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Lista das 25 espécies perdidas: ciência contra o tempo

4 minutos
A extinção das espécies está se tornando mais comum a cada dia. Felizmente, nem todas as espécies desaparecidas estão realmente extintas. Depois de muito esforço, algumas são redescobertas.
Lista das 25 espécies perdidas: ciência contra o tempo
Francisco Morata Carramolino

Escrito e verificado por o biólogo Francisco Morata Carramolino

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A atualidade é marcada por uma realidade muito sombria, que passa despercebida pela maior parte do público. A vida no planeta está desaparecendo devido às ações humanas: há cada vez menos espaços naturais não degradados restantes, enquanto o número de espécies perdidas tem aumentado.

Essas espécies, que antes podiam ser muito abundantes, estão cada vez mais difíceis de encontrar. Outras habitam locais específicos ou remotos de difícil acesso. Seja como for, eles não são vistas há mais de uma década. Para conservar essas espécies, é fundamental reencontrá-las.

Com esse objetivo e com a ajuda de especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), a Global Wildlife Conservation elaborou uma lista de 1200 organismos desaparecidos. Entre eles, selecionaram as 25 espécies mais procuradas, cuja conservação é fundamental. A seguir, você poderá aprender mais sobre elas.

A lista das 25 espécies perdidas

Essa campanha representa o maior esforço até hoje para promover a conservação das espécies perdidas. A lista criada inclui 10 mamíferos, 3 aves, 3 répteis, 2 anfíbios, 3 peixes, 1 inseto, 1 crustáceo, 1 coral e 1 planta, distribuídos por nada menos que 18 países.

O objetivo dessa lista é duplo. Por um lado, procura angariar fundos para financiar expedições científicas. As espécies perdidas podem estar extintas ou à beira da extinção, portanto, encontrá-las por meio dessas expedições é crucial.

Por outro lado, busca transformar essas espécies, bem como a história de sua busca, em padrões da conservação. Dessa forma, será possível inspirar outros movimentos globais de conservação e aumentar a conscientização sobre a atual crise da biodiversidade.

Para atingir esses objetivos, não são necessários apenas biólogos e outros profissionais semelhantes. Também se conta com a ajuda dos habitantes locais, cujo conhecimento é sempre essencial nesses casos. Afinal, a melhor maneira de conhecer uma área é morar nela durante anos.

Algumas das espécies perdidas mais procuradas

Como a lista é muito extensa para ser integralmente incluída neste artigo, iremos destacar aqui algumas das espécies mais relevantes. Você pode encontrar a lista completa de espécies perdidas no portal Global Wildlife ORG.

1. O sapo Atelopus sorianoi

Esse pequeno e impressionante sapo foi visto pela última vez há 29 anos na Venezuela. Tem uma coloração laranja forte e habita florestas tropicais de altitude.

Seu declínio pode se dever à quitridiomicose, uma pandemia de fungos que está devastando anfíbios em todo o mundo. Sua redescoberta pode lançar uma nova luz sobre a compreensão científica dessa doença.

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2. O esquilo-voador Biswamoyopterus biswasi

Esse animal é conhecido a partir de um único espécime recolhido no Parque Nacional de Namdapha, na Índia. Acredita-se que o esquilo voador viva nas florestas decíduas dessa área, especialmente perto de cursos de água. Apesar disso, não é visto desde 1981.

Algumas das possíveis causas de seu declínio são a degradação de seus ecossistemas e a caça dentro dos limites do Parque. Sua estreita faixa de distribuição também representa um risco considerável.

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3. Pato-de-cabeça-rosa (Rhodonessa caryophyllacea)

Aparentemente, esse lindo pato nunca foi muito numeroso, mas nenhum espécime foi visto na natureza nos últimos 70 anos. Sem dúvida, o prognóstico de sobrevivência desse animal não é nada positivo.

Após observações não confirmadas em 2006, uma expedição foi lançada em busca do esquivo pato. Infelizmente, essa empresa não foi bem-sucedida. A equipe da Global Wildlife Conservation está atualmente estudando os resultados e considerando a melhor opção para continuar as buscas.

4. A salamandra Bolitoglossa jacksoni

Esse pequeno anfíbio urodelo, de coloração amarelada e com uma faixa irregular castanha ao longo da coluna vertebral, representa um dos maiores sucessos dessa campanha.

A salamandra foi descoberta em 1970 nas selvas da Guatemala, mas não foi mais vista desde então. Após uma expedição malsucedida em 2014, esse urodelo foi avistado novamente em 2017. Isso o torna a primeira espécie recuperada pelo projeto. Felizmente, 5 outras espécies perdidas foram encontradas desde então.

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5. O caranguejo Afrithelphusa leonensis

Esse crustáceo, junto com duas outras espécies intimamente relacionadas, desapareceu nas florestas tropicais da Guiné. Ele vive em cavernas, riachos de montanha, árvores e buracos entre as rochas.

Alguns parentes desses caranguejos foram redescobertos recentemente. São bastante incomuns, pois apresentam coloração laranja e roxa e são capazes de subir em árvores.

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Ainda há muitas espécies a serem recuperadas e expedições a empreender, mas o programa tem sido bem-sucedido. Esperançosamente, a campanha Global Wildlife Conservation ajudará a popularizar a conservação da biodiversidade de uma vez por todas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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  • https://www.globalwildlife.org/sierra-leone-crab/

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