Logo image
Logo image

O papel do cão em civilizações antigas

3 minutos
Os cães convivem com os seres humanos há mais de 18 mil anos e estão presentes na cultura e na mitologia de diversas civilizações.
O papel do cão em civilizações antigas
Última atualização: 27 julho, 2018

Os animais de estimação têm sido parte de nossas vidas há anos, bem mais do que acreditamos. De fato, o papel do cão em civilizações antigas era muito importante e é sobre isso que falaremos neste artigo. Acredita-se que os cães têm convivido com os humanos por mais de 18 mil anos, estando presentes em vários momentos importantes.

O papel do cão em civilizações antigas

Desde a origem do cão ele tem sido utilizado como guardião da casa. Porém, também passou a ajudar na caça e na guerra, como uma espécie de cão soldado. Ele cumpria o papel de ataque, defesa e comunicação.

No último caso, na função de comunicação, o cão normalmente morria. Seu trabalho consistia em engolir um tubo de cobre com uma mensagem em seu interior. A única maneira de recuperá-la era sacrificando o animal.

Some figure

Como sabemos que o cão convive com o ser humano há tantos anos? Algumas descobertas históricas e arqueológicas provam isso. Entre elas, estão:

  • Templo de Gobekli Tepe. Este templo na Turquia guardava artefatos que datam de mais de 12 mil anos. Eles serviram de evidências claras de que já existiam cães domesticados nessa época.
  • Tumba de Natufian. Foi descoberta em Israel e também data de 12 mil anos atrás. Em seu interior foram encontrados os restos mortais de um ancião enterrado com um filhote.
  • Epopeia de Gilgamesh. Em uma das tábuas cuneiformes que parecem datar de entre 2 mil e 2,5 mil a.C, é feita uma referência a sete cães caçadores que pertenciam à Deusa Inanna.
  • A descida de Inanna. Este é um texto muito famoso, também relacionado a esta Deusa. Ele relata como a divindade desceu até o inferno para se encontrar com seu marido, Dumuzi. Ele esperava por ela com cães domesticados que serviam como animais de estimação.
  • Mahabharata. Um texto mitológico que conta a história do Rei Yudisthira, que faz um caminho de peregrinação acompanhado por um cachorro. Ele tinha tanto carinho pelo animal que, quando ele foi proibido de entrar no céu, o rei decidiu ficar na Terra para não se separar de seu fiel amigo.

O papel do cão no Egito

No Antigo Egito, o cão era relacionado ao Deus Anúbis, encarregado de levar a alma dos mortos até o juízo final. Eles eram enterrados no templo de Anúbis, em cerimônias bem preparadas. Os egípcios acreditavam que, dessa maneira, os cães passariam para a outra vida com mais facilidade. É uma prova do grande amor que sentiam por esses animais.

Numerosos vestígios arqueológicos foram encontrados e revelam o importante papel cumprido pelos cães no Antigo Egito. Por exemplo, sabe-se que, quando um cachorro morria, a família o mumificava como qualquer outro membro da família e raspavam as sobrancelhas em sinal de luto.

Nada mais e nada menos que o túmulo do grande faraó Ramsés contém pinturas dele com cães de caça. Além disso, existem evidências de que muitos cachorros foram enterrados com seus senhores. Assim, acreditavam que os animais continuariam a fazer companhia na vida após a morte.

Os nomes dados aos cães no Antigo Egito denotavam mostras de carinho, habilidades e capacidades. Isso demonstra a grande importância desses animais para os egípcios da época. Alguns desses nomes eram: Valente, Confiável, Bom Pastor etc.

Some figure

Embora o cão tenha cumprido um papel importante no Egito, também era visto como símbolo religioso e mitológico nos impérios Grego e Romano. De fato, na Grécia antiga se falava de um cão de três cabeças que guardava a entrada de Hades.

O cachorro, o melhor amigo do homem. Essa é uma frase famosa e sempre presente em nossas vidas. Depois de conhecer o papel do cão em civilizações antigas, ela passa a fazer ainda mais sentido.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.