Estresse em porquinhos-da-índia: tudo o que você precisa saber

Para evitar o estresse em porquinhos-da-índia, devemos garantir que estamos proporcionando os melhores cuidados ao nosso roedor, e não apenas em relação aos alimentos.
Estresse em porquinhos-da-índia: tudo o que você precisa saber

Última atualização: 20 junho, 2020

Embora os porquinhos-da-índia sejam animais que geralmente não frequentam os consultórios veterinários, a menos que tenham um problema de saúde muito evidente, eles podem precisar de alguma atenção em determinados momentos. Nesse sentido, o estresse em porquinhos-da-índia pode ser uma das causas que nos levem a consultar um veterinário.

Juntamente com os hamsters, os porquinhos-da-índia são os roedores mais populares como animais de estimação. A princípio, eles não parecem ser animais que despertam muitas dúvidas. No entanto, isso não significa que não vai haver nenhuma. Vamos ver mais sobre isso a seguir.

Os porquinhos-da-índia podem sofrer com o estresse?

Os roedores são muito sensíveis ao estresse. Para entender esse aspecto, devemos nos lembrar de que, no seu estado natural, esses animais são presas fáceis para muitos predadores diferentes. Portanto, o estresse desempenha um papel importante em sua sobrevivência.

Mesmo quando estão em casa, livres de predadores, a saúde dos porquinhos-da-índia continua sendo muito delicada. Por isso, para manter um porquinho-da-índia saudável e feliz, é necessário cuidar de muitos aspectos da sua vidatais como: alimentação, hidratação, exercício, parasitas…

Quando esses aspectos não são bem cuidados, o estresse pode se manifestar e causar problemas de saúde, como, por exemplo, a queda de pelos, ou então potencializar doenças que o animal possa ter.

Alguns sintomas de estresse em porquinhos-da-índia são:

  • Irritabilidade ou agressividade. Os porquinhos-da-índia geralmente não são animais que demonstram agressividade. Caso se mostrem dessa maneira, podemos pensar que há algo de errado.
  • Higiene excessiva. Os porquinhos-da-índia, da mesma forma que outros roedores, limpam-se diariamente. Eles se penteiam com a língua e as patas.
  • Problemas digestivos.
  • Diarreia. Pode ser um sintoma de estresse ou ser agravado por essa mesma situação.
  • Problemas de pele e pelos. A alopecia pode ser um sintoma característico e é um motivo comum para consultas com o veterinário.
Estresse em porquinhos-da-índia

Dicas para reduzir o estresse em porquinhos-da-índia

O estresse afeta diretamente a delicada saúde dos porquinhos-da-índia. Portanto, a melhor maneira de reduzi-lo é evitá-lo ao proporcionar uma vida saudável e feliz.

1. Os porquinhos-da-índia são animais sociais

Os porquinhos-da-índia (ou coelhinhos-da-índia) são animais gregários. Na natureza, eles formam colônias, por isso é recomendável ter mais de um deles em casa.

Como são animais sociais, o fato de terem companhia reduz bastante os seus níveis de estressemas isso nem sempre é possível. Portanto, se você tiver apenas um porquinho-da-índia, certifique-se de dar atenção suficiente a ele.

Esses animais também são sociáveis ​​com os seres humanos, mas, a princípio, eles se mostram um pouco medrosos com as pessoas que não conhecem.

É preciso trabalhar a relação pouco a pouco, respeitando o espaço do animal, até que ele se acostume com a nossa presença. Uma vez que o animal permitir ser segurado ou acariciado, o manuseio deve ser suave e tranquilo, sem movimentos bruscos.

2. Cuide da alimentação

Os porquinhos-da-índia são animais herbívorosa sua alimentação deve ser composta de ração, vegetais, frutas e feno. 

Além disso, é importante ter em mente que esses animais não sintetizam a vitamina C, por isso é importante que ela seja adicionada à sua dieta através de suplementos ou por meio de alimentos que contenham uma grande quantidade dela, tais como kiwis, morangos, frutas cítricas, pimentão ou espinafre.

Estresse em porquinhos-da-índia

3. Enriqueça o ambiente

Esses roedores precisam se movimentar e se exercitar para evitar a obesidadePara ajudá-los, podemos tirá-los da gaiola todos os dias e deixá-los correr livremente, embora sempre com supervisão. Além disso, existem muitos objetos que podem servir para enriquecer o ambiente.

4. Limpe a gaiola

É essencial manter a gaiola limpa, com alimentos e água fresca. Para isso, devemos limpar a gaiola pelo menos uma vez por semana, usando um desinfetante que não irrite a pele ou as mucosas do animal, e removendo os restos de comida e serragem suja.

Também é aconselhável aplicar um produto contra os parasitas, tais como ácaros, pulgas e piolhos.

  • O estresse enfraquece o sistema imunológico e deixa o corpo do animal mais vulnerável a infecções por parasitas.
  • A coceira causada por doenças como a sarna também pode causar muito estresse para um porquinho-da-índia.
Estresse em porquinhos-da-índia

Os porquinhos-da-índia, uma companhia terapêutica contra o estresse

É cada vez mais comum ouvir falar sobre terapia com cães, cavalos, gatos… mas é surpreendente descobrir que os porquinhos-da-índia também são bons animais terapêuticos.

Os porquinhos-da-índia são muito benéficos na terapia com crianças com transtorno do espectro autista (TEA), já que reduzem a ansiedade causada pelo contato com adultos e fazem com que elas tenham mais facilidade para se concentrarem diante de tarefas que envolvam relações com os outros ou até mesmo para que tomem a iniciativa ao interagir com outras pessoas.

O efeito antiestresse dos porquinhos-da-índia pode ser combinado com outros tipos de terapia para facilitar a socialização dessas crianças e facilitar a sua adaptação à sociedade.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Zotal laboratorios. Cobayas, enfermedades más comunes y cuidados, 2019.
  • Psicología y Mente. Las cobayas tienen un efecto positivo en los jóvenes con Autismo.
  • Centro veterinaro Barbanza. Enfermedades más frecuentes en cobayas y cómo prevenirlas, 2016.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.