A simbiose em animais
Para conviver no planeta Terra, é fundamental estreitar as relações e os laços que nos unem. No entanto, diferentemente do que pensamos, isso não é algo único dos seres humanos. A simbiose nos animais é a convivência pacífica entre os espécimes de diferentes espécies. Graças à ela, uma parte ou ambas se beneficiam. Isso é muito interessante, não é mesmo?
Tipos de simbiose nos animais
As relações simbióticas podem ser benéficas para todos os envolvidos, ou boa para alguns e neutra ou prejudicial para outros, como o que acontece entre os mosquitos e as pessoas.
De qualquer forma, neste artigo vamos falar de um processo evolutivo, no qual as espécies aprenderam a ser relacionar e se ajudar entre si.
A simbiose nos animais pode ser desenvolver em diferentes situações, e cada uma dessas relações tem características próprias.
Dessa forma, podemos falar de simbiose de acordo com o lugar físico que eles compartilham, a duração da troca, a receptividade e a transmissão entre as partes envolvidas, etc.
Os três principais tipos de simbiose são:
1. Parasitismo
O relacionamento nesse caso é benéfica para uma das partes apenas, uma vez que a outra considera essa convivência incômoda ou, até mesmo, nociva para a sua saúde.
No campo do parasitismo, podemos citar os piolhos em relação às pessoas, as pulgas ou os carrapatos com os cães e gatos.
Nenhum parasita pode viver sem seu “hospedeiro”, uma vez que ele se alimenta de seu sangue e precisa de abrigo na pele e no pelo.
2. Comensalismo
Essa interação acontece entre um indivíduo que obtém um benefício, e outro que não sai prejudicado por tal ação ou que, às vezes, pode se beneficiar.
O comensalismo é muito comum em ambientes marinhos, quando, por exemplo, um peixe rêmora se adere à barriga de um tubarão para ser transportado por ele.
3. Mutualismo
Nessa relação, ambas as partes se beneficiam de uma ou outra maneira. Embora seja difícil de acreditar, esse tipo de simbiose é muito comum na natureza.
Não ocorre somente entre animais, mas também entre animais e plantas.
No primeiro caso, nós podemos mencionar as anêmonas-do-mar e os peixes-palhaço. O peixe vive na anêmona (que parece uma planta, mas é um animal) para se proteger de todo tipo de predadores marinhos.
Sem sombra de dúvida, o melhor exemplo de mutualismo entre um animal e uma planta é o que há entre as abelhas e as flores.
O inseto extrai o pólen da flor e o carrega colado às suas patas, mas durante a viagem algumas partículas caem. Isso permite a polinização de outras flores distantes. Ela também transporta o pólen ao pousar de flor em flor.
Mais exemplos de simbiose entre os animais
Além dos exemplos mencionados anteriormente, para retratar melhor os três tipos de simbiose entre os animais, você deve saber que existem dezenas de relacionamentos estreitos entre seres vivos. Podemos citar alguns deles:
1. Caranguejo e anêmona
Ambos os animais formam uma associação eficaz e interessante: os tentáculos urticantes da anêmona protegem o caranguejo dos predadores.
Ao mesmo tempo que a mobilidade desse crustáceo permite à “planta” se deslocar de um lugar para o outro.
2. Lagostins com peixes
Os crustáceos se alimentam dos parasitas que se encontram nas escamas dos peixes.
Em troca dessa tarefa de “limpeza”, eles contam com um escudo eficaz e evitam a possibilidade de serem devorados por predadores.
3. Hienas e abutres
Os animais carniceiros, como o hiena e o abutre, são os animais que se alimentam dos restos dos seres vivos que foram devorados por grandes predadores, como o leão ou o tigre.
A simbiose nesse caso se dá pela “permissão” que ambos têm de comer as sobras sem incomodar um ao outro.
4. Moscas e mamíferos
Alguns insetos procuram a pele dos mamíferos para depositar os seus ovos, e para assim oferecer-lhes o ambiente propício para o seu desenvolvimento.
Quando os ovos da mosca tsé-tsé eclodem, tornam-se parasitas que se alimentam dos tecidos do seu hóspede.
5. As formigas e os pulgões
Nesse caso, nós temos que falar de mutualismo puro, já que ambas as espécies se beneficiam.
O pulgão secreta uma espécie de líquido espesso rico em carboidratos para se aderir melhor às plantas. Por outro lado, as formigas se alimentam desse “néctar” quando estão fora do formigueiro.
Com sua presença, defendem os seus amigos do ataque dos predadores, como por exemplo, as aves.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- De Santis, L. (1950). Comensalismo, predatorismo y parasitismo relacionado con el bicho de cesto (Oiketicus kirbyi Guild.). Notas del Museo de La Plata. Sección Zoología, 15(132).
- Siverio, F., & Felipe, P. (2009). Comensalismo entre lagarto gigante de El Hierro (Gallotia simonyi) y gaviota patiamarilla (Larus michahellis) en el roque Chico de Salmor. Parasitology, 84, 454-456.
- Monge-Nájera, J., & Gomez Figueroa, P. (2003). El parasitismo y el comensalismo en los ecosistemas tropicales. Universidad Estatal a Distancia. Programa de Educacion Ambiental, San Jose (Costa Rica)..
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.