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O peixe-morcego Platax pinnatus: habitat, tipos e características

6 minutos
A espécie Platax pinnatus apresenta uma grande variedade de morfologias e aspectos, todos eles incríveis. Se você quiser conhecer melhor esse peixe-morcego, continue lendo.
O peixe-morcego Platax pinnatus: habitat, tipos e características
Última atualização: 09 março, 2022

O peixe-morcego Platax pinnatus pertence à família Ephippidae. Esse animal sofre uma grande transformação em termos de morfologia e cores ao longo de sua vida, o que o torna muito atraente aos olhos de estudiosos amadores e profissionais.

Neste artigo, apresentamos uma revisão sobre a biologia desse impressionante peixe. Se você deseja mergulhar no mundo variado dos recifes de coral, esse é um bom ponto de partida.

Habitat do Platax pinnatus

A variedade de habitat do Platax pinnatus está restrita ao Pacífico Ocidental, das Ilhas Ryukyu à Austrália e ao Mar Vermelho. Também há relatos de avistamentos no Oceano Índico, embora não tenham sido totalmente comprovados.

Frequenta recifes de coral com profundidades entre 2 e 50 metros e os adultos tendem a nadar sozinhos em áreas profundas. No entanto, quando entram em águas abertas ou são peixes jovens, eles mostram uma atitude mais gregária e se movem em áreas rasas de manguezais e recifes.

Características físicas

Em seu ambiente natural, Platax pinnatus pode medir até 75 centímetros de comprimento, embora em cativeiro seja afetado pelo tamanho do aquário e normalmente não ultrapasse 45 centímetros. Seu corpo é comprimido lateralmente, o que lhe confere uma aparência plana. Possui barbatanas dorsal e anal muito alongadas nas primeiras fases do seu desenvolvimento, mas na fase adulta cresce mais longitudinalmente.

Quando são jovens, sua coloração é escura ou preta com uma linha laranja que percorre todo o perímetro do corpo. À medida que o espécime cresce, algumas linhas laranja se tornam visíveis nas laterais, até que na idade adulta se tornam listras prateadas e pretas.

A boca também se alonga à medida que os peixes crescem, assim como a cabeça, que assume uma forma côncava. Não há diferenças entre machos e fêmeas quanto a essas transformações, portanto, não apresentam dimorfismo sexual.

Finalmente, deve-se notar que esses animais têm várias fileiras de dentes minúsculos e achatados com três cúspides. Eles também têm dentes no vômer, mas não no palato. Além disso, não têm espinhos no opérculo.

 

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Outras espécies de peixes-morcego

Embora tenhamos descrito a aparência da espécie Platax pinnatus, é importante lembrar que o gênero Platax tem 5 espécies vivas e 4 espécies que já estão extintas. Apesar de serem peixes marinhos, podem se adaptar a ambientes com águas menos salgadas, como a foz dos rios. Graças a isso, existem certas variações que deram origem às seguintes espécies:

  • Platax batavianus: na idade adulta, esses peixes são prateados com uma faixa escura que passa pelos olhos. Suas barbatanas são escuras e geralmente são encontrados em águas moderadamente profundas, perto da costa.
  • Platax boersii: espécimes jovens têm barbatanas extremamente alongadas verticalmente, o que lhes dá uma aparência mais proeminente de um triângulo. Sua cor é prateada e é uma espécie muito mais gregária que as demais, pois se concentra em grandes cardumes.
  • Platax orbicularis: seu corpo é um pouco diferente do formato das outras espécie, quase mais parecido com um peixe-anjo. O seu aspecto é comprimido e curto, conferindo-lhe uma forma ligeiramente oval, acentuada pela união das barbatanas dorsal e anal.
  • Platax teira: vista de lado, apresenta corpo oval com pequena saliência na parte caudal da cabeça. Esse táxon é geralmente prateado, cinza ou acastanhado.

