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Pulgões: você sabe como eles são e o que causam?

4 minutos
Os pulgões são pequenos insetos que mal medem alguns milímetros em sua fase adulta; existem mais de 4,7 mil espécies de afídeos. 
Pulgões: você sabe como eles são e o que causam?
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Esses são insetos pertencentes à superfamília Aphidoidea, popularmente conhecidos como pulgões.

É uma extensa família que hospeda espécies de morfologias muito variadas e de tamanho minúsculo. Apesar de seu nome popular, os pulgões não são pulgas.

Atualmente, são reconhecidas mais de 4,7 mil espécies de pulgões, sendo hoje a mais numerosa e diversificada família de insetos hemípteros.

A seguir, falaremos mais sobre como são os pulgões, suas principais características físicas e seus hábitos.

Características morfológicas do pulgão

Uma característica muito particular desta família é que seus indivíduos podem ser muito diferentes em termos estéticos.  Ou seja, as várias espécies de afídeos apresentam características morfológicas muito variadas.

Por exemplo, existem espécies aladas e sem asas, com diferentes cores e padrões de coloração.

Em geral, os pulgões são caracterizados por seu tamanho diminuto, uma vez que atingem apenas alguns milímetros de comprimento na fase adulta.

Seu corpo é macio e geralmente tem um formato ovoide, sem distinção visível entre a cabeça, o abdômen e o tórax.

Dependendo da espécie, quatro a seis antenas segmentadas e três ocelos podem ser identificados. 

Nos indivíduos alados, observamos dois pares de asas membranosas e transparentes. As asas dianteiras são muito maiores que as asas traseiras, apresentam uma borda espessa e, geralmente, alguma mancha ou estigma.

Apresentam também dois apêndices eretos – chamados cornículos ou sifões – ao final do abdômen dos pulgões. 

Estas pequenas estruturas cumprem uma função defensiva, pois secretam algumas substâncias repelentes para afugentar seus predadores.

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Reprodução dos pulgões

Os pulgões são insetos vivíparos que exibem heterogonias, ou seja, diferentes formas de reprodução. Em geral, observa-se a alternância entre várias gerações de fêmeas partenogenéticas, e de uma única geração anfibônica.

Nas gerações partenogenéticas desenvolve-se a chamada “reprodução virginal”, a partir de células sexuais femininas não fertilizadas.

Ou seja, os filhotes se desenvolvem sem a necessidade de fertilização, e nascem como ‘clones’ de seus genitores.

Este método reprodutivo foi observado em algumas espécies de insetos, anfíbios, répteis e até mesmo aves. No caso dos afídeos, uma única fêmea pode produzir 100 filhotes por fase reprodutiva.

Já nas gerações anfibônicas, a reprodução ocorre através da fertilização dos gametas produzidos por machos e fêmeas. O macho transfere suas células sexuais para a fêmea, dentro da qual os ovos são fertilizados.

Estima-se que essa característica seja, de fato, uma capacidade adaptativa desenvolvida por afídeos e alguns outros animais.

Ao alternar sua forma reprodutiva, conseguem garantir a perpetuação de suas espécies, mesmo quando enfrentam condições ambientais desfavoráveis.

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Alimentação e hábitos do pulgão

Apesar de seu nome popular, pulgões não são pulgas. De fato, eles não se assemelham a elas nem em aspectos morfológicos, nem em seus hábitos e estilo de vida.

As pulgas são ectoparasitas que geralmente se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Por sua vez, os pulgões usam seus bocais sugadores para se alimentarem da seiva das plantas.

Por esta razão, os pulgões são normalmente encontrados em plantações e áreas de cultivo com muita facilidade. 

Nesses locais, eles acabam sendo considerados pragas, devido à sua grande capacidade reprodutiva e seus hábitos predatórios.

Danos aos pulgões nas colheitas

Durante a primavera e o verão, os pulgões são geralmente as maiores preocupações dos produtores agrícolas. Dos danos que esses insetos podem gerar nas plantações, podemos destacar os seguintes:

  • Eles sugam os nutrientes das plantas, então afetam o desenvolvimento delas, o que pode gerar deformações e fazê-las murchar.
  • Eliminam uma secreção grudenta como um subproduto de sua digestão, deixando as folhas e os frutos pegajosos. Como resultado, a sujeira se acumula nas plantas, além de diminuir seu valor comercial.
  • Eles podem eliminar substâncias tóxicas em sua saliva, o que leva à deformações nas folhas.
  • Alguns afídeos são vetores do chamado vírus do mosaico do pepino (CMV).

Como combater os pulgões de uma forma natural?

  • Infusões: infusões de cavalinha, absinto, alho, cebola e camomila são eficientes para afastar os pulgões. Somente as plantas devem ser fumigadas, de preferência em dias ensolarados e secos.
  • Sabão neutro: você pode preparar uma mistura de sabão neutro com água para combater os pulgões. Basta pulverizar levemente sobre as plantas uma solução de uma colher de chá de sabão neutro diluído em um litro de água.
  • Plantas repelentes de afídeos: algumas plantas atuam como repelentes naturais para pulgões, como a lavanda, a erva-cidreira, o alecrim e, também, a hortelã. Desta forma, elas podem ser plantadas em torno das outras plantas, para evitar a reprodução dos pulgões no jardim ou na plantação.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.