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Micose em filhotes de cães: sintomas e tratamentos

4 minutos
A micose em filhotes de cães é reconhecida como uma doença fúngica que é transmitida pelo contato direto com pelos ou restos de pele infectados. O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para o seu tratamento.
Micose em filhotes de cães: sintomas e tratamentos
Luz Eduviges Thomas-Romero

Escrito e verificado por a bioquímica Luz Eduviges Thomas-Romero

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A micose em filhotes de cães é algo comum. Isso ocorre porque, como eles são jovens, ainda não desenvolveram totalmente as suas capacidades de defesa imunológica. Os cães desnutridos ou que sofrem de alguma doença grave – que prejudique as suas defesas – também são mais suscetíveis à doença.

Esta doença é uma zoonose, ou seja, ela pode ser transmitida ao ser humano. Apresenta-se com erupções cutâneas com crosta e coceira; em humanos, a micose se apresenta com feridas redondas, em forma de anel.

Neste artigo, vamos falar sobre os sintomas que caracterizam essa condição e o tratamento que deve ser aplicado.

O que causa a micose?

A micose surge como resultado da infecção por um parasita fúngico (dermatófito) que coloniza a pele de animais de estimação e de pessoas. Este parasita se alimenta da queratina, uma família de proteínas que compõe a estrutura do cabelo, das unhas e da camada externa da pele.

Existem muitos tipos de dermatófitos, mas a maioria dos casos de micose canina é causada por fungos dos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. A espécie mais comum na infecção canina é a Microsporum canis.

A infecção por Microsporum gypseum também já foi descrita. Neste caso, o fungo é transportado por roedores. Os filhotes podem contraí-lo ao cavar a terra em espaços onde existem tocas de roedores.

Conforme mencionado anteriormente, a micose pode ser facilmente transmitida para os seres humanos. São especialmente suscetíveis as crianças muito pequenas, os idosos ou qualquer pessoa com um sistema imunológico enfraquecido.

Sintomas da micose em filhotes de cães

Foi relatado que, nesta infecção, o grau de prurido e a aparência das lesões podem variar de caso para caso. A manifestação da doença varia dependendo da virulência e do grau de adaptação que a espécie infecciosa apresenta.

O dermatófito vive apenas nos pelos que crescem ativamente. Os pelos infectados se soltam e deixam um padrão de pelagem com falhas. O cachorro também pode desenvolver feridas com crostas que variam de leves a graves.

Geralmente, as lesões surgem em áreas com falhas na pelagem ou com perda total dos pelos, em ‘forma de anel’. Essas áreas sem pelos têm uma superfície escamosa, podendo ser acinzentadas ou avermelhadas.

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Em geral, as lesões da micose aparecem nas patas, cabeça e orelhas dos cães, mas podem se espalhar para qualquer parte do corpo. É importante notar que os filhotes que sofrem de infecção por micose não necessariamente apresentam esse padrão distintivo.

As feridas podem se expandir sem esse formato de anel e podem ser confundidas como uma variedade de outras doenças, como as alergias de pele, por exemplo.

Devemos ter em mente que outras doenças de pele – mais comuns do que a micose – apresentam lesões muito parecidas.

Transmissão da micose para os filhotes

A micose é transmitida pelo contato direto com escamas de pele ou pelos de pessoas ou animais infectados. O fungo produz ‘sementes’ infecciosas chamadas de esporos, que são bastante resistentes e difíceis de eliminar do ambiente, já que podem viver durante vários anos.

No entanto, apenas a pele com fissuras pode ser infectada: um cão com uma pele saudável não terá uma infecção por micose. O período de incubação não é bem conhecido, mas alguns autores o estabelecem como tendo entre duas e quatro semanas; se o animal estiver imunossuprimido, este período é reduzido.

Alguns animais de estimação aparentemente saudáveis ​​– já que não apresentam sintomas – podem se tornar portadores da infecção. Isso significa que eles podem transmitir a infecção para outros animais.

Uma vez que um animal é infectado, os esporos contaminam o ambiente e podem permanecer infecciosos durante vários meses.

A micose é transmitida por contato direto, mas também pode ser transmitida através de utensílios de higiene contaminados.

Diagnóstico de micose

A micose nunca deve ser diagnosticada apenas a partir dos ferimentos apresentados pelo cachorro. Esse mau hábito leva a erros de diagnóstico e à exposição desnecessária a um tratamento antifúngico que é tóxico para o filhote.

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Por outro lado, se a infecção for diagnosticada em um dos animais de estimação da casa, todos deverão ser tratados, independentemente de apresentarem sintomas. Idealmente, os animais infectados devem ficar em quarentena, ou seja, separados daqueles que não mostrem sinais da doença.

Tratamento da micose em cães

Se você acha que o seu cachorro está com micose, você deve levá-lo ao veterinário, pois será necessário obter um diagnóstico e um tratamento.

Somente assim você conseguirá fazer com que ele fique curado, além de impedir que o fungo se espalhe para as pessoas e para os outros animais de estimação da sua família.

O diagnóstico precoce possibilita que o tratamento aplicado seja menos agressivo e que a possibilidade de infecção seja reduzida. Às vezes, fortalecer o sistema imunológico do animal afetado pode ser o suficiente.

Geralmente, o tratamento consiste na aplicação de um fungicida tópico em forma de pomada, pó ou loção no corpo inteiro do animal afetado. Um antifúngico sistêmico é usado somente em casos mais avançados e mais graves.

É importante que, diante da suspeita de micose em filhotes de cães, você consulte o seu veterinário para obter orientação e tratamento. Limpar o ambiente doméstico para eliminar os esporos também requer aconselhamento especializado.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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