Espécies do gênero Ogcocephalidae

A aparência desse gênero de peixes-morcego é menos estética, mas não menos curiosa. Eles também têm o focinho alongado, mas o corpo é achatado horizontalmente, seguindo a linha do fundo do mar. As espécies mais características desse gênero são:

  • Ogcocephalus darwini: conhecido pela cor vermelha intensa dos seus lábios, usa as barbatanas peitorais para se movimentar no fundo do mar em vez de nadar.
  • Ogcocephalus vespertilio: desliza ao longo do fundo do mar, alimentando-se dos invertebrados que se aproximam enquanto está enterrado na areia.
  • Ogcocephalus nasutus: costuma frequentar o fundo do mar de recifes, mas também rochas e corais, onde se camufla para capturar suas presas. Também se alimenta de algas.

 

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Comportamento dos peixes-morcego

Como mencionado anteriormente, é um peixe solitário, exceto quando é jovem ou tem que sair em mar aberto. Embora tímidos e ariscos, também são peixes curiosos e se aproximam de objetos – e até de pessoas – que surgirem em seu ambiente.

O agrupamento em mar aberto segue uma estratégia defensiva bastante interessante contra predadores: unidos em um grande cardume, é mais difícil para um predador selecionar uma presa específica. Além disso, nadando de forma coordenada, esses peixes dão a impressão de serem um único animal, porém de grande porte.

Alimentação dos peixes-morcego

Apesar de pertencerem a famílias diferentes e da diferença impressionante entre uma e outra em termos de aparência, todas as espécies de peixes-morcego têm uma dieta semelhante e são onívoros. Mesmo assim, as preferências de ambos os grupos podem ser diferenciadas:

  • Os peixes do gênero Platax costumam se alimentar de águas-vivas, peixes e pequenos crustáceos, complementando com zooplâncton, zoobentos, plantas e algas.
  • Já os do gênero Ogcocephalidae é representado por um animal “tipo” piscívoro não estrito: sua dieta é baseada quase exclusivamente em peixes pequenos que são atraídos por meio de um filamento que esses peixes-morcego possuem na parte superior do corpo, sendo utilizado como se fosse uma vara de pescar.

Um estudo realizado na Austrália descobriu que o peixe-morcego era mais eficaz do que alguns animais herbívoros – como o peixe-papagaio ou o cirurgião-patela – na eliminação de algas invasivas em recifes e áreas costeiras. Esse estudo foi publicado na revista Current Biology e trouxe muitas esperanças para a conservação dos recifes.

Reprodução dos peixes-morcego

Platax pinnatus é uma espécie ovípara de fecundação externa. O macho reúne um harém de fêmeas na época de reprodução. No entanto, as informações sobre sua reprodução são escassas, pois é uma espécie que sofre muito em cativeiro e não é capaz de se reproduzir em ambiente doméstico.

Portanto, se você está pensando em adotar um desses animais em seu aquário, lembre-se de que é muito provável que ele tenha sido retirado de seu ambiente natural: uma ação proibida por lei em muitas regiões.

Estado de conservação

Geralmente, todas as espécies de peixes-morcego têm uma população estável. No entanto, muitos deles já estão em um estado pouco preocupante, devido às ameaças enfrentadas pelos recifes de coral. É provável que nos próximos anos haja declínios nas áreas de distribuição de algumas dessas espécies.

 

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Muitas vezes, ao constatar que uma espécie não está seriamente ameaçada pode levar as pessoas a pensarem que não há necessidade de se preocupar com isso. Em todo caso, no caso dos animais de recife, não se trata tanto de avaliar cada animal separadamente, e sim de como ele contribui para o equilíbrio do ecossistema. Para cuidar da natureza, não podemos deixar ninguém de fora.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Pez Murciélago. (2021). IUCN Red List of Threatened Species. https://www.iucnredlist.org/search?taxonomies=154145&searchType=species
  • Sleeping Functional Group Drives Coral-Reef Recovery. (2006, 19 diciembre). Current Biology. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960982206023670
  • ADW: Platax pinnatus: CLASSIFICATION. (2021). Animal Diversity Web. https://animaldiversity.org/accounts/Platax_pinnatus/classification/

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