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O manuseio de morcegos em cativeiro

3 minutos
Neste artigo, vamos explicar resumidamente como um morcego deve ser tratado em cativeiro.
O manuseio de morcegos em cativeiro
Érica Terrón González

Escrito e verificado por a veterinária Érica Terrón González

Última atualização: 21 dezembro, 2022

O manuseio de morcegos em cativeiro é muito importante. Eles são pacientes comuns em centros de recuperação de animais selvagens, principalmente filhotes, que são encontrados por pedestres fora de seus ninhos, ou indivíduos doentes.

Generalidades sobre o manuseio de morcegos

Em primeiro lugar, qualquer pessoa que for ter contato com morcegos deve receber a vacinação antirrábica como método preventivo. Esses animais tendem a morder e podem estar infectados, portanto, é importante prevenir. É por isso que o uso de luvas de couro também é recomendado em todos os momentos.

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Fonte: https://www.grefa.org/

Quando se trata de transportá-los, o uso de grandes sacos de pano pode ser útil para contê-los por várias horas. O tamanho ideal desses sacos varia de acordo com as espécies presentes na área de resgate. Em todo caso, cada saco deve ser usado para apenas um indivíduo. Eles devem ser colocados em suspensão, bem protegidos, dentro de caixas de papelão ou de madeira no momento da coleta, a fim de facilitar o transporte e evitar golpes.

Os sacos podem ser úteis para envolver o animal e expor as partes do corpo que queremos examinar numa primeira inspeção.

Morcegos em cativeiro

Instalações

Os morcegos exigem grandes instalações, principalmente as espécies maiores. Nesse caso, a maneira mais fácil de segurá-los para um exame é usar uma rede de caçar borboletas.

Nessas instalações, é recomendável colocar abrigos – feitos de madeira – onde eles possam se pendurar e se esconder. O ideal é abrigar pelo menos três ou quatro indivíduos por instalação. Morcegos forçados a permanecer em pequenas instalações, formando grandes grupos, costumam sofrer lesões e alopecia, decorrentes do estresse e de brigas com outros indivíduos.

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Fonte: https://grefa.org/

Apesar de serem animais sociáveis, os morcegos costumam se alimentar sozinhos. Portanto, é necessário facilitar a disponibilidade de espaços para que eles se afastem uns dos outros. Por exemplo, em grupos grandes, várias bandejas de comida devem ser dispostas em pontos diferentes, distantes umas das outras. Com isso, evitamos possíveis colisões durante o ‘pouso’.

É recomendado cobrir a superfície da instalação para reduzir o perigo de os animais se machucarem ao pousarem no solo.

Como os morcegos não toleram bem o frio, é recomendável fornecer uma temperatura nas instalações próxima aos 38 ºC. E, durante a noite, é preciso manter o radiador desligado para que haja a dualidade dia-noite. Com essas medidas, os animais apresentam maiores taxas de sobrevivência e maior consumo de alimento.

Para que sejam identificados individualmente, muitos centros optam por usar anéis ou colares com um código de cores.

Alimentação

Muitos morcegos tendem a capturar suas presas ou pegar pedaços de frutas durante o voo. Contudo, indivíduos que tiverem sido apanhados recentemente e mantidos em contêineres que não são grandes o suficiente podem apresentar dificuldades quando se trata de voar.

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Fonte: https://www.batworlds.com/

Nos primeiros dias após a captura, o alimento deve ser colocado de maneira acessível no chão da instalação. Caso contrário, pode ocorrer morte prematura do animal. Alguns indivíduos precisarão ser alimentados manualmente até que sejam capazes de fazer isso sozinhos.

A água potável deve estar sempre disponível.

Doenças e causas de mortalidade

A primeira causa de mortalidade em morcegos em cativeiro é o estresse da própria captura, que ocorre nas primeiras horas. Além disso, os animais que sobrevivem podem desenvolver salmonelose e outras infecções derivadas de ferimentos gerados durante o transporte e brigas com outros indivíduos. Os ectoparasitas também são bastante comuns, podendo até causar a morte de filhotes.

Morcegos em cativeiro: a época de reprodução

No caso de morcegos recém-nascidos chegarem à clínica, eles precisarão receber uma fórmula especial com uma seringa. Esses animais devem ser alimentados quatro vezes ao dia, sendo a quantidade correspondente a 5% do seu peso. E é importante mantê-los em temperaturas entre 36 e 40 ºC por pelo menos duas horas antes de serem alimentados.

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Fonte: https://www.grefa.org/

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Fowler M, Cubas Z. Biology, Medicine, and Surgery of South American Wild Animals. Hoboken: John Wiley & Sons; 2008. Pages: 219-222

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.