Alergias em cães: o quanto elas são comuns?

Embora as alergias alimentares sejam complexas de diagnosticar, elas são as mais fáceis de controlar.
Alergias em cães: o quanto elas são comuns?
Paloma de los Milagros

Escrito e verificado por a bióloga Paloma de los Milagros.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

As alergias em cães são uma realidade bastante frequente por causa da multiplicidade de substâncias capazes de causá-las. Conhecer as mais comuns e os seus potenciais sintomas é muito útil para saber como lidar com elas.

Em geral, o termo alergia se refere à hiperatividade ou hipersensibilidade do sistema imunológico diante do contato com certas substâncias.

Essas substâncias, chamadas de alérgenos, podem ser de origem vegetal, animal ou até mesmo inorgânica. Uma vez ingeridas, inaladas ou absorvidas pela pele, causarão os sinais característicos do processo inflamatório.

O principal responsável por essa inflamação é uma substância química chamada histamina. Ela é liberada quando o alérgeno se combina com os anticorpos emitidos pelo sistema imunológico, causando os sintomas característicos, vermelhidão, inchaço e coceira.

As alergias em cães costumam aparecer após os seis meses de vida e, além de serem comuns, algumas também podem ser hereditárias.

Alergias caninas mais comuns

Assim como em seres humanos, existe uma infinidade de alergias caninas com os seus respectivos sintomas. No entanto, é conveniente levar em consideração as possíveis respostas próprias de cada organismo.

Alergias em cães
  • Alergia alimentar. Embora possa ser causada por qualquer ingrediente, aqueles de natureza proteica, tais como carne, leite, soja, ovos ou glúten, são os mais comuns. Além dos sintomas próprios da inflamação, também pode haver distúrbios digestivos e respiratórios. Para diagnosticá-la, geralmente são utilizadas dietas de eliminação, excluindo certos produtos durante dois ou três meses.
  • Alergia a picadas. Ocorre quando a resposta inflamatória é exagerada e vai além da típica pápula. Algumas das mais comuns são as causadas ​​por aranhas, abelhas, vespas, mosquitos, pulgas e carrapatos. Os sintomas característicos são o inchaço local e, como o animal coça ou lambe o local excessivamente para aliviar a coceira, pode haver alopecia ou infecções secundárias.

Diagnóstico e tratamento das alergias em cães

O diagnóstico das alergias em cães pode ser bastante complexo, tendo em vista a diversidade de alérgenos e a sobreposição de alergias em alguns casos. Por esse motivo, é essencial que os tutores estejam atentos a quaisquer sintomas de inflamação ou outros transtornos que tenham surgido de forma ‘espontânea’. O veterinário usa todos esses sinais, juntamente com a idade, a raça e o histórico médico, para avaliar uma possível alergia.

A dificuldade diagnóstica é ainda maior principalmente no caso das alergias alimentares, pois os exames de sangue e de pele geralmente são inconclusivos.

Alergias em cães

Em contrapartida, esses tipos de alergias são os mais fáceis de tratar porque, geralmente, a exclusão do ingrediente em questão leva ao desaparecimento dos sintomas.

No caso das atopias, o tratamento é mais complicado por causa da presença do alérgeno no ambiente. Seu tratamento depende da duração e da exposição do animal. A terapia anti-inflamatória à base de corticosteroides ou anti-histamínicos é a alternativa mais rápida e eficaz. Adicionalmente, também é possível optar por vacinas preventivas e, como medida complementar, fazer uso de xampus hipoalergênicos.

Além disso, para melhorar os sintomas de uma inflamação excessiva diante de uma picada, os anti-inflamatórios orais ou tópicos são os mais comuns. Por fim, é importante que o cachorro seja impedido de tocar a área afetada.

Embora as alergias em cães sejam bastante comuns, uma vez que o diagnóstico é feito, elas são relativamente fáceis de controlar. Para isso, a perseverança dos tutores no cuidado meticuloso do animal será fundamental.


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