Maior peixe do mundo percorre mais de 20 mil km
Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez
Apesar de seu nome, o maior peixe do mundo não representa perigo para a espécie humana, pois é muito “simpático” com os mergulhadores.
Por isso, foi criado o turismo silvestre, para levar pessoas a entrarem em contato com essa espécie.
Embora pareça incrível, o maior peixe do mundo registrado atualmente percorre mais de 20 mil quilômetros. Trata-se de uma fêmea de tubarão-baleia.
Essa descoberta foi graças ao trabalho do Smithsonian Tropical Research Institute. Trata-se de uma das mais longas rotas de migração de animais e, sem dúvida, do maior tubarão-baleia já visto.
Conheça o maior peixe do mundo
O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é uma espécie muito particular, já que é considerado o maior peixe do mundo atualmente.
Pouco se sabe sobre essa espécie marinha, descoberta em 1828 na África do Sul, a data em que o primeiro exemplar foi capturado.
Quanto à sua dieta, apenas três tubarões comem como o maior peixe do mundo, através da filtração da água: o tubarão peregrino, o tubarão boquiancho e o próprio tubarão-baleia.
Basicamente, o tubarão-baleia se alimenta de krill e fitoplâncton, minúsculos organismos que abundam nas profundezas do mundo subaquático. Ele se alimenta sugando suas vítimas pelo enorme filtro formado por seus dentículos dérmicos.
Curiosamente, essa espécie é considerada uma divindade pela cultura vietnamita. Em termos de tamanho, medem cerca de 10 metros, embora espécimes de quase 13 metros já tenham sido encontrados. Alguns até afirmam ter visto animais que mediam cerca de 20 metros e ultrapassavam 25 toneladas.
O maior peixe do mundo e o ser humano
A incrível migração do maior peixe do mundo
O tubarão-baleia que percorre mais de 20 mil quilômetros é chamado de Anne. Ela foi inicialmente localizada no Panamá pelos biólogos do Instituto Smithsonian.
Anne ficou na costa do Panamá por quase quatro meses e depois viajou para a Costa Rica. Mais de oito meses depois, seu sinal desapareceu. Após vários meses sem notícias, ela apareceu no Havaí, antes de chegar à Fossa das Marianas, a zona mais profunda de todos os oceanos do mundo.
Os tubarões-baleia podem mergulhar mais de dois quilômetros de profundidade. No entanto, os especialistas não conhecem muito bem o comportamento que o maior peixe do mundo tem a essa profundidade.
Analisando o genoma dos tubarões-baleia ao redor do planeta, vemos que eles têm parentes em lugares distantes.
Isso foi descoberto graças às tremendas viagens que essa espécie faz para se reproduzir. Inclusive, as fêmeas viajam em média 70 quilômetros por dia.
É por causa dessa enorme distribuição que é especialmente difícil proteger o tubarão-baleia. Eles foram protegidos em algumas de suas zonas de distribuição.
Porém, em outras partes do planeta, ainda poderiam ser caçados caso migrassem para lá.
Felizmente, ele está atualmente protegido em todo o mundo, mesmo em países como Taiwan, onde há duas décadas 100 exemplares eram capturados a cada ano.
Esse número é gigantesco se analisarmos quantos espécimes ainda vivem na natureza.
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