Inseminação artificial em éguas

Inseminação artificial em éguas
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Embora seja mais cara, a inseminação artificial aumenta as possibilidades de fertilização. Além disso, oferece maiores garantias sanitárias.

A inseminação artificial em éguas, como em outras espécies animais, tais como vacas leiteiras ou porcos, tem se tornado cada vez mais frequente.

Esta técnica tem uma reconhecida capacidade de melhorar as raças e de controle sanitário. Por isso, tem se espalhado nos últimos anos.

A inseminação artificial consiste, basicamente, em introduzir espermatozoides machos no sistema reprodutivo da fêmea sem a presença deles. A técnica traz múltiplas vantagens para o gado.

Por que se rejeita a inseminação artificial nas éguas?

Inicialmente, houve alguma rejeição da inseminação artificial em éguas devido à crença errônea de que esta técnica é menos eficaz que o acasalamento natural.

Isto é um erro, já que o controle veterinário permite garantir que a dose de esperma seja fértil e adequada.

A inseminação artificial em éguas não tem tantos sucessos como em vacas leiteiras, sendo sempre comparadas. No entanto, deve ser lembrado que a fertilidade dos espermatozoides criopreservados na espécie bovina é maior que nos equinos. Principalmente porque os espermatozoides dos equinos são mais sensíveis ao referido congelamento.

Da mesma forma, há enormes diferenças entre a capacidade do sêmen de cavalo para suportar o congelamento. Além disso, apenas 30% dos cavalos têm uma capacidade de fertilização aceitável após o congelamento.

a inseminação artificial em éguas

Além disso, em éguas também são necessárias duas ou três doses de sêmen, dependendo do acompanhamento por ultrassom.

Isto faz com que a técnica não seja tão rentável como em bovinos.  No entanto, a inseminação em éguas é muito mais confiável do que o acasalamento natural.

Vantagens da inseminação artificial em éguas

Embora a inseminação em bovinos seja mais avançada e exija menos cuidados, o potencial de inseminação artificial em éguas é enorme, desde que sejam tomados os cuidados necessários.

Técnicas como a inseminação artificial profunda permitem suprir deficiências na fecundidade do sêmen equino congelado. E, além disso, utilizam doses menores.

Além das vantagens óbvias da inseminação artificial, existe a possibilidade de controle do estresse sexual, sobretudo em éguas que ainda não acasalaram.

Além disso, algumas éguas com diferentes graus de infertilidade podem ser fecundadas através da inseminação artificial. Aqui falamos, principalmente, de deficiências uterinas, algumas doenças da espécie e animais idosos.

A inseminação artificial em éguas, entre outras coisas, reduz a intensidade da resposta inflamatória do útero. Dessa forma, as chances da égua engravidar aumentam.

inseminação artificial em éguas

Outra das grandes vantagens é a melhoria genética que pode ser alcançada, exportando-se sêmen de garanhões brasileiros ou até mesmo de raças estrangeiras. Assim, é fácil adquirir uma amostra de raças selecionadas, como o cavalo Frísio ou cavalos árabes.

Coisas a considerar na inseminação artificial em éguas

Ainda assim, muitas pessoas ainda optam pelo acasalamento natural como método de reprodução em seu gado. A escolha da inseminação artificial em éguas depende de muitos fatores, incluindo o sêmen que vamos usar, manejo reprodutivo, instalações, comportamento animal e de pessoal disponível.

Provavelmente, uma das maiores desvantagens do criador frente à inseminação artificial em éguas é a necessidade de ter pessoal qualificado em reprodução equina. No entanto, isso aumenta muito a segurança sanitária e as possibilidades de fertilização.

No caso de éguas que serão inseminadas, a exploração retal por ultrassom é necessária para avaliar o tempo adequado para a inseminação. 

É necessário observar a aparência do folículo pré-ovulatório, seu tamanho e forma, e a espessura de suas paredes.

Isto é especialmente importante quando se usa sêmen congelado, e é até recomendado que, nesses casos, os intervalos entre os exames de ultrassom sejam encurtados para seis horas.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.