Ovelha doméstica: alimentação e temperamento

A seguir, vamos falar sobre as ovelhas domésticas e compartilhar algumas informações importantes para oferecer um cuidado adequado a estes animais.
Ovelha doméstica: alimentação e temperamento
Paloma de los Milagros

Escrito e verificado por a bióloga Paloma de los Milagros.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A ovelha doméstica é conhecida cientificamente como Ovis orientalis aries. Conhecer o seu temperamento e as suas necessidades nutricionais é essencial para cuidar bem desses animais.

Principais características: morfologia e comportamento

A ovelha doméstica é um mamífero quadrúpede ungulado. Ou seja, ela faz parte de um conjunto de mamíferos placentários que andam apoiados na ponta dos dedos, que geralmente formam um casco.

Dependendo da raça, as dimensões e o peso variam entre 45 e 150 kg. Também varia a presença – ou ausência – e a forma da sua ornamentação, que pode consistir em um par de chifres ou até mesmo em dois pares, em ambos os sexos ou apenas nos machos.

Geralmente se destacam pela pelagem densa e encaracolada, conhecida no setor pecuário e têxtil como lã, cuja cor pode variar desde o branco até tons mais amarronzados, pretos ou malhados. No entanto, vale a pena destacar a seleção de ovelhas brancas na maioria dos rebanhos que tenha como objetivo a exploração da lã, a fim de facilitar o seu posterior tingimento.

Por outro lado, essa espécie é caracterizada por apresentar um tipo de visão periférica, com um campo visual capaz de exceder os 300°. Além disso, também possui uma audição sensível e um poderoso olfato graças à presença de glândulas odoríferas que desempenham um papel crucial durante o período reprodutivo.

Ovelhas domésticas

No que diz respeito ao seu comportamento, a ovelha doméstica é definida pelo seu instinto gregário, com tendência a formar grupos hierarquizados, com um ‘líder’ que guia o grupo em direção a novos pastos. Além disso, dentro do mesmo rebanho, as ovelhas que compartilham parentesco têm um relacionamento mais próximo entre si e, no caso de rebanhos mistos, elas costumam se agrupar por raça.

Esse vínculo com o grupo foi aproveitado para a sua exploração pecuária, onde a figura do líder geralmente é exercida pelo chamado cão pastorque executa uma dupla função marcando o percurso e, ao mesmo tempo, protegendo o grupo de possíveis predadores.

Apesar da ideia compartilhada de que a ovelha doméstica seja um animal simples, fugidio e pouco inteligente, a sua capacidade de aprender e memorizar é quase comparável à dos porcos e vacas. Ela pode, entre outras coisas, se lembrar de nomes.

O som que define a ovelha é o balido. Ele é comum na chamada comunicação de contato, principalmente entre a mãe e os seus filhotes. No entanto, o balido também é comum como uma forma de manifestar angústia entre ovelhas isoladas.

Além disso, as ovelhas podem emitir outros ruídos característicos em situações específicas, tais como o grunhido das fêmeas durante o parto, o ronco dos machos durante o cortejo e o ato de bufar diante de momentos de tensão ou como uma forma de advertência. 

Ovelhas se alimentando

Alimentação da ovelha doméstica

A ovelha doméstica é um mamífero herbívoro e ruminante. Ou seja, ela possui um sistema digestivo com vários compartimentos nos quais, graças à simbiose e a uma série de bactérias anaeróbicas, ela consegue digerir a celulose de caules e folhas. 

Geralmente se alimentam durante o dia todo, embora existam certas pausas nas quais regurgitam o chamado bolo, uma massa vegetal característica dos ruminantes que, uma vez mastigada, passa para o rúmen ou para a barriga através do retículo: ele pode ser regurgitado para mastigação ou salivação adicional.

Esses herbívoros preferem pastos compostos por gramíneas e leguminosas, e geralmente arrancam as plantas rentes ao chão. Por isso, para evitar a pastagem excessiva, os criadores aplicam uma pastagem rotacional, alternando diferentes áreas para que a vegetação possa crescer novamente.

Durante os meses de inverno, a sua alimentação é basicamente composta de feno, capim ou leguminosas secas e cortadas, comuns na dieta de ovelhas, cabras, vacas e cavalos. A quantidade diária varia de acordo com a raça, idade, tipo de exploração ovina – carne, laticínios ou têxtil – e o desgaste físico do animal.


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