Amigdalite em cães: sintomas e tratamento

O diagnóstico correto da amigdalite em cães é importante para detectar outras patologias subjacentes mais graves. Saiba mais sobre esse assunto neste artigo.
Amigdalite em cães: sintomas e tratamento

Última atualização: 20 novembro, 2021

A amigdalite em cães é uma condição muito comum no início dos meses frios (outono-inverno). Essa doença, também conhecida como angina, coincide em nível etiológico com o quadro que o ser humano pode sofrer nessa época. Embora não seja uma patologia fatal, causa grande desconforto no animal e pode provocar infecções secundárias, por isso é importante tratá-la.

Os sintomas também são bastante genéricos e se manifestam da mesma forma que os de muitas outras doenças do aparelho respiratório. Neste artigo, ajudaremos você a reconhecê-los rapidamente para que possa levar seu cão à clínica o mais rápido possível. Não perca.

O que é a amigdalite em cães?

As amígdalas palatinas são 2 estruturas arredondadas que ficam alojadas em ambos os lados da orofaringe dos animais que as carregam. São constituídas por tecido linfático e atuam na defesa do organismo, pois contêm células do sistema imunológico que impedem a entrada de patógenos pela boca.

O termo amigdalite responde à inflamação das amígdalas, que aumentam de tamanho e ficam vermelhas após certos estímulos, podendo dificultar a deglutição ou respiração do animal. Essa doença tem 3 apresentações:

  1. Primária: a amigdalite ocorre por conta própria, ou seja, sem um distúrbio anterior que a cause.
  2. Secundária: a inflamação das amígdalas é o resultado de uma doença anterior, como faringite ou infecção na boca do cão.
  3. Crônica: alguns cães têm amigdalite de forma contínua ou recorrente. Isso ocorre principalmente em raças braquiocefálicas, como o pug ou o buldogue francês. Esse quadro dificulta ainda mais a respiração dessas raças, que já apresentam palatos atípicos e focinho achatado.
Um cachorro doente.

Causas da doença

Existem várias causas que podem desencadear uma inflamação das amígdalas no cão. Normalmente os responsáveis são as próprias mudanças de estação ou infecções bacterianas ou virais, mas também é possível encontrar uma amigdalite em cães causada por outros motivos. Listamos as seguintes:

  • Corpos estranhos alojados na amígdala: a incrustação de fibras vegetais, como espinhos, é uma causa comum de amigdalite quando ficam presos na garganta. O cão entra em contato com esses elementos ao comê-los ou aspirar o ar violentamente pela boca.
  • Irritação na boca ou garganta: outras doenças ou contato com produtos químicos irritantes (fumaça de tabaco, produtos químicos e toxinas) também podem inflamar as amígdalas.

Sintomas de amigdalite em cães

No início da doença, o cão pode não apresentar sintomas ou estes podem ser ocasionais. No entanto, se a inflamação não diminuir por conta própria, você verá os seguintes sinais:

  • Arquejos.
  • Tosse.
  • Falta de apetite: o cão não quer comer devido à dor da inflamação, por isso perderá peso.
  • Vômito: geralmente causado por tosse e é composto de catarro, muco, bile e material não digerido.
  • Deglutição excessiva: o cão engole com frequência, mesmo que não esteja comendo.
  • Respiração ruidosa
  • Apatia.
  • Hipersalivação: salivação excessiva sem um estímulo que o justifique.

Como você pode ver, esses são sintomas bastante inespecíficos, que respondem a muitos outros distúrbios do sistema respiratório. Além disso, as amígdalas do cão ficam escondidas nas lacunas da orofaringe, dificultando a visualização e o registro do inchaço. Por isso é melhor levar o animal ao veterinário, porque apenas o profissional tem os meios e os conhecimentos necessários para fazer um diagnóstico correto.

Diagnóstico de amigdalite em cães

O diagnóstico da amigdalite em cães é feito através da observação direta da boca. O veterinário poderá observar com os instrumentos apropriados o nível de inflamação das amígdalas, se o cão apresenta algum corpo estranho na boca ou se placas de pus se desenvolveram nos tecidos envolvidos.

Os nódulos submandibulares e a garganta do animal serão palpados para verificar se o inchaço se espalhou.

Para descartar possíveis tumores nas amígdalas, o profissional pode realizar uma biópsia para analisar o tecido. Também é um bom momento para detectar outras doenças que o cão pode estar sofrendo ao mesmo tempo — ou que estão causando a amigdalite.

Tratamento da amigdalite em cães

O tratamento dependerá da gravidade da amigdalite. Para inflamações leves, anti-inflamatórios e repouso são suficientes. Se houver sinais de infecção bacteriana, o uso controlado de antibióticos também será necessário. Siga estritamente as orientações veterinárias, pois interromper o tratamento precocemente pode fazer com que a infecção volte com mais força.

Se a amigdalite for secundária a outro distúrbio, o tratamento para a doença subjacente deve ser implementado.

Por outro lado, cães que sofrem cronicamente com essa enfermidade, certamente terão que se submeter a uma cirurgia para a retirada das amígdalas. Essa não é a opção mais recomendada devido à sua função imunológica, mas no caso de cães braquicefálicos, pode não haver escolha a não ser operar para aumentar o espaço orofaríngeo.

Prevenção da amigdalite

Se você está pensando em como pode prevenir essa doença, infelizmente nem sempre é possível. Os vírus e as bactérias sazonais geralmente têm algum efeito na população canina conforme a mudança do clima. Felizmente, essa não é uma condição grave em si. Você não terá escolha a não ser aplicar o tratamento e esperar que o quadro passe, mas não se preocupe.

A amigdalite viral geralmente é mais branda que a bacteriana. Não deve ser tratada com antibióticos, uma vez que esses medicamentos servem apenas para matar bactérias (não vírus).

Existem muitos sinais de que um cão tem câncer.

Manter a saúde geral do animal em um nível ideal é sempre um fator de proteção contra o contágio, além de auxiliar na recuperação. Portanto, certifique-se de aquecer seu cão se ele estiver com muito frio e oferecer uma alimentação balanceada, principalmente nos meses mais frios do ano. Esses 2 conselhos devem bastar para que a amigdalite não se transforme em algo perigoso.


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