Águia real: características, comportamento e habitat

Águia real: características, comportamento e habitat

Última atualização: 22 setembro, 2018

Essa ave de rapina é uma das mais conhecidas e distribuídas pelo planeta, já que habita em quase todos os continentes. A águia real é famosa por ser também um símbolo, já que é usada em bandeiras de países como o México. Neste texto, vamos trazer informações sobre as características, comportamento e habitat de um animal realmente surpreendente.

Características da águia real

Assim como acontece com as demais aves de rapina, as fêmeas da águia real são maiores que os machos, e podem chegar a medir até 2,3 metros de envergadura com as asas abertas e pesar cerca de sete quilos.

Em ambos os sexos, é plumagem tem cor castanho escuro, com marcas douradas na cabeça e no pescoço e brancas nos ombros e no rabo. As patas também apresentam plumas, diferente de outras águias, e por isso é incluída no grupo das “calçadas”.

Simbolismo da águia real

Desde a antiguidade, essa ave tem sido relacionada com o valor e a força, devido a sua velocidade no voo e à inacessibilidade de seus ninhos. Nas mitologias grega e romana a águia real converteu-se no símbolo de Zeus e Júpiter, justamente os deuses mais importantes.

Também foi usada como emblema no império romano, e símbolo religioso e militar. Quando uma legião se colocava em marcha, um soldado chamado “aquilífero” marchava com um estandarte que toninha o desenho da ave.

Posteriormente, foi utilizada em Bizâncio, onde foi retratada como bicéfala: uma cabeça representava o império caído e a outra o novo. Carlos Magno empregou esse símbolo, assim como também fizeram os Habsurgo na Idade Média e muitas família nobres em seus escudos.

A história da águia real como símbolo seguiu com Napoleão em seu Primeiro Império francês. Esteve presente na independência dos Estados Unidos, foi escolhida para as bandeiras do México e Albânia, foi escolhida para representar o apóstolo São João e está até no escudo da Alemanha, em contraposição à águia imperial do nazismo.

Habitat da águia real

A área de distribuição desta ave está na América do Norte, Europa, Ásia e norte da África, e tem populações sedentárias na Grã Bretanha, Escócia, Noruega, Itália, Japão e nos Alpes. Na Ásia Central e no Oriente Médio, a águia real é utilizada para caça de falcões e antílopes.

Hoje em dia, podemos encontrar seus subespécies, de acordo com a localização:

  • Homeyeri (Península Ibérica e Norte da África)
  • Chrysaetos (Europa e Rússia)
  • Daphanea (Ásia central)
  • Japonica (Coreia e Japão)
  • Kamtschtica (Sibéria)
  • Canadensis (América do Norte)

Comportamento da águia real

Um dos aspectos mais destacados desta ave é que ela pode se adaptar a qualquer classe de ecossistema, já que, se preciso, se alimentará de carniça.

Desta maneira, a águia real pode manter uma população estável, ao contrário da águia imperial (seu parente mais próximo), que depende da caça do coelho para sobreviver. A águia real não é uma espécie ameaçada, mesmo tendo sido declarada em extinção na Irlanda.

Sobre sua alimentação, caça vindo do ar, aproveitando-se de suas patas fortes com garras , de seu bico em forma de gancho e sua excelente vista, que lhe permite localizar suas presos a muitos metros de distância. Pega animais de diferentes tamanhos e formas, entre eles coelhos, raposas, ratos, lebres, serpentes, aves terrestres, etc.

A reprodução da águia real também é algo que vale a pena destacar. Formam um mesmo casal para a vida toda e constroem seus ninhos a cada ano, com ramas grossas embaixo e finas em cima. Nas zonas áridas, podem fazer ninhos entre as rochas e precipícios.

A cada ano, fazem novos andares no ninho, que pode chegar a medir um metro e meio. A época do acasalamento acontece entre janeiro e março. Depois, a fêmea põe até dois ovos, que são incubados durante 45 dias. Os filhotes são cobertos por uma plumagem branca, e fazem seu primeiro voo com quase dois meses de vida.

Caso os ovos eclodam, os pais dão prioridade de atenção ao filhote mais forte e saudável. O outro morrerá por falta de comida ou até por ser expulso do ninho. Desta forma cruel, asseguram que apenas os mais aptos sobrevivem.


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