Vacina trivalente para gatos: para que serve e efeitos secundários

Dentro do calendário de vacinação dos felinos, a vacina trivalente recebe especial importância. Você quer saber por quê? A seguir, indicamos os motivos.
Vacina trivalente para gatos: para que serve e efeitos secundários
Samuel Sanchez

Revisado e aprovado por o biólogo Samuel Sanchez.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Cuidar da saúde dos animais de estimação exige, entre muitas outras coisas, o cumprimento do esquema de vacinação correspondente. As vacinas protegem contra doenças, por isso é essencial levá-las em consideração. A vacina trivalente para gatos, por exemplo, é uma das que não pode ser esquecida.

O veterinário é o responsável por administrá-la aos felinos nas doses correspondentes. Vamos ver em que consiste essa vacina e de que ela protege o animal, bem como quando é necessário aplicá-la e se existem efeitos secundários derivados.

Por que é importante vacinar os gatos?

As vacinas, sejam para humanos ou outros animais, são preparações cuja missão é gerar no organismo imunidade contra certas doenças. Para isso, o vírus a ser combatido é modificado ou inativado e, uma vez inoculado no corpo e em contato com o sistema imunológico, este reage.

O organismo responde ao patógeno inativo criando anticorpos contra esse vírus. Dessa forma, caso o contraia em algum momento, o próprio sistema imunológico o reconhecerá como infeccioso e o combaterá. No caso dos gatos, acontece exatamente dessa forma também.

Existem certas doenças felinas que são altamente graves e/ou fatais. Além disso, principalmente os felinos que têm acesso ao exterior da casa estão mais expostos a contraí-las. A vacina trivalente felina protegerá contra 3 das condições mais perigosas para esses animais.

 

Um gato no veterinário.

O que é a vacina trivalente para gatos?

A vacina trivalente para gatos é uma solução injetável que impede o animal de apresentar sinais clínicos evidentes ao contrair certas doenças. Um felino vacinado pode apresentar alguns sintomas, apesar de ter sido imunizado, mas o quadro após a vacinação é sempre leve.

A sua administração é especialmente importante em gatos com sistema imunitário fraco ou pouco desenvolvido, como é o caso dos filhotes felinos. Também é essencial em centros onde são reunidos muitos animais ou em instalações onde os gatos têm acesso ao ambiente externo.

Do que essa vacina protege?

O mais relevante nessa vacina é que ela promove a defesa do animal contra algumas doenças muito contagiosas e que, além disso, não têm cura. São as seguintes doenças:

  • Calicivírus felino (FCV): uma doença infecciosa transmitida pelo contato direto com um gato contaminado ou portador do vírus. O contágio também pode ocorrer por meio do contato com objetos infectados. É uma doença intimamente relacionada à rinotraqueíte felina.
  • Herpesvírus felino 1 (FHV-1): é a principal causa de rinotraqueíte. A rinotraqueíte é uma doença respiratória bastante comum, cujos principais sintomas são tosse, secreção ocular e nasal.
  • Parvovírus felino (FPV): é um vírus que causa uma doença com alto grau de mortalidade em gatos, principalmente em filhotes: a panleucopenia felina. Seus principais sintomas incluem febre, diarreia, fezes com sangue, anemia, vômitos e fadiga.

Quando a vacina trivalente deve ser administrada ao gato?

Quando um gatinho nasce, o leite materno não apenas fornece os nutrientes de que ele precisa para sobreviver, como também fornece anticorpos. Por isso, é importante aguardar o desmame para vacinar o gato e para que, dessa forma, esses anticorpos não neutralizem a vacina.

Aos 2 meses de idade, os felinos devem receber a primeira dose da vacina trivalente. Enfatizamos a “primeira”, porque várias outras administrações são necessárias. A próxima funcionará como um reforço e deverá ser aplicada cerca de 12 semanas depois da primeira. Contudo, esse tempo pode variar de caso para caso.

No caso de gatos adultos que não sabemos se foram vacinados ou não, deve ser administrada uma primeira dose e, em seguida, um reforço 2 semanas depois. Dependendo das amostras e do calendário de vacinação estabelecido pelo profissional, as doses de reforço podem ser programadas em intervalos determinados durante a vida do animal.

Finalmente, um fato importante a ter em mente é que é essencial que o gato tenha sido desparasitado internamente antes de administrar a vacina trivalente. Isso porque os parasitas internos podem interferir negativamente na eficácia da vacina.

Quais são os efeitos secundários da vacina trivalente para gatos?

Os efeitos secundários não são comuns após a administração da vacina trivalente para gatos. No entanto, em alguns casos, eles podem aparecer. Entre esses sinais, estão os seguintes:

  • Inchaço no local da aplicação. Pode levar alguns dias para diminuir.
  • Mal-estar geral.
  • Febre. Se for ocorrer, aparecerá durante as primeiras 24 horas após a vacina. Se o responsável suspeitar que o gato está com febre, deve lembrar que a temperatura normal desses animais costuma variar entre 38º C e 39,5º C. Além disso, será um quadro febril.
  • Em muito poucos casos, pode ocorrer choque anafilático. Essa é uma reação muito grave e deve ser tratada com urgência. Por isso, é normal ficar atento a possíveis reações alérgicas após a administração, para que o gato possa receber atenção profissional sem demora.

Outras vacinas importantes para gatos

Além da vacina trivalente para gatos, existem outras que devem ser administradas nesses animais de estimação. Entre elas, a vacina da raiva, por exemplo, é prioritária. Existem também algumas opcionais, como as vacinas destinadas ao tratamento de certas infecções virais em gatos: leucemia felina, clamidiose felina ou peritonite infecciosa.

A vacina contra a raiva

A raiva é uma doença mortal que afeta não apenas os gatos, mas também muitos outros animais. A pior parte é que pode contaminar pessoas e causar a morte. Na verdade, os dados falam por si: a OMS observa que cerca de 50 000 pessoas morrem dessa doença a cada ano no mundo.

A vacina contra leucemia felina

Essa vacina protege os gatos contra uma doença sem cura, que ataca as células sanguíneas e provoca depressão no sistema imunológico e tumores. O normal é aplicar a primeira dose na 9ª semana de vida e reforços anualmente ou a cada 3 anos, dependendo do felino.

Vacina contra a clamidiose felina

Essa doença afeta principalmente os olhos, apresentando-se na forma de conjuntivite. Costuma ser comum em gatos jovens que vivem com mais espécimes. A vacina deve ser administrada a partir do 2º mês de vida do animal.

Vacina para peritonite infecciosa felina (PIF)

É também uma doença com alto grau de mortalidade causada pelo coronavírus felino. Seu maior risco é a inflação do peritônio, embora em alguns casos só danifique a pleura. Normalmente, é administrada a partir do 4º mês de vida.

 

Um gato tomando vacina.

As vacinas são essenciais, tanto no mundo dos animais de companhia quanto na sociedade humana. Se você imunizar o gato quando filhote, não terá que se preocupar com muitas infecções graves no futuro. Proteja-o e proteja-se com os devidos cuidados veterinários.


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