Adotar um gato: 9 coisas que você deve saber
Considerado um animal sagrado no antigo Egito, a relação entre gatos e humanos data de mais de 7.000 anos a.C. A principal teoria que explica sua domesticação afirma que os primeiros gatos africanos se aproximaram das plantações de milho com o objetivo de caçar roedores. Percebendo isso, os fazendeiros da época decidiram adotar esses gatos e transformá-los em animais de estimação, já que se beneficiavam dessa situação.
Sem dúvida, este magnífico animal, caracterizado por sua grande beleza e inteligência, é um companheiro perfeito para qualquer tipo de lar. No entanto, é importante levar em conta algumas recomendações antes de tomar a decisão de adotar um ou vários felinos.
Coisas que você precisa saber antes de adotar um gato
De acordo com uma pesquisa publicada na revista Animals, muitos gatos adotados em casas de abrigo são devolvidos em até 60 dias por motivos pessoais do tutor. Por isso, para evitar esse tipo de situação, apresentaremos 9 coisas que você deve levar em conta ao receber um pequeno felino em sua casa.
1. Idade do gato
É importante considerar se queremos um filhote ou um gato adulto, pois o processo de adaptação para ambos será diferente. Por um lado, os gatos adultos são animais que já conhecem a vida e têm seus costumes. Portanto, será mais fácil para eles se adaptarem às instalações de sua casa e ao local onde se aliviam.
No entanto, alguns vão querer sair, seguindo seus instintos animais, em busca de presas ou fêmeas para acasalar. Da mesma forma, será um pouco mais difícil para eles se adaptarem à comida que você lhes oferece, pois certamente estarão acostumados a outros tipos de alimentos.
Por outro lado, os filhotes precisarão de um pouco mais de tempo para aprender as rotinas básicas e se familiarizar com seu estilo de vida. No entanto, isso pode ser uma vantagem, pois eles vão assimilar seu ritmo e costumes desde cedo. Da mesma forma, será mais fácil acostumá-los a alimentos concentrados, pois será a única fonte de alimento que eles conhecem.
2. O sexo do felino
Embora não haja muita diferença em termos de caráter, esse aspecto deve ser levado em consideração se os gatos estiverem castrados ou não. Se for decidido adotar um gato fêmea, teremos que saber que ela entrará no cio e procurará outro animal para acasalar saindo para a rua.
Da mesma forma, durante este período é normal ter corrimento vaginal sanguinolento. O mesmo acontecerá com machos, então o ideal seria adotar animais castrados ou submetê-los à cirurgia quando forem nossos.
3. Consulta veterinária
Independentemente de ser um gato jovem ou adulto, ao adotá-lo sempre será necessário levá-lo ao veterinário. Graças a isso, teremos a tranquilidade de que nosso futuro animal de estimação estará livre de doenças e parasitas.
Da mesma forma, caso alguma patologia seja encontrada, ela pode ser detectada e tratada a tempo. Por fim, juntamente com o profissional, iniciaremos ou continuaremos com o plano de vacinação necessário para preservar o estado de saúde ideal do nosso pequeno felino e nosso.
4. Higiene e mudanças no pelo
Embora haja uma crença popular de que os gatos se limpam, será necessário levá-los regularmente a um tosador para o respectivo banho e corte de unhas. Por outro lado, esses pequenos felinos tendem a perder muito pelo, então será normal encontrar tudo, desde suas roupas até o sofá de sua casa, cheios de pelos.
No entanto, você pode separar uma área da sua casa para escovar seu pet e, assim, evitar que seus pelos se espalhem por toda a propriedade. Se você é uma pessoa com problemas de alergia, deve primeiro perguntar ao seu médico se é aconselhável adotar um gato como animal de estimação.
5. Um animal de caça
Em algumas ocasiões, se seu animal de estimação tiver acesso à rua, será normal que ele traga alguma presa para casa. Desde pequenos pássaros a camundongos, seu companheiro felino lhe dará um desses animais como presente ou agradecimento.
Se isso acontecer, não é para se alarmar, porque esse comportamento faz parte de sua natureza. Para evitar isso, é melhor proibir seu acesso ao ar livre, instalando telas nas portas e janelas. Desta forma, cuidamos do nosso animal de estimação e da vida selvagem que pode ser afetada.
6. Doenças e bem-estar
Como mencionado acima, ao adotar um pequeno felino, é necessário que ele seja examinado por um profissional capacitado. No entanto, para garantir que nosso animal de estimação mantenha seu estado de saúde, os check-ups com o veterinário devem ser regulares. Essa medida deve ser seguida com o objetivo de manter o controle de seu estado corporal interno e externo.
Os gatos costumam viver entre 12 e 15 anos, sem apresentar muitas doenças graves. No entanto, deve ser dada especial atenção à função dos seus rins à medida que envelhece.
7. Recursos econômicos
Adotar um gato trará despesas econômicas extras para sua casa. Você deve pensar em adquirir o equipamento básico que inclui a cama, o comedouro, o bebedouro, as escovas, os brinquedos, a caixa de areia, a areia para gatos e a comida. Da mesma forma, serão acrescidos os gastos com consultas veterinárias, desparasitação e vacinações.
É importante ter isso em mente, porque um animal de estimação se torna uma responsabilidade pela qual devemos responder. No entanto, sua companhia e lealdade valerão cada centavo que gastarmos com eles.
8. Espaço na casa
Apesar de não serem animais de grande porte, o ideal é que possamos proporcionar ao nosso gato diversos espaços da casa para recreação. Deve ser separado um local sossegado onde o animal possa fazer as suas necessidades, bem como um espaço que inclua brinquedos ou áreas para coçar e lixar as unhas. Caso contrário, pode se tornar um problema, pois o animal procurará outros objetos como sofás ou camas para fazer isso.
De acordo com um artigo publicado no New Zealand Veterinary Journal, o problema mais comum relatado pelos tutores de gatos adotados é arranhar objetos domésticos.
9. Precauções em casa antes de adotar um gato
Por fim, se quisermos evitar que nosso animal de estimação se torne um gato de rua, devemos adaptar as saídas da casa para garantir que ele não saia. Podemos conseguir isso instalando telas nas portas e janelas de nossa casa.
Embora haja a crença de que é melhor que um gato saia, a verdade é que, se o mantivermos dentro de casa, evitaremos muitos problemas. Por exemplo, se nosso felino não for castrado, impediremos que ele saia para se reproduzir, dando origem a mais animais de rua. Da mesma forma, será possível evitar que ele se machuque em brigas com outros gatos e até reduzir o risco de transmissão de doenças infecciosas.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Ardila Galvis JO, Santos Baquero O, Dias RA, Ferreira F, Nestori Chiozzotto E, Grisi-Filho JH. Monitoring techniques in the capture and adoption of dogs and cats. Geospatial health. 2015;10(2):339.
- Gates MC, Mancera K, Dale A, Zito S. Preliminary analysis of post-adoption outcomes for kittens and adult cats rehomed through a New Zealand animal shelter. New Zealand veterinary journal. 2020;68(1):38-45.
- Hawes SM, Kerrigan JM. Factors Informing the Return of Adopted Dogs and Cats to an Animal Shelter. 2020;10(9).
- Jacobson LS, Ellis JJ, Janke KJ, Giacinti JA, Robertson JV. Behavior and adoptability of hoarded cats admitted to an animal shelter. Journal of feline medicine and surgery. 2022;24(8):e232-e43.
- Wagner D, Hurley K, Stavisky J. Shelter housing for cats: Principles of design for health, welfare and rehoming. Journal of feline medicine and surgery. 2018;20(7):635-42.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.