7 causas de asfixia em cães

Muitos objetos e situações inesperadas podem causar asfixia em cães. Aqui você descobrirá quais são os gatilhos e como agir nesses casos.
7 causas de asfixia em cães
Samuel Sanchez

Revisado e aprovado por o biólogo Samuel Sanchez.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Qualquer pessoa que tenha um cão como animal de estimação possivelmente já presenciou um momento em que percebe que o animal está engasgando com algum alimento ou objeto mal digerido. A asfixia em cães pode ocorrer em várias situações, mas o tutor nunca deve perder a calma.

Se o humano ficar nervoso, o cão perceberá e a ansiedade dificultará ainda mais o processo de auxílio. Com uma série de etapas concretas e muita tranquilidade, esse evento pode acabar se tornando apenas uma história desagradável para contar no futuro. Aqui estão as causas mais comuns de asfixia em cães. Não perca.

1. Brinquedos e alimentos

Em geral, os cães mordem mais do que podem mastigar. Não importa o tamanho do objeto que o cachorro tenha na boca, pois é preciso observar o tamanho que esse pedaço vai ficando enquanto o animal mordisca até caber no fundo da garganta. A asfixia ocorre quando o objeto é muito grande e obstrui esse duto.

Ossos, sapatos ou pedaços de madeira podem ser mortais para o seu cão se você não monitorar de perto quando ele brinca com essas coisas.

Da mesma forma, restos de comida, como ossos, sementes ou pedaços sólidos muito grandes, também podem ficar presos na traqueia e bloquear parcial ou completamente a passagem de ar. A solução é supervisionar a brincadeira do animal e remover com cuidado o brinquedo ou osso assim que estiver pequeno o suficiente para caber completamente em sua boca.

Um cachorro selvagem tossindo.

2. Afogamento

Outra causa comum de asfixia em cães é confiar demais nas habilidades de natação do animal e deixá-lo sozinho em um lago ou piscina. Se o seu cão estiver longe da costa e fisicamente exausto, a água pode entrar em suas vias respiratórias e colocar sua vida em risco. Para evitar o primeiro cenário, é aconselhável instalar rampas em suas piscinas e ajudar o cão quando ele se cansar de nadar.

3. Inalação de fumaça

Da mesma forma, a inalação de fumaça em um possível incêndio ou de monóxido de carbono em locais fechados – como uma garagem ou estacionamento sem entradas de ar – causa asfixia.

4. Ondas de calor

Talvez você já tenha encontrado um cachorro mostrando a língua e desesperado para sair do veículo em que está trancado. Essa difícil situação coloca em risco a vida do cão – ainda mais em épocas de altas temperaturas – porque como o ar não está circulando pelo veículo, fica mais difícil respirar.

5. Quedas

Outra causa de asfixia podem ser as quedas sofridas pelo cão, principalmente se a batida ocorrer no peito, no pescoço ou no peito. Fatores como a idade e o peso do animal determinam a gravidade do traumatismo, pois os ossos e a cartilagem do pescoço tornam-se mais flexíveis com o tempo e podem fraturar com mais facilidade.

6. Doenças

Existem algumas condições médicas que tornam seu animal de estimação mais sujeito à asfixia. A traqueobronquite – mais conhecida como tosse de “latido” – é uma das mais conhecidas e é transmitida de um cão para outro por meio de catarro ou espirros. Essa condição faz com que o animal pigarreie com frequência, mas pode ser tratada com medicamentos.

O pioderma juvenil é outra doença que afeta cachorros jovens, causando inchaço na garganta e nos gânglios linfáticos.

7. Coleiras inadequadas

Por outro lado, ornamentos comuns como as coleiras podem ser um sério inimigo para os cães se ficarem muito apertadas. Esses acessórios devem ser verificados com frequência, especialmente na fase de crescimento do animal, a fim de evitar uma possível asfixia. Um truque é inserir 2 dedos para criar mais espaço entre o pescoço do canino e a coleira.

Como evitar asfixia em cães?

Atualmente, existem alguns métodos com os quais é possível prevenir casos de asfixia em cães. No entanto, a melhor recomendação é estar sempre atento aos animais de estimação, independentemente da idade ou do quanto você confia neles. Aqui estão 2 métodos importantes para salvar a vida do seu cão em casos extremos.

  1. Manobra de Heimlich: sua postura dependerá do tamanho do cão – se for pequeno, segure-o no colo de cabeça para baixo, com as costas apoiadas no seu peito. Depois disso, coloque o punho sob o esterno e a outra mão no topo do punho. Com 4 movimentos fortes seguidos, aperte o abdômen ou bata nas costas do cachorro com a palma da mão.
  2. Reanimação cardiopulmonar (RCP): se o objeto não sair, coloque o cão no chão do lado direito. Se for um filhote, coloque uma mão aberta em cada lado do peito do animal. Se for grande, as mãos devem ser colocadas no tórax, uma em cima da outra. Por último, realize 60 compressões por minuto e 2 insuflações a cada 30 compressões até que o animal consiga respirar.
Um cachorro engasgado com a comida.

Esses 2 métodos são para situações de emergência, portanto, é melhor procurar ajuda profissional em uma clínica veterinária se você não conseguir fazer o cão respirar novamente. É importante estar sempre muito atento aos objetos com que o cão costuma brincar e esteja preparado para prestar os primeiros socorros se necessário.


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