Primeiro santuário de baleias das Ilhas Baleares
Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez
A caça e poluição das águas tiram a vida de muitas baleias, mamíferos marinhos da família dos cetáceos. Por isso, o governo espanhol aprovou um projeto que irá proteger 13% das águas marinhas nacionais.
Proteger as baleias tem sido uma das principais metas dos movimentos ambientais. No entanto, apesar do governo criar muitos parques e reservas em terra, deixou desprotegidos os mares, onde temos a maior biodiversidade do planeta.
Ultimamente nos deparamos com muitas novidades relacionadas à proteção das baleias. Dessa forma, o fracasso nos planos de recuperação das vaquitas e a chegada das baleias em Cartagena são apenas alguns exemplos de como temos que cuidar urgentemente desses animais.
Proteger baleias será possível nas Ilhas Baleares
Golfinhos, cachalotes e outros cetáceos serão protegidos no corredor marítimo entre as Ilhas Baleares e a Península Ibérica.
Este santuário será blindado para promover a conservação de baleias e outros cetáceos. Dessa forma, nesta região não poderão ser feitas a exploração do petróleo ou o fracking.
Por proposta do novo Ministério para a Transição Ecológica do governo espanhol, foi aprovada a proteção dessa área marinha.
Essa decisão ocorre um ano depois da Convenção de Barcelona ter proposto a criação da reserva para proteger o Mediterrâneo.
Esta área cobre 46 mil quilômetros quadrados, e fica localizada entre Girona e Alicante, tendo como limite os cabos de Creus e da Nao.
Além disso, a área tem grande valor ecológico devido às suas águas, e milhares de cetáceos migram para lá todos os anos.
Proteger cetáceos nas Baleares: objetivos e críticas
A proteção tem um objetivo claro. O ruído subaquático e a poluição sonora causada pela exploração de petróleo têm consequências devastadoras para a reprodução e sobrevivência dos cetáceos. Dessa forma, vários arrojamentos de espécimes têm sido observados.
Embora os conservacionistas aplaudam a decisão, acreditam que a batalha não está ganha. Eles afirmam que as prospecções de hidrocarbonetos deveriam ser proibidas em todas as águas nacionais. Isto beneficiaria as espécies marinhas que vivem na região.
Algumas ONGs criticam que os limites foram estabelecidos arbitrariamente. Dessa forma, argumentam que parte do habitat dos rorquais está desprotegida.
No entanto, apesar das deficiências do projeto, deve-se comemorar a porcentagem de águas nacionais agora sob proteção.
Baleia comum, a grande beneficiária
Os rorquais, especificamente a baleia fin (Balaenoptera physalus), serão os maiores beneficiados com a medida. Ela é o segundo maior animal vivo depois da baleia azul, com 27 metros de comprimento.
Assim como o resto das baleias, foi muito perseguida durante o século 20. Dessa forma, estima-se que até o final dos anos 70, cerca de 750 mil baleias comuns foram caçadas apenas no hemisfério sul.
É por isso que a caça às baleias foi proibida em muitos países, embora no Japão ainda sejam caçadas mais de mil baleias por ano.
Da mesma forma, alguns países do nordeste da Europa, como Finlândia, Noruega ou Groenlândia, mantêm essa prática de maneira reduzida.
Embora a caça não seja mais uma grande ameaça para esses animais, eles estão sendo prejudicados pela poluição da água.
É comum que apareçam mortos, com quilos de plástico em seus estômagos. Portanto, proteger as baleias no Mediterrâneo está se tornando cada vez mais importante para a comunidade internacional.
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