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O impressionante instinto materno dos animais

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Os animais possuem um forte instinto materno, que pode até superar as diferenças entre as espécies. É assim que vemos muitos casos de adoção no reino animal.
O impressionante instinto materno dos animais
Última atualização: 16 setembro, 2018

Se você pensava que o instinto materno era algo unicamente humano, enganou-se. Espécies diferentes mostram que o instinto materno dos animais existe e que é igual ou até mais forte que nos humanos. Então, é certo dizer que os animais não têm sentimentos?

De onde vem o instinto materno dos animais?

Dizem que a natureza é sábia, e isso é demonstrado toda vez que nos aproximamos para saber um pouco mais sobre o mundo animal. Da mesma forma que somos dotados de um instinto materno inato, os animais também o possuem. Parece que é como um chip que todos temos em nosso cérebro e que nos impele a dar proteção e cuidado aos mais indefesos.

Jenny Holland, colaboradora da National Geographic e especialista em biologia e conservação animal, afirma que o modo como o cérebro dos animais é desenvolvido parece programado não apenas para cuidar dos outros, mas também com o objetivo de preservar a espécie.

O curioso é que esse instinto materno dos animais atravessa fronteiras entre as espécies, já que muitos estão dispostos a adotar outros seres indefesos, embora não compartilhem gostos e semelhanças. Você se lembra do livro da selva? Bem, ‘não foi’ uma história fantástica ou irreal. A natureza funciona assim.

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Por exemplo, verificou-se que as baleias, criaturas imponentes onde quer que estejam, cuidam e protegem todos os que precisam delas. Já foram encontrados em seus grupos golfinhos e outras espécies de animais que parecem ter sido resgatados de redes de pesca, ou que foram encontrados feridos ou órfãos.

Parece que essas adoções do mundo animal ocorrem nos momentos de lactação, quando a ocitocina se eleva e facilita a criação de vínculos.

O mesmo acontece no caso dos chimpanzés, leões, elefantes e muitos outros. Portanto, a verdade é que pensar sobre isso sempre nos mostra que os animais ainda têm muitas lições para nos ensinar a sermos melhores a cada dia. Você não acha?

Casos excepcionais do instinto materno dos animais

Um caso de notável instinto materno dos animais poderia ser o dos elefantesEstes geralmente só andam em grupos – apenas fêmeas e filhotes – e andam formando uma espécie de círculo, mantendo os menores dentro deste, a fim de protegê-los e cuidar deles. Embora cada pequeno elefante tenha sua mãe, se alguém se tornar órfão, será adotado pelo resto do grupo. Ele nunca será deixado sozinho ou desamparado até atingir a idade adulta.

Embora os elefantes sejam dóceis e nobres, se alguém tenta ameaçar seus filhotes, eles se tornam a fera mais temível. O mesmo acontece no caso das preguiças. Embora muitos não saibam, seu nome tem a ver apenas com seus movimentos, não com sua personalidade.

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Este animal não é preguiçoso, mas seu corpo tem uma pequena quantidade de energia que ele precisa usar da melhor maneira possível e guardá-la para quando for estritamente necessária. Um caso em que ela é útil é quando há ameaças aos seus filhotes. Nesses momentos, elas são capazes de gastar toda a energia que economizaram para proteger as vidas dos pequenos. Em alguns segundos, elas podem dividir qualquer ser ao meio com suas unhas compridas.

Outros exemplos do instinto materno dos animais

O caso dos cangurus também é esplêndido, porque eles não apenas carregam seus bebês na bolsa por meses para protegê-los, mas podem matar, com um chute, qualquer um que pretenda machucá-los. Além disso, como no caso de baleias e dos elefantes, se encontrarem um filhote indefeso, elas o colocarão em sua bolsa pelo tempo necessário, até que possam se dar bem no mundo.

Finalmente, o instinto materno dos animais também está presente em grande escala em ursos polares, leões, tigres e outras espécies. Então, dizer que “as mães se tornam animais para defender seus filhos” não é apenas uma frase, mas uma realidade.


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BERNARDO, J. (1996). Maternal Effects in Animal Ecology. American Zoologist. https://doi.org/10.1093/icb/36.2.83

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