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Os cães podem comer melão?

5 minutos
Alimentar cães com melão (ou não) é um dilema que muitos responsáveis enfrentam. Neste artigo, vamos esclarecer se essa fruta é benéfica para eles e como manejá-la.
Os cães podem comer melão?
Samuel Sanchez

Revisado e aprovado por o biólogo Samuel Sanchez

Última atualização: 22 dezembro, 2022

É comum que os tutores se perguntem se seus cães podem comer melão, reconhecendo as propriedades refrescantes e o sabor delicioso dessa fruta. A verdade é que os cães são capazes de consumir diferentes frutas e vegetais em doses moderadas. Afinal, não podemos esquecer que estamos falando de animais carnívoros facultativos, cuja dieta deve ter um aporte maior de proteína animal.

Especificamente, neste artigo vamos responder à pergunta de se os cães podem (ou não) comer melão. Além disso, caso possam, vamos falar qual é a dose adequada e a forma como você deve oferecer essa fruta. Continue lendo!

Os cães podem comer melão?

Nos últimos anos, os responsáveis têm se conscientizado da importância de oferecer uma alimentação balanceada aos seus cães. Muitos até optaram por alternativas mais holísticas e inovadoras (como a dieta BARF).

Segundo artigos, esse tipo de dieta visa oferecer aos cães nutrientes como aqueles que encontrariam na natureza. Portanto, a proposta é fornecer uma variedade de alimentos frescos e naturais, levando em consideração que foi demonstrado que os cães comem (além de carne) bagas, frutas, vegetais e plantas.

Agora, a resposta à pergunta de se os cães podem comer melão é um sonoro sim. É uma fruta composta por um alto percentual de água que pode ajudar a hidratar seu animalzinho. E tem mais: continue lendo e descubra por que você deve incluir essa fruta na dieta do seu cão.

Composição nutricional do melão

Segundo a Fundação Espanhola de Nutrição, o melão  (Cucumis melo) é fruto de uma planta herbácea que pertence à família das cucurbitáceas. É composta por 92% de água e apenas 6% é açúcar, o que a torna uma fruta com um teor de energia bastante baixo.

Para cada 100 gramas de melão consumido, os seguintes nutrientes são obtidos:

  • Energia: 28 quilocalorias.
  • Proteínas: 0,6 gramas.
  • Carboidratos: 6 gramas.
  • Fibra: 1 grama.
  • Cálcio: 14 miligramas.
  • Ferro: 0,4 miligramas.
  • Magnésio: 17 miligramas.
  • Sódio: 14 miligramas.
  • Potássio: 320 miligramas.
  • Fósforo: 18 miligramas.
  • Vitamina C: 25 gramas.
  • Vitamina A: 3 microgramas.
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Benefícios do melão para os cães

Ao comer melão, os cães obtêm os benefícios de seus componentes. De acordo com a tabela nutricional, essa fruta é rica em vitamina C, um micronutriente essencial para o bom funcionamento do organismo. Como o cão não pode produzi-lo sozinho, ele deve ser incluído em sua dieta.

A vitamina C está envolvida em processos importantes como a formação de músculos, vasos sanguíneos, ossos e dentes. Além disso, é essencial para que ocorra a absorção adequada do ferro e uma boa cicatrização. Conforme explicam artigos científicos, essa vitamina possui propriedades antioxidantes que combatem os efeitos dos radicais livres, reduzindo o dano oxidativo.

A seguir estão outros benefícios notáveis de oferecer melão para os cães:

  • Hidratação: por ter alto teor de água, alimentar os cães com melão os mantém hidratados e os ajuda a evitar infecções urinárias, pois também possui propriedades diuréticas e purificantes.
  • Digestão: o melão também possui uma boa concentração de fibras, por isso seu consumo melhora o trânsito intestinal, evitando desconfortos estomacais (como a prisão de ventre).
  • Sistema imunológico: a vitamina C contida nessa fruta fortalece o sistema imunológico dos canídeos.
  • Saúde da pele: suas propriedades antioxidantes ajudam a pele do cão a se manter saudável e forte. Isso evitará problemas crônicos de pele (como dermatite alérgica).

Como oferecer melão a um cachorro?

Embora os cães possam comer melão, o responsável deve garantir que as sementes e a casca sejam removidas. Embora esses componentes não tenham contraindicações, são as partes mais difíceis e podem causar asfixia ou problemas digestivos se o canino for muito pequeno.

A primeira vez que você oferecer melão para seu cão, comece com uma pequena porção. Se você notar que ele gosta muito, não se empolgue nem exagere e monitore qualquer possível reação no corpo dele. Interrompa o fornecimento se identificar que há diarreia ou desconforto no animal algum tempo após consumir a fruta.

Ofereça as fatias cortadas em cubos para que o cão possa mastigá-las facilmente. Você tem a opção de dar a ele a fruta sozinha ou misturada com os outros alimentos oferecidos em suas refeições. Outra possibilidade é estimular o animal de estimação com um brinquedo interativo a retirar a fruta por conta própria.

Quantidades de melão para os cães

Embora alimentar seus cães com melão seja uma ótima ideia, você deve ter cuidado com o quanto oferece a eles. Como a maioria das frutas, o melão possui uma boa concentração de frutose, um tipo de açúcar que pode ser prejudicial se consumido em excesso. Entre os problemas de saúde que decorrem da alta ingestão de açúcar estão o sobrepeso, a obesidade e o diabetes.

Agora, com relação à quantidade exata de melão que os cães podem comer, descobrimos que não há uma medida absoluta. Ela deve ser calculada de acordo com o peso e a saúde de cada cão. No entanto, não é recomendado fornecer mais do que 4 porções ao dia ao cão (ou oferecer a comida diariamente).

É melhor administrar essa fruta nos dias mais quentes para complementar a ingestão de água. Também é uma boa ideia oferecer como uma recompensa, especialmente ao seguir um plano de treinamento específico.

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Os cães podem comer qualquer tipo de melão, tradicional, honeydew ou chinês. Todos eles compartilham nutrientes e propriedades saudáveis para os cães. Se seu cão gosta de comer essa fruta, inclua-a em sua dieta. Se, por outro lado, o cão não demonstrar interesse, é melhor não forçar e experimentar com outro alimento de origem vegetal.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Castro, C., Márquez, A. Uso de antioxidantes en animales domésticos. Gaceta de Ciencias Veterinarias. Vol. 12. Núm. 1. Pág. 5-12. 2006.
  • Melón. Fundación Española de la Nutrición.
  • Loaiza, M., Loaiza, L., López, A. Diseño de dietas barf para perros en tres etapas fisiológicas. Universidad Tecnológica de Pereira. 2018.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.