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Uma leoa resgatada retorna à África

3 minutos
Nala é uma leoa resgatada que, felizmente, foi poupada dos maus-tratos infligidos a espécies exóticas em circos.
Uma leoa resgatada retorna à África
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Uma leoa resgatada do mundo do circo voltou à África graças ao centro de resgate AAP Primadomus, no Alicante. O caso de Nala é outro exemplo da necessidade de tirar animais selvagens dos circos.

Primadomus ao resgate

Primadomus é um centro pertencente à ONG holandesa AAP, cujo objetivo é lutar contra o tráfico ilegal de espécies exóticas.

No entanto, no caso do centro de Villena, falamos sobre um dos três santuários de primatas na Espanha, que também trabalha com grandes felinos, como Nala.

Curiosamente, este centro nem sempre é o último lar de animais resgatados, pois eles colaboram com santuários e zoológicos para enviar animais já reabilitados e reabilitar mais vítimas de tráfico ilegal.

Esta leoa resgatada na França levou uma vida semelhante à de outros felinos que participam de espetáculos circenses.

Após o fechamento de uma fazenda ilegal no país gaulês, Nala foi confiscada juntamente com outros felinos e, para sua sorte, acabou no centro de resgate em Alicante.

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A história de Nala, uma leoa resgatada

Nala é outro dos muitos casos de animais selvagens no circo. O problema com este tipo de shows é que eles não são educativos e, além disso, mantêm os animais em condições terríveis, dada a natureza itinerante desses espetáculos.

Além disso, é perigoso para pessoas e animais que enfrentam exercícios que lhes causam medo.

No entanto, a história de Nala não termina no Alicante, pois ela acaba tomando o rumo da África do Sul.

Lá, o santuário Lionsrock a aguardava para tentar juntá-la com Saeed, um leão macho que foi resgatado de um dos zoológicos arrasados ​​em Aleppo durante a guerra na Síria.

A necessidade de acabar com os circos que utilizam animais

A história dos circos na Europa é longa e tortuosa. Cada vez mais, aumenta a rejeição da sociedade em relação ao uso de animais em espetáculos de circo, ainda que os espetáculos continuem.

Infelizmente, em muitas partes do mundo ainda é possível ver um felino sendo maltratado e ameaçado com chicotadas e, também, um macaco com roupas fazendo truques.

Casos como o dessa leoa resgatada estão se tornando mais frequentes, porque muitos países estão proibindo circos com animais.

Por exemplo, na Espanha, muitos municípios e comunidades não permitem espetáculos de circo que exibem animais selvagens.

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Zoológicos e circos: algumas diferenças

As diferenças são várias: primeiro, devemos esclarecer que zoológicos e circos têm objetivos diferentes.

Embora ambos sejam empresas, em zoológicos existem associações e análises que reforçam padrões muito mais elevados de bem-estar animal.

Além disso, alguns animais participam de programas de conservação. Há um caso, inclusive, de um zoológico que planeja reintroduzir felinos ameaçados na Rússia.

Nos zoológicos, há também programas educacionais para aumentar a conscientização sobre a conservação de espécies, bem como serviços veterinários especializados. No caso dos circos, isso não acontece, e é comum que eles sejam tratados em clínicas veterinárias que nunca trabalharam com esses animais.

Também, as funções educativas dos circos são escassas. Soma-se a isso o pequeno espaço que eles fornecem aos animais, que estão em constante movimento.

Os animais são treinados tanto em zoológicos quanto em circos. Mas nos zoológicos isso é feito para que eles possam receber tratamentos sem estresse, enquanto nos circos eles são forçados a ter comportamentos não naturais.

Essas atividades lhes dão medo, por isso muitas vezes os treinadores recorrem a punições.

De fato, os zoológicos são necessários junto a centros como o Primadomus, para poder resgatar as centenas de animais selvagens que ainda são exibidos em circos de toda a Europa.

Além disso, com a crescente rejeição a essa atividade, esses animais merecem uma aposentadoria digna diante da injustiça que sofreram ao longo de suas vidas.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.