As 4 melhores mães do reino animal
Cuidar dos filhotes é essencial para muitas espécies de seres vivos presentes na natureza, mas algumas das melhores mães do reino animal ganharam esse título por causa dos extremos aos quais elas podem chegar para proteger sua prole.
Embora existam muitos exemplos de cuidado parental por parte da mãe na natureza, nas linhas a seguir você encontrará os casos mais famosos de cuidado materno no reino animal. Garantimos que pelo menos uma dessas mães vai surpreender você!
A função do cuidado da prole
Qual é a utilidade de cuidar dos filhotes? Parece uma pergunta absurda, mas o comportamento dos pais tem um objetivo claro: aumentar as chances de sobrevivência e reprodução futura da prole. Em outras palavras, cuidar dos jovens é aumentar a eficácia biológica dos seus descendentes.
Como os filhotes dessas espécies não são autossuficientes logo após o nascimento, eles precisam que os pais invistam parte de seu esforço e tempo para alimentá-los, protegê-los e ensiná-los a sobreviver. Em biologia evolutiva, isso é chamado de investimento parental.
As melhores mães do reino animal
O título de melhores mães não é conquistado à toa, é claro. Garantir a sobrevivência da prole tem um perigo adicional para algumas espécies, mas isso não impede as seguintes representantes de defenderem seus filhotes.
1. Orangotango-de-bornéu (Pongo pygmaeus)
Os orangotangos, assim como todos os animais cognitivamente complexos, têm uma longa infância. Isso significa que a mãe deve manter seus filhotes com ela durante um longo período de tempo, com tudo o que isso implica: procurar comida, defender dos predadores, buscar abrigo, ensinar a sobreviver e um longuíssimo etc.
Além disso, os orangotangos têm o recorde de tempo de amamentação: os filhotes podem mamar até 2 ou 3 anos. Depois disso, ainda ficam com a mãe por até mais 5 anos para aprender tudo o que precisam antes de sua vida independente. Além disso, a mãe construirá um novo ninho a cada noite para proteger seus filhotes.
2. Vaca (Bos primigenius taurus)
É relativamente conhecido o fato de que as vacas têm um instinto maternal muito forte, mas você sabia que basta um contato de 24 horas entre a vaca e o bezerro após o parto para criar o vínculo? Mesmo que o bezerro apresentado não seja dela, a vaca o adotará.
Em fazendas leiteiras, muitos fazendeiros afirmam que a mãe pode mugir em desespero durante dias quando seu filhote é tirado dela logo após o nascimento. Mesmo se você pesquisar na internet, encontrará uma infinidade de histórias de vacas que fogem em direção ao matadouro para encontrar seu bezerro.
3. Elefante-da-savana (Loxodonta africana)
Você acha que 9 meses é muito tempo para uma gravidez? Felizmente, a gestação humana não dura quase 2 anos como no caso das elefantas dessa espécie, cuja gestação dura 22 meses. Se não fossem assim, elas não seriam capazes de dar à luz um bebê de quase 90 quilos.
Embora essas duas proezas já sejam por si mesmas mérito suficiente para entrar nesta lista, além disso, a amamentação e os cuidados com o filhote podem levar até 3 anos ou mais, geralmente sendo interrompidos pela chegada de um nova gestação.
A organização social dos elefantes é matriarcal, de forma que o cuidado dos filhotes é um fator fundamental para equilibrar a hierarquia. As fêmeas comemoram o momento do nascimento de um novo espécime com fortes barritos e depois todas colaboram para cuidar e proteger a prole.
Dessa forma, as fêmeas jovens também se preparam para quando chegar a sua hora.
4. Polvo-gigante-do-pacífico (Enteroctopus dofleini)
As fêmeas do polvo-gigante-do-pacífico literalmente dão a vida por seus filhotes. Durante a postura, a mãe esconde longas filas de ovos em rachaduras ou saliências para que ninguém os encontre. Feito isso, ela cuida dos ovos até que eclodam, já que muitos predadores ficam à espreita para comê-los.
Esse processo pode durar até 10 meses, dependendo da temperatura das águas, e durante todo esse tempo a mãe não se alimenta, pois ela apenas protege, limpa e cuida dos ovos para garantir que a maior parte deles eclodam. Frequentemente, quando chega o momento nascimento, a mãe está tão exausta que morre.
5. Baleia-piloto-de-aleta-curta (Globicephala macrorhynchus)
Também conhecida como baleia-piloto-de-peitorais-curtas, a fêmea desse cetáceo é tão boa avó quanto mãe. As fêmeas que já foram mães podem continuar a produzir leite por até 15 anos após o parto, portanto, elas são essenciais para o cuidado compartilhado dos filhotes.
Você sabia que elas até agem como parteiras? Quando uma jovem fêmea vai dar à luz, as veteranos a ajudam a expulsar o bebê do seu corpo. Normalmente, as integrantes mais velhas do grupo passam a ser guias e pilares fundamentais, ganhando assim o título de matriarca e, claro, de ser uma das melhores mães da natureza.
Respeite sua mãe
As melhores mães do reino animal que você leu aqui não são as únicas que existem. Desde infâncias prolongadas até servir de comida para os seus filhos — como algumas espécies de aranha —, há grandes sacrifícios que muitos seres vivos fazem em busca da sobrevivência da espécie.
Quando se trata de animais como orangotangos ou elefantes, a recuperação das espécies torna-se muito difícil, devido aos poucos filhotes que as fêmeas podem dar à luz ao final de cada temporada. Devemos respeitar esse vínculo paternal para preservar a natureza no longo prazo.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
B. J. Buddenberg, C. J. Brown, Z. B. Johnson, R. S. Honea, Maternal Behavior of Beef Cows at Parturition, Journal of Animal Science, Volume 62, Issue 1, January 1986, Pages 42–46, https://doi.org/10.2527/jas1986.62142x Ethics, A. (2020, 20 noviembre).
Adoptando a animales que se han quedado huérfanos en la naturaleza. Animal Ethics. https://www.animal-ethics.org/animales-en-el-mundo-salvaje/que-podemos-hacer-ayudar-animales-naturaleza/animales-huerfanos-en-la-naturaleza/
Parental Behavior. (2009, 1 enero). ScienceDirect. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780123735539001942
Augusto, J. F. (2017, 1 abril).Characterizing alloparental care in the pilot whale (Globicephala melas) population that summers off Cape Breton, Nova Scotia, Canada. Wiley Online Library. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/mms.12377
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.