Saúva-cabeça-de-vidro: habitat e características
Quando as saúvas-cabeça-de-vidro se unem, elas deixam de ser uma entidade individual e se tornam uma colônia, conhecida como ‘superorganismo’. Essa agregação consiste em uma grande família sincronizada em suas pequenas mentes, com o objetivo de trabalhar em uma meta comum. Quando essas agregações se manifestam, todos os outros animais saem do caminho.
As colônias de saúvas-cabeça-de-vidro são uma força poderosa que forrageia e se move como um único animal. Elas estão tão conectadas que se comportam como um ser autônomo, um superorganismo que se especializa para realizar tarefas específicas. O trabalho conjunto transformou as formigas grandes em vencedoras da natureza.
Características físicas das saúvas-cabeça-de-vidro
As saúvas-cabeça-de-vidro têm a aparência física de qualquer himenóptero terrestre, exceto pelo seu bumbum grande, que tem um tom mais escuro do que outras formigas normais. A maior saúva-cabeça-de-vidro é a rainha, que pode medir 2,5 centímetros de comprimento, enquanto as operárias são menores, medindo 1,5 a 2 centímetros.
Além da rainha, o resto das integrantes da colônia são excelentes escavadoras. É assim que elas conseguem construir um grande formigueiro, com uma profundidade de 5 metros no solo, estendendo-se até 100 metros quadrados de diâmetro. A entrada dessa minicidade pode ter cerca de 9 centímetros de largura. Por fim, esses ninhos duram cerca de 50 anos.
O que comem as saúvas-cabeça-de-vidro ?
As saúvas-cabeça-de-vidro se alimentam de fungos que elas próprias cultivam, que por sua vez vêm de um tecido das folhas que essas formigas mastigam. Com relação a esse alimento, podem ser citadas os seguintes aspectos gerais:
- As saúvas-cabeça-de-vidro cultivam esses cogumelos em jardins subterrâneos, que podem atingir 36 centímetros de largura e 1 metro de profundidade.
- O fungo cultivado é o único alimento para a rainha e suas larvas.
- Esses fungos têm uma aparência esponjosa . Eles contêm células chamadas ‘gongilídios‘.
- O fungo permanece em seu estado puro, sem a necessidade dos cuidados da formiga.
- As operárias das saúvas-cabeça-de-vidro se alimentam da seiva das folhas quando cortadas em pequenos pedaços.
Habitat e comportamento
As colônias que as saúvas-cabeça-de-vidro constroem são minicidades subterrâneas. É nelas que ocorre toda a ação e o cuidado dos espécimes jovens. As operárias geralmente saem para a superfície à noite – e raramente durante o dia. Elas sobem até o topo das árvores e, com suas mandíbulas, cortam as folhas de forma curva.
As folhas cortadas são proporcionais aos seus corpos. Dessa forma, elas as colocam nas costas para carregá-las até a colônia. Além da atividade no próprio formigueiro, esse trabalho contribui para a decomposição de 20% das folhas das árvores. Além disso, a rainha leva consigo um segmento dos fungos feitos com essas folhas para seu voo nupcial.
Castas da saúva-cabeça-de-vidro
As saúvas-cabeça-de-vidro se dividem em 2 castas: as primeiras são as formigas aladas e férteis, que são as rainhas e os machos. As segundas são operárias ou reprodutoras, responsáveis por dar forma ao ninho subterrâneo e transportar as folhas cortadas.
Quando a rainha diploide (com um conjunto completo de genes) acasala com um macho haploide (metade dos genes) no famoso voo nupcial, ela pode originar uma nova colônia com suas próprias saúvas-cabeça-de-vidro operárias. É importante notar que o voo nupcial começa na estação chuvosa, geralmente quando para de chover.
Tática das saúvas-cabeça-de-vidro
As saúvas-cabeça-de-vidro mostraram sua lealdade ao trabalho em equipe e à comunicação sincronizada. É por isso que esses pequenos himenópteros são famosos por desenvolver uma estratégia de troca de funções.
Esse comportamento é uma forma muito especial de trabalhar, que começa com a tarefa de cultivar fungos por parte das formigas jovens. Quando elas amadurecem e ganham experiência, saem à superfície e começam a cortar as folhas.
Inimigos das saúvas-cabeça-de-vidro
Essas formigas construtoras e fortes têm inimigos que devem ser evitados e, nesse caso em particular, o perigo se resume a dois cenários. Primeiro, quando a rainha sai em seu voo nupcial, ela se torna o alimento preferido de morcegos e aves.
Além disso, os formigueiros dessa espécie precisam enfrentar perigos naturais, como enchentes e a ação humana, principalmente quando esses insetos são capturados para o preparo de pratos gastronômicos. Contudo, essas pequenas e inteligentes guerreiras conseguem construir novas colônias, expandindo assim o reinado das saúvas-cabeça-de-vidro.
Como você viu, as formigas representam o mais alto grau de cooperação, englobadas em agregações biológicas de tipo eussocial. Cada formiga não é uma entidade individual, mas uma parte de um superorganismo biológico que se move de forma conjunta com um único propósito: sobreviver ao longo do tempo e expandir a espécie.
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