Reprodução do papagaio doméstico
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
Fazer com que dois papagaios se reproduzam em uma gaiola não é impossível. No entanto, isso requer entendimento do processo de acasalamento e dos comportamentos sexuais próprios da espécie. A reprodução do papagaio doméstico tem suas complexidades.
Em cativeiro, os donos têm a responsabilidade de criar as condições aptas para o acasalamento. Qualquer elemento discordante pode arruinar os planos para ter novas crias. Inclusive, depois do nascimento, existem certas regras que eles devem cumprir.
Se fizermos tudo corretamente, poderemos conseguir muitos filhotes de um mesmo casal. A seguir, tudo sobre a reprodução do papagaio doméstico.
Quais as etapas da reprodução do papagaio doméstico?
O acasalamento começa desde o momento em que ambos os animais iniciam o rito. Em um meio natural, este evento se inicia quando a papagaia escolhe um determinado macho como parceiro.
Depois, começa o período de posta dos ovos e o nascimento da prole: Os fatores ambientais, a construção do ninho e a compatibilidade das aves são elementos que não poderemos perder de vista.
Tudo culmina com a independência dos filhotes. Os donos deverão abordar uma vigilância ativa durante cada etapa e velar para que as coisas sigam em um ritmo natural. O próximo passo é cuidar para que o cativeiro não interrompa o ciclo da vida.
O cortejo: O início do ciclo
Sem o rito de cortejo é difícil que algo ocorra entre um casal de papagaios. Muitos donos tendem a confundir este ato com um comportamento estranho e até hostil da ave macho. Por mais estranho que pareça, o mais correto a fazer é não interferir.
Esta atividade instintiva consta de batidas de asas, danças, gritos e aproximações progressivas, até chegarem às caricias. Se se darem bem, o macho irá deslizar seu bico suavemente pela cabeça da fêmea. Outro bom sinal ocorre quando o macho dá comida à fêmea e ela corresponde.
Claro que cada espécie tem seus próprios ritos e respostas. Em todo caso, o cortejo serve para que a fêmea escolha o macho, ganhe confiança e estreite laços. Algumas fêmeas podem se tornar muito susceptíveis, portanto, nem sempre funcionará na primeira tentativa do macho.
Condições ideais para o acasalamento
O sucesso do cortejo e do ato reprodutivo dependerão de alguns fatores que os donos podem favorecer. O primeiro é que a gaiola deve ser suficientemente espaçosa para que ambas as aves se manifestem com naturalidade.
Outro tema fundamental é a alimentação. Para que esses animais se juntem, é indispensável que se encontrem bem alimentados. A dieta deve ser variada, balanceada e não constar unicamente de sementes. Antes de propiciar a aproximação, devemos nos assegurar de que as aves não estão doentes ou obesas.
Além disso, é fundamental contar com duas aves pertencentes à mesma espécie de papagaios. Se não houver compatibilidade sexual, todos os esforços serão infrutíferos.
Os ovos do papagaio
Os papagaios podem pôr de dois a seis ovos, o que poderá variar segundo a espécie. Por exemplo, o periquito australiano geralmente põe de quatro a seis e, os que habitam na região amazônica, tendem a pôr no máximo quatro, a cada ninhada.
Os ovos têm um período de incubação que vai de 20 a 25 dias. Em geral, a fêmea incuba os ovos, ainda que existam espécies onde este trabalho se divide entre ambas as aves.
O período de incubação e a quantidade de filhotes que podem sair de uma ninhada, nos indica que um mesmo casal poderá nos dar um grande número de novas crias no futuro. No entanto, devemos manter o mesmo casal sempre, porque os papagaios são monogâmicos.
O ninho: a chave do sucesso
Os ninhos destas aves são bastante particulares, devem ser verticais e mais altos do que largos. O ideal é que nós o confeccionemos, tratando de os deixar o mais próximo possível de um natural.
Devemos levar em conta que estas aves podem cavar seus próprios ninhos em árvores. Por isso, é idôneo construir um protótipo de madeira, que tenha pelo menos 40 cm de comprimento e 20 cm de largura. Nas laterais, deixaremos um buraco e poderemos colocar uma tampa dobrável na parte superior.
A ideia é que este ninho em forma de caixa seja colocado antes mesmo do acasalamento.
Os filhotes
Quando os ovos se abrirem, os filhotes nascerão indefesos e sem penas, por isso eles deverão ser protegidos por seus pais. Este estado de fragilidade dura um mês e meio aproximadamente, evita doenças infecciosas e prepara os filhotes para a vida fora do ninho.
Uma última advertência: Terminando o tempo de proteção, o correto é que separemos a nova ninhada de seus pais. Depois disto, o ciclo de reprodução do papagaio doméstico se repetirá até que uma das aves morra.
Fonte da imagem principal: Rodrigo Soldon
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- Álvarez, G. G., Azúa, R. V., Solano, C. T., & Gómez, S. R. R. (2005). Manejo en cautiverio de psitácidos utilizados como aves de ornato y compañía. Revista de la Asociación de Médicos Veterinarios Especialistas en Pequeñas Especies, 16(1), 5-17.
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