Falar com seu cão te torna mais inteligente

Falar com seu cão te torna mais inteligente

Última atualização: 11 junho, 2017

Talvez tenham te rotulado de “lunático” em mais de uma ocasião por falar com seu cão. Talvez, seus entes queridos não entendam por que você o trata como se fosse uma pessoa ou seu filho. Neste artigo, vamos te contar porque sua atitude para com seu animal de estimação te torna mais inteligente. É surpreendente!

Falar com seu cão não é para os loucos, mas sim para os inteligentes

“Sentiu minha falta enquanto estive ausente?”, “gostou do almoço?”, “o que você acha de sair para um passeio?”, “hoje o dia está ideal para deitar-nos no sofá e não fazer nada, não é mesmo?”… Se essas frases soam familiares para você porque as fala com frequência para seu cão, não se preocupe, você não é a única pessoa do mundo com esse hábito.

Enquanto que as pessoas podem pensar que somos um pouco “malucos” por manter conversas (monólogos, na verdade) com nossos animais de estimação, a verdade é que é uma das maneiras mais saudáveis que existem de estabelecer uma relação com eles.

Os cães nos conhecem melhor que ninguém. Além disso, nós sabemos o que acontece só de olhar para eles. Por isso, a companhia e o afeto são mútuos. Os cães têm a capacidade de “cheirar” quando estamos tristes, deprimidos ou eufóricos. São uma excelente terapia e alegram nossas vidas, disso não há dúvidas.

Nos últimos tempos, muitas pessoas, casais e famílias consideram os seus peludos como um membro a mais. Esse processo é conhecido como “antropomorfização”. E embora não seja algo novo, é cada vez mais frequente. Historicamente, esse comportamento do ser humano para com os animais tinha sido considerado estupidez, loucura ou infantilidade.

O estudo em questão sobre os benefícios em falar com seu cão

No entanto, é um “subproduto” natural que nos torna os seres mais inteligentes do planeta. Ou pelo menos isso é o que indica o estudo de um professor de Ciências do Comportamento da Universidade de Chicago, chamado Nicholas Epley. Segundo ele, nenhuma outra espécie possui o mesmo hábito que nós.

Esse comportamento não está apenas relacionado aos animais, mas também aos objetos, aos eventos e aos conceitos. Por exemplo, dizemos “miserável” para o calor quando se trata de um fenômeno natural, ou tratamos um elemento e uma pessoa da mesma forma.

Esse fato (transferir uma consciência humana a um objeto) requer uma grande quantidade de processos mentais. Por isso, aqueles que conseguem, possuem uma maior capacidade cerebral. Isso significa que, em vez de tratá-los como “tontos”, devemos reconhecer que contam com um poder mental superior.

A pesquisa procura demonstrar que, quando uma pessoa atribui uma personalidade a um cão ou a um objeto, na verdade está fazendo sua imaginação trabalhar mais. Por sua vez, também reforça a capacidade de perceber a mente de outros seres vivos. Existem até mesmo aqueles que defendem que se trata de uma habilidade para conservar a saúde mental (manter o cérebro ativo).

As pessoas são seres sociáveis por excelência e precisamos interagir. Quando não fazemos com outros “pares”, buscamos contato com animais. E já que o cão é o principal animal de estimação, se transforma no “alvo” das nossas conversas.

Quando confrontados com a possibilidade de entrar em contato com outro ser, damos o nosso melhor para promover a comunicação. Por isso, olhamos nos olhos do nosso animal de estimação, damos qualidades humanas às plantas ou descrevemos os fenômenos naturais com adjetivos puramente humanos.

Falamos com os cães e eles nos entendem

Muitos se perguntam se na verdade nossos animais de estimação sabem do que estamos falando. E a resposta é mais ou menos um “sim”. Segundo um pesquisador canino da Universidade de British Columbia (Vancouver, Canadá), os cães têm a capacidade de compreender em torno de 160 palavras. Além disso, podem resolver problemas mentais do mesmo modo que uma criança de 2 anos.

Por outro lado, um estudo da Universidade de Sussex, Reino Unido, afirmou que os peludos também reconhecem a entonação de quem fala com eles. Por isso, entendem se estão falando com afeto ou com raiva baseado no tom, nos gestos e nos movimentos das mãos.

Os cérebros dos cães têm áreas similares às das pessoas e, portanto, são sensíveis às vozes e aos sons. Podem interpretar a informação de forma parecida à nossa, utilizando os mesmos mecanismos. Assim, você já sabe: falar com seu cão é uma excelente ideia.

Fonte da imagem principal:  tico_24


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