Você sabe por que os pinguins não voam?
Embora sejam aves e tenham asas, os pinguins não podem voar. Essa é uma realidade que tem gerado muita curiosidade, até porque esses animais têm as características de qualquer animal que voe, mas não possuem exatamente essa capacidade.
Justamente por isso, ao longo da história muito se especulou sobre o motivo pelo qual essas aves não voam. Muitas teorias sobre isso e algumas pesquisas nos dão algumas respostas. Vamos analisar algumas hipóteses com seus respectivos estudos. Continue a leitura!
Os pinguins não podem voar devido às características de suas asas
Fisicamente, a forma das asas de um pinguim é inadequada para o voo. Biomecanicamente, as características físicas devem ser diferentes para realizar atividades como voar e mergulhar. No artigo científico de coautoria do professor John Speakman, da Universidade de Aberdeen e da Academia Chinesa de Ciências, afirma-se ser impossível construir asas que sejam boas para ambas as atividades.
O consumo de energia em ambas é diferente. Em comparação, temos o airo, uma ave muito próxima do pinguim e que fisicamente se parece com ele, mas que pode voar. Os pesquisadores descobriram que o airo consome muita energia enquanto voa devido ao movimento de suas pequenas asas. “Essas aves têm asas muito curtas e precisam batê-las a uma velocidade incrível para se manter no ar. Para elas, é exaustivo“, disse Speakman.
A evolução fez com que o pinguim não pudesse voar
Outra das teorias científicas que devemos descrever indica que voar requer tanta energia que os pinguins foram deixando de lado a atividade mais complicada e se especializaram na mais prática, aperfeiçoando-se até a perfeição no mergulho. “Basicamente, a hipótese é que, à medida que as asas se tornam cada vez mais eficientes para o mergulho, sua capacidade de voar diminui proporcionalmente“, explicou o professor Speakman.
Supõe-se que, para os pinguins, voar era uma atividade tão fisicamente exigente que eles preferiram desistir dessa habilidade. Assim, suas asas se tornaram nadadeiras perfeitas para nadar. Atualmente, as asas desses animais são curtas e achatadas, além de seus ombros não terem articulações, o que os impede de voar.
O professor Speakman afirmou que: “Participar do grupo de pessoas que desvendaram o mistério é uma honra”. Tem muita gente que ainda se pergunta sobre isso: Se os pinguins tem asas, por que não voam? Fique feliz porque agora você já sabe a resposta.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Baker, A. J., Pereira, S. L., Haddrath, O. P., & Edge, K. A. (2006). Multiple gene evidence for expansion of extant penguins out of Antarctica due to global cooling. Proceedings. Biological sciences, 273(1582), 11–17. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1560011/
- National Oceanic and Atmospheric Administration. (2023). Can penguins fly?https://oceanservice.noaa.gov/facts/penguinsfly.html
- Cole, T. L., Zhou, C., Fang, M., Pan, H., Ksepka, D. T., Fiddaman, S. R., Emerling, C. A., Thomas, D. B., Bi, X., Fang, Q., Ellegaard, M. R., Feng, S., Smith, A. L., Heath, T. A., Tennyson, A. J. D., Borboroglu, P. G., Wood, J. R., Hadden, P. W., Grosser, S., Bost, C. A., … Zhang, G. (2022). Genomic insights into the secondary aquatic transition of penguins. Nature communications, 13(1), 3912. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9296559/
- Elliott, K. H., Ricklefs, R. E., Gaston, A. J., Hatch, S. A., Speakman, J. R., & Davoren, G. K. (2013). High flight costs, but low dive costs, in auks support the biomechanical hypothesis for flightlessness in penguins. Proceedings of the National Academy of Sciences, 110(23), 9380-9384. https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1304838110
- Williams, C. L., Hagelin, J. C., & Kooyman, G. L. (2015). Hidden keys to survival: the type, density, pattern and functional role of emperor penguin body feathers. Proceedings. Biological sciences, 282(1817), 20152033. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4633883/