Galeopiteco: características e comportamento
O galeopiteco é um animal pertencente à família dos colugos, que inclui apenas duas espécies. Muitas pessoas pensam que este é um mamífero voador, mas sua capacidade de se deslocar pelos ares não ocorre em um voo ativo.
Trata-se, na verdade, de percorrer longas distâncias planando em queda livre de um lugar ao outro. Sua habilidade para deslizar lhe confere o posto de número um na classificação de criaturas terrestres que planam por grandes distâncias em nosso planeta.
Costuma ser confundido com o lêmure e, em alguns lugares, recebe este nome seguido pelo adjetivo ‘voador’. No entanto, os colugos não são lêmures e não voam, já que estes espécimes são primos distantes dos primatas, e é uma membrana na sua pele que permite que eles planem e se desloquem.
Características físicas do galeopiteco
O galeopiteco tem um tamanho similar ao de um gato, embora seus membros ou extremidades sejam mais alargadas. Sua cabeça é pequena, bem como suas orelhas, tem olhos grandes e um focinho pronunciado, enquanto seu rabo pode medir entre 17 e 27 centímetros.
A coloração da sua pele varia de cinza, preto ou tonalidades de vermelho com algumas manchas brancas que lhe permitem se camuflar com facilidade e se esconder dos pequenos perigos do entorno. As solas de suas patas apresentam pequenos discos com os quais ele ‘suga’ a superfície e se prende às árvores para facilitar sua subida.
No entanto, a característica morfológica mais peculiar do galeopiteco é a membrana chamada patágio. Ela é composta por um tegumento que rodeia os membros do mamífero e se estende pela cabeça e o rabo.
Os machos são ligeiramente menores do que as fêmeas. Os dois possuem dentes similares aos dos carnívoros, mas se alimentam de folhas e frutas silvestres. Costumam dormir durante o dia e são mais ativos com a chegada da noite.
Principais traços de comportamento
Os galeopitecos costumam levar uma vida solitária, embora tenham sido encontradas formações de pequenas comunidades. No entanto, o mais comum é que se mantenham isolados do resto dos animais, já que ao buscarem alimento ou abrigo para dormir, se tornam muito territoriais.
Durante o dia permanecem ocultos nos buracos das árvores ou pendurados nos galhos com o tronco esticado para baixo. Não há dados suficientes sobre seus hábitos de acasalamento em estado selvagem, mas algumas pesquisas indicam que a gestação dura dois meses, e, no geral, produz apenas um filhote.
Depois de nascer, o filhote fica pendurado na barriga da mãe e dobra o patágio com regularidade quando se sente ameaçado. Aos seis meses ocorre o desmame e eles atingem a maturidade sexual a partir dos três anos. As fêmeas podem acasalar no período de amamentação e conceber outro filhote enquanto ainda estão amamentando o anterior.
O desmatamento do seu habitat e a caça indiscriminada deste exemplar despertaram sinais de alerta de organizações conservacionistas. Ele ainda não está em perigo de extinção, mas é preciso fazer as correções necessárias antes de chegarmos a este ponto.
Outros dados interessantes do galeopiteco
A capacidade de deslocamento do galeopiteco lhe permite percorrer até 70 metros de distância entre uma árvore e outra. Isso é muito útil se levarmos em conta que ele se move com dificuldade no solo.
As fêmeas não se separam de seus filhotes até o desmame, por isso é fácil observá-las ao planar entre as árvores com o pequeno galeopiteco preso em seu peito. A forma de comunicação entre seus semelhantes é através de um grito agudo desagradável que pode ser ouvido de muito longe.
A pele e a carne do galeopiteco são muito cobiçadas nas regiões do extremo oriente onde ele vive. Alguns caçadores justificam a caça deste animal para proporcionar sustento à águia filipina, que se encontra em perigo de extinção e cuja dieta é formada, quase em totalidade, por este espécime.
As duas espécies de colugos que existem no mundo atualmente se concentram nas florestas tropicais do sudeste asiático. Estes são conhecidos como colugo malaio e colugo das Filipinas. Por ser um animal tímido e evasivo, as pesquisas sobre a espécie são muito reduzidas. Apesar disso, foram feitos estudos genéticos importantes nos últimos dois anos.
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https://www.bbc.com/mundo/video_fotos/2011/07/110728_galeria_colugos_lemures_voladores
http://www.solociencia.com/biologia/07121804.htm
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