX. Em 1825, zoólogos descobriram que eram animais e começaram a estudar suas características. Dessa forma, entre outras coisas, sabe-se hoje que são criaturas de características primitivas, com mais de 600 milhões de anos.

Esses organismos pré-históricos não param de surpreender os cientistas. Em alguns casos, a categoria de ‘animal’ é substituída por ‘colônia celular’. Além disso, as esponjas marinhas podem viver em águas rasas ou mais de 4 500 metros.

As esponjas marinhas: animais ou um conjunto celular?

As esponjas marinhas são os únicos membros da espécie phylum Porifera. Há milhares de variedades delas, e algumas até habitam água doce. Além disso, devido às suas características, elas podem se adaptar bem tanto a baixas quanto altas temperaturas. Portanto, considera-se que sua distribuição é uma das mais difundidas no planeta.

A multiplicidade de formas que adotam esponjas marinhas são tubulares, arredondadas, as que parecem lóbulos e aquelas de alguns metros quadrados que são achatadas e vivem no fundo do mar. Os recifes de corais têm esponjas de cores vibrantes, que se destacam na composição do conjunto.

Os hábitos alimentares das esponjas marinhas são básicos. Dessa forma, limitam-se a comer as micropartículas presentes na água. No que diz respeito à sua forma de nutrição, essa simplicidade esconde um procedimento celular complexo. Não tendo órgãos, esses seres capturam a comida dentro de suas células e as alimentam uma por uma.

esponjas marinhas

Sendo corpos sem órgãos, sem sistema nervoso, sem aparato digestivo ou boca, esponjas marinhas são células agindo de forma coordenada. A peculiaridade desta operação celular é chamada de totipotencia, isto é, a capacidade de cada célula ser parte do todo e, ao mesmo tempo, ser em si mesma o todo.

Reprodução das esponjas marinhas

Dependendo da variedade, a reprodução pode ser assexuada ou assexuada. Embora elas não tenham órgãos genitais, cada indivíduo tem óvulos e espermatozóides. Com isso, se um espécime libera esperma, ele será recebido por outro devido à corrente da água.

Outros modos de reprodução nem sequer exigem fatores externos. São os casos de reprodução assexuada. Isto é, os óvulos são fertilizados pelo esperma do mesmo sujeito.

Diversidade de esponjas marinhas

A constituição de esponjas do mar é dada pelo seu suporte esquelético. Dessa forma, uma variedade pode parecer suave e macia e outra rígida.

Há dois componentes da estrutura óssea: as fibras das espículas e as das esponginas. Os primeiros oferecem uma infinidade de formas e propriedades, mas só podem ser observados com um microscópio.

São seus respectivos esqueletos que nos permitem classificar as esponjas marinhas que habitam os mares. Desta variedade vem o “calcário”, assim chamado porque o cálcio é o principal componente das espículas. Também são contados o “vítreo”, formado por óxido de silício, e outros como as “desmoesponjas” e as “ceratosas”.

esponjas marinhas

Vida média das esponjas marinhas

Assim como se pode falar de uma antiguidade de 600 milhões de anos, é possível afirmar que alguns espécimes podem viver mais de mil. Um caso transcendeu o plano meramente científico: foi um Monorhaphis chuni, encontrado em 1986 na China, a cerca de 1.200 metros abaixo da superfície.

A idade das esponjas pode ser calculada de maneira semelhante à das árvores. Graças às singularidades do esqueleto, é possível conhecer também as diversas mudanças climáticas nas profundidades marinhas. Nesse sentido, os cientistas aproveitam as qualidades desses animais para utilizá-los como bioindicadores da qualidade da água.

Distribuição das esponjas marinhas

Uma das razões pelas quais as esponjas se espalharam pelos mares ao redor do mundo é porque elas têm poucos predadores. Além disso, são capazes de se adaptar rapidamente a diferentes tipos de clima. Eles também são imunes a um fator devastador para a maioria das espécies do mar: a poluição.

Além da adaptabilidade e massividade da esponja no mundo, existem alguns lugares onde elas tem mais conforto ​​do que em outros. Lugares como o Golfo do México, o Mediterrâneo Oriental, os mares japoneses e o Caribe são seus habitats favoritos.


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