Tratamentos para a dermatite alérgica em cães
Escrito e verificado por a bióloga Ana Díaz Maqueda
A dermatite alérgica em cães ou dermatite atópica canina é uma doença inflamatória que causa muita coceira. É influenciada pela genética. Atualmente, cerca de 10% dos cães sofrem com ela, e este número está aumentando. Ela também pode afetar os seres humanos.
Foi demonstrado que, em grande parte, a dermatite alérgica em cães está associada a um aumento das imunoglobulinas E (IgE) diante do contato com alérgenos ambientais de naturezas diversas. No entanto, existem outros fatores imunológicos que também podem estar relacionados.
Além disso, esse tipo de dermatite é caracterizado pelo aparecimento de muitas doenças secundárias. Por isso, existem diferentes tratamentos para a dermatite alérgica em cães.
Tratamento para as infecções
Um dos problemas da dermatite alérgica em cães são as infecções secundárias que surgem na pele danificada. Há uma flora bacteriana sobre a pele que é necessária para manter a saúde geral do organismo. Porém, quando o tecido é danificado, há a proliferação de alguns microrganismos nocivos que podem causar infecções graves na pele, tais como os estafilococos e um fungo chamado Malassezia.
Esse tipo de infecção é tratado com antibióticos de amplo espectro, sejam eles orais ou tópicos. Além disso, para combater os fungos, é necessária a aplicação de tratamentos antifúngicos.
Tratamento para a dermatite alérgica em cães causada por picadas de pulga
Muitos cães que sofrem de dermatite atópica têm uma maior predisposição a desenvolver uma dermatite alérgica a picadas de pulga. Nesses casos, a primeira coisa a ser feita é eliminar completamente o parasita e, além disso, usar um bom repelente para impedir que o animal tenha outro episódio.
Controle da alimentação
Em muitos casos, o alérgeno pode ser um alimento ou um ingrediente da comida do cachorro. Nesse caso, uma dieta de eliminação deve ser realizada; dessa forma, poderemos determinar a que substância o cão é alérgico.
Por outro lado, existem rações hipoalergênicas que são úteis nessas situações. No entanto, na maioria dos casos, essas alergias resultam do uso de alimentos altamente processados, como é o caso das rações, que também podem incluir ingredientes que não precisam ser especificados. Por isso, uma dieta de eliminação usando produtos 100% naturais é a mais indicada.
Tratamento da ceratose seborreica
A ceratose seborreica é o processo de queratinização e subsequente descamação da pele, acompanhada por secreção seborreica excessiva devido ao entupimento das glândulas sebáceas. Este é um sintoma comum na dermatite alérgica em cães, especialmente em pacientes crônicos.
O tratamento nesses casos é baseado no uso de suplementos orais de ácidos graxos. Além disso, xampus específicos também podem ser usados.
Tratamento da otite externa
A otite externa é uma das mais importantes doenças secundárias que ocorrem juntamente com a dermatite alérgica em cães. Ela geralmente se apresenta como uma inflamação do canal auditivo externo e do pavilhão. Além disso, infecções bacterianas e fúngicas também podem aparecer. Pode haver um excesso de secreções que tornam a otite crônica.
Tratamentos específicos para a dermatite alérgica em cães
Primeiramente, o ideal seria impedir que o cachorro tivesse contato com qualquer substância que lhe cause alergia. Para fazer isso, um teste intradérmico deve ser realizado para verificar o que causa reação na pele do cachorro.
Os cães geralmente são alérgicos aos ácaros, por isso é recomendável limpar a casa com aspiradores acaricidas, além de evitar tecidos que atraiam esses animais.
Por outro lado, também podemos citar a imunoterapia específica. Trata-se de medicamentos que mediam a resposta imune do organismo, controlando os linfócitos T e as imunoglobulinas E, entre outros.
Uso de glicocorticoides para a dermatite alérgica em cães
Os corticoides são medicamentos muito eficazes para eliminar os sintomas desconfortáveis da dermatite atópica canina. No entanto, eles não curam a doença, apenas a mascaram. Desta forma, o cachorro não sofrerá de coceira e inchaço da pele, o que impedirá o aparecimento de patologias secundárias.
No entanto, esses medicamentos não podem ser usados para sempre e, por isso, devem ser procuradas terapias alternativas.
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