O que é reprodução assexuada?
Para perpetuar as espécies, existem várias maneiras de acasalar. Embora a mais conhecida seja a sexuada, há também a reprodução assexuada, na qual um macho e uma fêmea não são necessários. Então, hoje falaremos sobre a reprodução assexuada.
O que saber sobre reprodução assexuada
Este método de reprodução requer apenas um ser vivo já desenvolvido e uma célula ou grupo de células.
Então, com estes dois ‘ingredientes’ é formada uma nova cópia, completa e idêntica à anterior. Portanto, a reprodução assexuada é realizada com um único genitor, e não são necessários órgãos sexuais ou gametas, como acontece na sexuada.
Nem o esperma nem os ovos são necessários como na sexuada, portanto essa é a principal diferença entre as duas técnicas.
Além disso, há diferentes tipos que permitem a continuidade das espécies na reprodução assexuada, esses são:
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Fragmentação ou divisão
Um indivíduo é dividido em duas ou mais partes e pode reconstruir a que ele “perdeu” completamente, sem problemas.
Isso pode acontecer por causa de um acidente ou espontaneamente, quando o animal considerar apropriado.
Entre as espécies que praticam a fragmentação, podemos indicar a estrelas-do-mar e as ophiuroideas com mais de seis braços.
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Bipartição
Como o nome indica, neste caso, obviamente, a divisão é feita em duas partes. Este tipo de reprodução é realizado por bactérias, fungos, protozoários, arqueas e, também, algas unicelulares.
O processo consiste em duplicar o DNA, dividindo o citoplasma e dando origem a duas células filhas idênticas.
A taxa de reprodução nesses casos é exponencial. Por exemplo, no caso da bactéria Escherichia coli, ela é dividida ao meio a cada 20 minutos.
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Esporulação
É a forma que os esporos e os endósporos usam para se reproduzir, e é mais comum quando estão em um habitat adverso, como, por exemplo, com poucos nutrientes.
Os fungos do pão e a bactéria Bacillus subtilis também empregam esse tipo de reprodução assexuada. Além disso, ela não aparece apenas nos animais, mas também em certas plantas.
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Poliembrionia
É uma modalidade que ocorre quando o zigoto se divide em mais de um embrião surge ou quando um único embrião é fragmentado em vários.
Ocorre em insetos da ordem Hymenoptera – que inclui abelhas, vespas, besouros e formigas – mas para que isso aconteça primeiro deve ter havido reprodução sexuada entre o macho e a fêmea.
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Partenogênese
Este tipo de reprodução assexuada baseia-se no desenvolvimento de células sexuais femininas que não foram fertilizadas.
Isso significa que um óvulo estéril é segmentado para criar novos indivíduos e nem sempre precisa da presença de gametas masculinos.
Por exemplo, alguns insetos, crustáceos, répteis, anfíbios e peixes se reproduzem dessa maneira.
O ‘bebê’, neste caso, não possui cromossomos masculinos e a mãe é responsável pela determinação do sexo, de acordo com as necessidades específicas da população.
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Gemulação
A divisão celular pode ser feita por gemas, uma dilatação formada por mitoses. Essas dilatações são formadas dentro do organismo mãe, e que então se separa dele para crescer e se desenvolver como um novo organismo.
Exemplos de reprodução assexuada
Além dos indicados acima, há casos especiais de reprodução assexuada na natureza, que merecem destaque, porque são realmente muito curiosos!
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Caranguejo marmoreado
Esse crustáceo (foto que abre este artigo) vive nos rios do sul dos Estados Unidos e se reproduz através de uma técnica conhecida como apomixia, na qual um organismo cria um embrião sem fertilização.
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Lagarto rabo-de-chicote
Uma das curiosidades dessa espécie de réptil é que todos os seus indivíduos são fêmeas. Para se reproduzir, realizam uma “pseudocopulação” entre duas fêmeas.
As duas põem ovos, perpetuando a espécie, mas também podem cruzar com um lagarto macho.
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Anemôna
Este animal, que parece uma planta, pode se reproduzir tanto sexualmente quanto assexuadamente, dependendo das características do ambiente.
No caso em que não há uma fêmea e um macho disponíveis, eles se dividem por gemulação ou laceração pedal (uma parte é separada e transformada em uma nova anêmona).
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