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Tipos de anestesia para animais de estimação

3 minutos
Com esta medicação, o alívio da dor é conseguido em operações cirúrgicas complexas em animais.
Tipos de anestesia para animais de estimação
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A anestesia para animais de estimação consiste em aplicar uma medicação para evitar a dor. Este procedimento é usado para realizar várias cirurgias em animais domésticos, para a imobilização de animais agressivos e até mesmo para exames como radiografias e endoscopias.

A aplicação da anestesia para animais de estimação é diferente para cada um deles. Tudo depende de fatores como espécie, idade, peso, tamanho, raça e patologias pré-existentes.

Antes da anestesia

Antes de aplicar qualquer tipo de medicamento no animal, uma série de procedimentos é realizado para escolher o tipo de protocolo a ser utilizado. Além disso, devemos garantir que o corpo do pet esteja em ótimas condições. Lembre-se de que existem animais que não devem ser anestesiados.

Para obter as informações necessárias antes da anestesia, faça o seguinte:

  • Um exame de sangue completo
  • Um eletrocardiograma
  • Um exame físico completo e detalhado
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Tipos de anestesia para animais de estimação

Basicamente, existem dois tipos de anestesia em animais:

Anestesia local

Anestésicos locais são substâncias que, quando aplicadas ao tecido nervoso em concentrações adequadas, aliviam a dor. É a anestesia menos usada.

Este efeito calmante é conseguido através da obstrução do envio de um impulso nervoso sensível, do receptor para o córtex cerebralAplica-se a uma área específica e é usado em procedimentos e operações locais.

As substâncias que compõem o anestésico local passam primeiro para a corrente sanguínea e, após um período, são completamente eliminadas. Eles não influenciam a consciência, ao contrário da anestesia geral.

A ação dessa anestesia é temporária, embora possa haver alguns riscos. Alguns dos fatores de risco são: idade, estado acido-básico, hepatite ou cirrose e desnutrição.

Anestesia geral

Esse tipo de anestesia é o mais utilizado e a que mais oferece riscos. As consequências são:

  • Hipnose: é o “sono“, a perda de consciência.
  • Analgesia: é a perda de sensibilidade. Isso permite que você não sinta dor.
  • Relaxamento muscular: consiste na perda de mobilidade.
  • Perda de reflexos: trata-se da perda de movimentos involuntários.
  • Amnésia: o animal não se lembrará da operação.

Deve-se notar que esse tipo de anestesia é aplicado com o estômago vazio, e quanto mais doloroso o procedimento, mais anestesia é necessária. A anestesia permite que o cirurgião veterinário trabalhe em ótimas condições. Se o animal se mover ou morder os instrumentos, o especialista não terá como operar com precisão.

A anestesia geral é usada para intervenções de certa complexidade, como a castração ou esterilização, fraturas, cirurgias de emergência, cura de ferimentos graves e até mesmo problemas dentários, uma vez que este tipo de anestesia pode proteger as vias aéreas.

Em geral, os riscos da anestesia para animais de estimação são baixos, entretanto, em alguns casos, esses riscos devem ser considerados se forem maiores do que os benefícios que a intervenção cirúrgica produzirá.

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Estágios da anestesia geral em animais

Fase 1: Pré-medicação

Consiste na aplicação de drogas para o relaxamento muscular do animal e para que ele não sinta dor. Essa medicação é feita para que o animal se acalme e diminua seu estresse. Também permite que as doses subsequentes de medicação sejam menores, além de ajudar na fase de recuperação (pós-operatório).

 Fase 2: Indução à anestesia

Nesse estágio, é introduzido um cateter que será mantido durante todo o procedimento e que permite a aplicação de drogas por via intravenosa. Nesse estágio, o animal adormece completamente, o que facilita a intubação endotraqueal, através da qual gases anestésicos e oxigênio são aplicados.

Além disso, normalmente é aplicada uma máscara que vaporiza os gases gerados. Esta máscara é transparente, de modo que o trato respiratório permanecerá visível.

Fase 3: Manutenção

Nesta fase é quando a intervenção cirúrgica é realizada, o momento mais importante. Gases anestésicos e oxigênio continuarão a vaporizar durante toda a operação, pois são eles que mantêm o animal adormecido.

Fase 4: Recuperação

A fase final servirá para parar a vaporização dos gases anestésicos e apenas o oxigênio ainda é aplicado. O tubo endotraqueal é removido com grande cuidado e se espera até que o animal acorde. Lembre-se de que não é aconselhável deixar o animal sozinho, pois ele deve permanecer sob vigilância em todos os momentos.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.