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Problemas comportamentais causados por coleiras de punição

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Este tipo de coleiras é usado para tentar corrigir um comportamento, mas o que ela faz é mascará-lo e, incidentalmente, infligir medo em certas situações, o que pode resultar em agressão.
Problemas comportamentais causados por coleiras de punição
Última atualização: 13 setembro, 2018

As coleiras pontiagudas, elétricas ou de gargantilha são vistas há muito tempo como ferramentas eficazes para corrigir o comportamento do cão. No entanto, ao longo do tempo, percebeu-se que os cães que usam coleiras de punição não melhoram, mas desenvolvem novos problemas comportamentais.

O que são as coleiras de punição?

As coleiras de punição também são chamadas de coleiras de treinamento. Essas coleiras são objetos ou dispositivos colocados no pescoço dos cães e que causam uma experiência negativa quando eles agem de maneira incorreta.

As coleiras elétricas, por exemplo, causam uma vibração ou choque elétrico quando o treinador pressiona um botão no controle remoto ou, ainda, é ativada quando a garganta do cão vibra para latir.

Já as coleiras com pontas de metal apresentam picos de metal ou plástico presos no pescoço do animal. Quando o cão puxa a coleira ou é puxado, sente dor para corrigir seu comportamento. Colares enforcadores, por outro lado, são coleiras móveis que se estreitam sem limite no pescoço do animal.

Essas coleiras foram usadas há muitos anos na educação dos cães. Por um tempo, acreditou-se que elas eram eficazes e que os cães que usavam coleiras de punição aprendiam a se comportar melhor, mas, hoje, tem sido provado que elas não apenas não são eficazes, como causam novos problemas.

Leia também: 7 dicas para o seu cão não puxar a coleira

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Atualmente, ainda há muitos treinadores caninos que usam essas coleiras. No entanto, em muitos lugares elas estão proibidas por lei: em muitos países da Europa elas são ilegais. Na Espanha, estão sendo regulamentadas por comunidades autônomas.

Por que os cães usam coleiras de punição?

Portanto, há muitas razões que podem levar um proprietário a usar um colar de punição em seu cão: geralmente, é um mau conselho de alguém que não é um profissional na educação de cães, como um vizinho que tem cães grandes ou um veterinário que vê a oportunidade de vender uma nova coleira.

Em geral, os donos põem coleiras de punição para tentar resolver um problema de comportamento: puxões na correia, agressividade ou excesso de energia na rua.

No entanto, coleiras de punição não são uma solução para problemas comportamentais: na melhor das hipóteses, o que elas fazem é esconder o problema inicial. Ou seja, o cão aprende a impedir o estímulo irritante, como a descarga elétrica ou o aperto dos espinhos no pescoço.

Isso não resolve o problema do comportamento: apenas o esconde. No dia em que o dono descarta a coleira de treinamento ou que o mal-estar do cão aumenta, o problema que tanto preocupa o proprietário reaparece.Para resolver um problema de comportamento, você deve ir à raiz dele, e uma coleira nunca será a solução.

Veja também: Quando usar uma coleira anti-latidos?

Problemas comportamentais que aparecem com seu uso

Coleiras de treinamento não resolvem problemas comportamentais: elas os tornam piores e podem causar novos problemas.

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Muitas vezes, o mau comportamento de um cão indica que há desconforto no dia a dia dele: estresse, medo ou dor. Por exemplo, é comum os cães latirem muito ante situações estressantes. Portanto, uma coleira elétrica anti-latidos não resolve o problema: apenas o esconde, pois o problema que provoca os latidos continua existindo.

Cobrir os sintomas de um problema maior não é uma solução: é um curativo temporário.Se o cão sentir um desconforto e este não for resolvido, os sintomas disso acabarão aparecendo de outras maneiras: seguindo o exemplo, em vez de latir, o cão poderia destruir objetos domésticos.

Além disso, provocar o cão com experiências negativas de maneira contínua causa o aparecimento de problemas comportamentais que antes não existiam, de acordo com as regras de comportamento e o condicionamento clássico de Pavlov.

Por exemplo, um dono coloca uma coleira de espinhos em seu cão, por isso, ele para de puxar a coleira. No entanto, o cão sente desconforto ou dor no pescoço quando está na rua: quando uma bicicleta aparece, quando outro cão se aproxima para dizer olá, quando há um barulho e ele sente medo, etc.

Além disso…

O cérebro do cão, inconscientemente, começa a relacionar cada uma dessas situações com a dor que sente. Em breve, ele acreditará que toda vez que um cão desconhecido se aproximar dele, ele sentirá dor: fará todo o possível para mantê-los afastado para que a coleira não o aperte.

Através deste mecanismo muito básico de aprendizagem, o cão começará a apresentar agressividade para com outros cães, crianças, bicicletas, o caminhão de lixo…  É imprevisível quais associações seu cérebro fará.

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Medo e estresse são emoções muito comuns em cães que usam coleiras de punição. Dessas duas emoções derivam quase todos os problemas comportamentais que nos incomodam nos cães: agressividade, latidos excessivos, puxões, incapacidade de conviver com outros cães, destruição de objetos em casa, etc.

Alternativas às coleiras de punição

Felizmente, a psicologia animal e a educação canina evoluíram nas últimas décadas. Educadores e famílias bem treinados, que querem o melhor para seus cães, já têm muitos outros métodos e ferramentas para resolver os problemas comportamentais de seus pets sem terem que recorrer ao medo ou à dor.

A única maneira realmente eficaz de resolver os problemas comportamentais de um cão é chegar à raiz desse comportamento: é por isso que soluções temporárias não são mais aplicadas hoje em dia.

Finalmente, estudos veterinários descobriram que cães que usam coleiras de punição sentem 55% mais estresse do que outros cães. Esse tipo de coleira de treinamento causa medo e, com isso, muitos outros problemas comportamentais são derivados.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.