Axolote de aquário, é aconselhável tê-lo em casa?
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
O axolote é um animal único e fascinante. Para aqueles que procuram algo diferente para o seu aquário, esta espécie peculiar pode ser uma opção. No entanto, muitas pessoas se perguntam se é aconselhável tê-lo em casa.
É aconselhável ficar bem informado sobre seus cuidados e é preciso fornecer a eles uma ‘casa’ adequada. É importante aprender a cuidar desses animais, com sua forma peculiar e características impressionantes.
Habitat e características distintivas
O axolote (Ambystoma mexicamun) é nativo dos lagos Xochimilco e Chalco no México. Ele tem a rara capacidade de regenerar suas guelras, cauda e até mesmo membros. Além disso, ele pode viver até 30 anos em cativeiro.
Este anfíbio é muito semelhante à salamandra e é popularmente conhecido como um peixe com pernas. Na verdade, ele tem a aparência de um girino com pernas e cauda, com uma cabeça robusta, larga e plana.
O axolote pode atingir um comprimento de 30 centímetros, tem quatro patas com dedos muito finos e sem unhas. Eles têm três pares de guelras na base da cabeça, através das quais respiram. Na natureza, esse anfíbio pode ser encontrado nas cores café ou pardo.
Em cativeiro, os axolotes são geralmente cinza, verde, laranja e branco com olhos negros. Sua pele é lisa e eles permanecem larvais, conservam suas guelras e nunca desenvolvem pálpebras. Devido a isso, ele é chamado de salamandra neotênica.
Condicionando o aquário para o axolote
Se você decidiu ter um axolote como animal de estimação doméstico, você deve manter estas diretrizes em mente:
- Um tanque longo, medindo entre 70 e 100 centímetros, será necessário.
- Uma profundidade de cerca de 15 centímetros.
- Para respirar, ele não precisa de um aerador, mas sim de um filtro de carbono para eliminar os resíduos de nitrogênio.
- A água deve permanecer muito limpa e a uma temperatura de aproximadamente 20 °C, sendo aconselhável trocá-la a cada 10 ou 15 dias.
- Se você colocar algumas plantas aquáticas adequadas para pouca luz, elas fornecerão sombra e ele poderá caminhar entre elas.
- Também é aconselhável colocar plantas ou ornamentos no centro do aquário para que ele possa nadar ao redor deles.
- A iluminação deve ser fraca e fria, e é necessário manter a temperatura adequada da água.
Dicas para manter os axolotes no aquário
Embora o cuidado cativo do axolote seja relativamente fácil, é importante considerar certos aspectos para garantir sua saúde a longo prazo.
Um desses aspectos é a temperatura, ou seja, os axolotes são animais de água fria; abaixo de 21 °C é o ideal. Portanto, eles podem ficar estressados com altas temperaturas. Na prática, quanto mais quente a água, menos oxigênio ela contém.
Outro aspecto importante é o substrato. Aquários com substrato de areia são ideais para os axolotes. Não se esqueça de que, além de nadar, eles também gostam de se segurar e andar.
Quando se trata de compatibilidade com outros peixes, é preferível manter esses anfíbios sozinhos no tanque. Suas guelras externas e sua natureza lenta os tornam presas fáceis para outros peixes.
Os axolotes têm hábitos noturnos e podem atacar outros peixes adormecidos. Nesse sentido, é quase impossível encontrar um companheiro de aquário para um axolote. É preferível misturar apenas indivíduos de tamanho similar e em um espaço adequado. Embora sejam animais muito resistentes, é necessário evitar golpes de calor e expô-los à luz solar direta.
Outras informações curiosas sobre o axolote
Essa espécie nativa do México difere das salamandras e tritões porque vive na água. Os axolotes podem sair e andar pela terra, mas preferem permanecer no fundo dos lagos. Estas são suas características:
- É um animal solitário.
- Eles se reproduzem anualmente, colocando entre 500 e 1.200 ovos.
- Ele é carnívoro; você precisa alimentá-lo com proteína de origem animal e, como ele não tem dentes, sua dieta deve conter minhocas de terra e água, pequenos peixes e larvas de mosquito. É possível oferecer pedaços de frango, carne ou peixe.
- Você precisa alimentá-lo duas ou quatro vezes por semana.
- Eles se reproduzem em cativeiro com facilidade.
Desde 2006, o axolote foi declarado uma espécie em perigo de extinção. A poluição das águas do lago Xochimilco e sua pesca indiscriminada por ser considerado um manjar requintado fazem do axolote uma espécie ameaçada.
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