Como calcular a idade dos cães em anos humanos?
Se já lhe disseram aquela história de multiplicar por 7 para calcular a idade dos cães em anos humanos, esqueça. Um grupo de cientistas criou uma fórmula muito mais precisa para estabelecer essa correspondência. Eles inventaram até uma calculadora.
Aqui vamos contar como essa fórmula foi criada e quais vantagens ela tem sobre a velha correspondência de 1 para 7 anos entre humanos e cães. Não perca nada, pois a utilidade desse cálculo vai além da curiosidade de saber quantos anos seu cachorro teria se fosse da sua espécie.
Como descobrir a idade de um cachorro?
São muitos os casos de tutores que, após acolher um cão abandonado, não sabem a data exata do seu nascimento. Por essa razão, antes de fazer a correspondência, é necessário determinar uma idade aproximada para o seu cão.
O principal fator a ter em conta é a maturidade sexual, que ocorre ao longo do 6º mês, mais ou menos. A partir de então, surgem outros sinais que dão mais pistas:
- Dentes: os dentes provisórios nascem entre 15 e 21 dias de vida e a dentição permanente surge em aproximadamente 6 meses. O desgaste dos dentes definitivos começa a ser observado após 3 anos.
- Pelos grisalhos: os cães começam a ter pelos grisalhos nas sobrancelhas, no queixo e nas maçãs do rosto a partir dos 6 ou 8 anos. A partir dessa idade, eles se espalham por todo o resto do corpo.
- Desgaste articular: as patologias osteoarticulares são mais frequentes em animais mais velhos, principalmente em raças grandes.
- Sentidos: como qualquer outro animal que envelhece, a visão, o olfato e a audição ficam menos aguçados à medida que a vida avança.
- Outros sinais: perda de memória, baixa atividade, diminuição da qualidade da pelagem, etc.
Como calcular a idade dos cães em anos humanos?
Agora que você já sabe ou estimou a idade do seu cão, basta aplicar a fórmula necessária para estimar sua idade em anos humanos. Pesquisadores da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) descobriram que a relação entre a idade de um humano e de um cachorro não é linear, como se pensava anteriormente.
Segundo o estudo, um cão atingiria a maturidade em seu primeiro ano de vida, o que equivaleria a 30 anos humanos.
Na verdade, os cães envelhecem mais rápido no início da vida e esse processo fica mais lento depois. Embora o estudo tenha sido feito analisando o sangue de cães da raça labrador retriever (que é o que mais se assemelha à expectativa de vida humana), ele pode dar um cálculo aproximado para outras raças.
A fórmula para encontrar a equivalência entre anos caninos e humanos
O objetivo do estudo, além de encontrar a fórmula para calcular a idade dos cães em anos humanos, foi estabelecer uma equivalência entre as fases de vida de ambas as espécies.
Dessa forma, a fórmula é a seguinte: se você quer saber a idade de um cão em anos humanos, deve multiplicar seu logaritmo natural por 16 e somar 31. Se você não for bom em matemática, não se preocupe: eles criaram uma calculadora on-line.
Esta fórmula, como dito acima, é capaz de determinar a equivalência no processo de envelhecimento de ambas as espécies. Além de igualar a expectativa de vida média de labradores e humanos (12 e 70 anos, respectivamente), também fornece dados como o fato de um filhote de 7 semanas equivaler a um bebê de 9 meses.
Aplicações da fórmula
Embora este cálculo forneça dados aproximados, a verdade é que as suas aplicações são interessantes. Esta técnica, aplicada para conhecer os diferentes períodos vitais de cada raça, daria resultados muito interessantes em relação ao envelhecimento dos cães.
Esses estudos podem encontrar respostas sobre por que alguns cães desenvolvem doenças em idades mais jovens do que outros, por exemplo.
Por outro lado, essas calculadoras, chamadas de relógios epigenéticos, permitem que uma idade biológica seja calculada a partir dos níveis de metilação do DNA. São uma promessa para a prevenção na medicina e o avanço no tratamento de doenças associadas ao envelhecimento. No entanto, quando aplicadas a certas questões do mundo humano, os alertas morais disparam.
Em um mundo dominado pelo tráfego de dados, as mãos que monopolizam essas descobertas podem usá-las para fins antiéticos. Há um debate aberto a esse respeito, no qual empresas de seguros e ciências forenses são acusadas de usar esses dados em benefício próprio.
Como tudo na vida, cada nova descoberta tem uma face escura e outra brilhante. É função das instituições e dos governos usar esses estudos para curar doenças e evitar que sejam usados para decidir por quanto um seguro deve ser vendido.
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