Todos os animais correm o mesmo risco de extinção?

Milhares de espécies são consideradas em risco de extinção. No entanto, todos os animais correm o mesmo risco de extinção? A verdade é que isso acontece apenas com aqueles que atendem a certos 'requisitos'.
Todos os animais correm o mesmo risco de extinção?

Última atualização: 27 julho, 2022

Você sabia que mais de 25.000 espécies estão em risco de extinção? E que provavelmente muitas delas não existirão mais no ano de 2050?

Isso nos faz pensar se todos os animais terão a mesma ‘sorte’ e, no futuro, o planeta não será mais habitado por eles. Neste artigo, tentaremos responder a essa pergunta.

O risco de extinção é um problema preocupante

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), há mais de 25.000 espécies de animais e plantas que estão atualmente em risco de extinção. O pior de tudo é que alguns deles não “chegarão” ao ano de 2050.

Uma das espécies mais ameaçadas é o rinoceronte de Java, com apenas 50 exemplares em seu habitat natural, a Indonésia. Um dos motivos para o risco é a caça furtiva, porque muitos acreditam que seus chifres têm poderes medicinais.

A vaquita marinha é outra espécie em alto risco de extinção, com cerca de 60 exemplares em estado selvagem. Seu habitat natural é o Golfo da Califórnia, no México, e ele é ameaçado pela captura acidental em redes de pesca.

Para muitos, os gafanhotos são uma praga. No entanto, há uma subespécie, conhecida como gafanhoto Crau, que está na lista vermelha da IUCN devido à perda de seu habitat, localizado na França.

Seu desaparecimento traria sérias consequências para a população de aves. Os falcões, que se alimentam desse inseto, estariam entre os prejudicados.

Gafanhoto ameaçado de extinção

Todos os animais correm o mesmo risco de extinção?

Se formos pessimistas, podemos dizer que se continuarmos nesse caminho, em alguns anos todos os animais desaparecerão da face da Terra.

É verdade que o número de espécies incluídas na lista de risco de extinção aumenta a cada ano. No entanto, a entidade responsável por fazer este ranking infeliz indica que 25% são mais vulneráveis a não continuar no planeta.

Embora as atividades realizadas pelo homem tenham muito a ver com a extinção de animais hoje, também podemos indicar que certas espécies são mais suscetíveis e, portanto, desaparecerão. Quais são elas?

1. Aqueles que vivem em uma área restrita

Alguns exemplos são as espécies endêmicas que habitam apenas um local específico, como uma ilha, já que elas não possuem alternativas reais para expansão.

Além disso, não tendo contato com outros animais além daqueles que sempre os cercaram, estes animais são propensos a contrair doenças trazidas por espécies introduzidas.

2. Aqueles que migram

Não nos referimos apenas aos pássaros, mas a todos os animais que empreendem uma longa jornada, para fugir do frio, por exemplo. Estes correm um maior risco de extinção. Um dos motivos é porque precisam que todos os locais onde tentam se estabelecer atendam a certas condições.

Pinguins correndo risco de extinção

3. Aqueles que precisam de muito território

Seu principal ‘problema’ é que precisam de uma grande quantidade de terra para desenvolver todos os seus hábitos. Esses animais viajam muitos quilômetros em uma única estação, dependendo da época do ano.

Além disso, se deslocam quando vão se reproduzir, se alimentar, etc. Alguns exemplos são os canídeos e as aves de rapina.

4. Os de grande tamanho corporal

Entre os mais “conhecidos” em risco de extinção, podemos citar o urso polar, o elefante e o rinoceronte. No primeiro caso, o aquecimento global e o derretimento das calotas polares são as principais causas. Nos outros dois, poderíamos indicar a caça e a destruição do habitat.

No entanto, também devemos ter em mente que os animais de grande porte precisam de uma boa quantidade de alimento todos os dias (ou em todas as estações). Dessa forma, podem acabar enfrentando a escassez devido a mudanças no ecossistema que habitam.

5. Aqueles que se reproduzem pouco

O primeiro exemplo é o do gorila, embora também seja verdade que a caça e a falta de árvores sejam fatais para ele. Este primata investe muitos recursos e tempo em seu único bebê, que depende de sua mãe por vários anos.

Nesse tempo, a fêmea não engravida novamente, e poderíamos dizer que ela se dedica completamente ao filhote.

As espécies em maior risco de extinção são aquelas que vivem em ambientes estáveis, pois se houver qualquer alteração, não poderão continuar o seu ciclo de vida, e as que formam pequenos grupos, pois são mais vulneráveis e visíveis para caçadores e predadores.


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  • Baena, M. L., & Halffter, G. (2008). Extinción de especies. In Conabio. Capital natural de México.

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