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Conheça a história dos mastodontes extintos

3 minutos
Animais enormes ocuparam o planeta 20 milhões de anos atrás: estamos falando sobre os mastodontes extintos.
Conheça a história dos mastodontes extintos
Alejandro Rodríguez

Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Cerca de 20 milhões de anos atrás, um parente distante dos elefantes atuais caminhava pela Terra. Eles costumam ser confundidos com os mamutes, mas a história dos mastodontes extintos segue outro caminho. Compartilhamos todos os detalhes sobre estes gigantes a seguir.

História evolutiva dos mastodontes extintos

Para conhecer a origem das criaturas que viveram em um período de tempo tão distante, não há nada que dê mais informação do que os fósseis. Graças a eles, acredita-se que os primeiros mastodontes tenham surgido entre 20 e 27 milhões de anos atrás, no período conhecido como Oligoceno.

Esta origem é anterior à dos mamutes, os outros gigantes lanosos pré-históricos.

As primeiras áreas com indicações desses animais correspondem ao lugar geográfico que conhecemos hoje como Eurásia, o supercontinente formado pela Europa e a Ásia. A partir daí, evidências fósseis indicam que eles se espalharam para a África e a América.

Acredita-se que os mastodontes extintos tenham habitado essas áreas ao longo do Pleistoceno – 2,5 milhões de anos atrás – e parte do Holoceno, que inclui a escala temporal que se prolonga até os dias de hoje.

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Quando e por que esse animal foi extinto?

A extinção desses animais ainda é assunto de discussão pela comunidade científica. Embora haja um consenso sobre quando – entre 10.000 e 8.000 anos atrás, quando a última glaciação ocorreu – o motivo ainda não está claro.

Inicialmente, pensava-se que a pressão exercida pela caça dos primeiros seres humanos tinha muito a ver com o seu desaparecimento. No entanto, algumas pesquisas recentes sugerem que, em algumas regiões do Ártico, o mastodonte já estava em processo de extinção antes da chegada dos nossos predecessores.

No entanto, existem outros fatores que influenciaram diretamente a extinção: a mudança climática, com a consequente redução do habitat do mastodonte. Há também a possibilidade de que a tuberculose tenha muito a ver com o desaparecimento do animal, segundo estudos recentes.

Como eram os mastodontes extintos?

Apenas seu nome já evoca um animal gigantesco, mas deve-se ressaltar que, apesar de seu grande tamanho – entre dois e quatro metros de altura e cerca de seis toneladas – ainda eram um pouco menores que os mamutes, e mais parecidos com os elefantes atuais.

É importante lembrar que o mastodonte e o mamute são espécies diferentes, embora ambos pertençam à ordem da probóscide.

O corpo dos mastodontes era coberto por uma pelagem dupla densa, ideal para o ambiente gelado onde viviam. Quanto à cabeça, era ligeiramente mais achatada do que a do mamute e tinha longas presas curvadas no maxilar superior.

Acredita-se que os machos também possuíam defesas no maxilar inferior. Suas pernas também eram mais curtas e mais robustas, comparadas às do mamute.

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Fonte: https://www.crittersquad.com/

A maior diferença é encontrada em sua dieta e, portanto, em suas peças dentárias. Ambas as espécies eram herbívoras, mas o modo de alimentação era diferente.

Os mamutes possuíam molares simples, semelhantes aos dos elefantes que conhecemos. Esses dentes eram ideais para se alimentarem de grama e folhas.

No entanto, os molares especializados em forma de cúspide dos mastodontes, juntamente com as presas, também lhes permitiam arrancar galhos e troncos das árvores, a partir dos quais eles se alimentavam.


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  • Mothé, D., AviLLA, L. S., ZhAo, D., Xie, G., & Sun, B. (2016). A new Mammutidae (Proboscidea, Mammalia) from the Late Miocene of Gansu Province, China. Anais da Academia Brasileira de Ciências88(1), 65-74.

 

  • Rohland, N., Reich, D., Mallick, S., Meyer, M., Green, R. E., Georgiadis, N. J., … & Hofreiter, M. (2010). Genomic DNA sequences from mastodon and woolly mammoth reveal deep speciation of forest and savanna elephants. PLoS biology8(12), e1000564.

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