Os cervídeos mais desconhecidos do mundo
Escrito e verificado por a veterinária Érica Terrón González
A imagem que temos dos cervídeos é dominada pelas grandes espécies, tais como alces ou veados. Todos grandes, majestosos e com enormes chifres. Todos imponentes, inspirando respeito e até mesmo medo. Mas e quanto aos cervídeos mais desconhecidos do mundo? Eles se encaixam nessa imagem? A seguir, vamos apresentar alguns deles.
Veado-mula
O Odocoileus hemionus é encontrado principalmente no Canadá, nos EUA e no México. E também foi introduzido na Argentina. É conhecido como “veado-mula” por causa de suas grandes orelhas, parecidas com as orelhas desse simpático animal.
Na maioria das vezes, apresenta um comportamento gregário. Por exemplo, as fêmeas formam grupos com os seus filhotes. Os machos jovens, por sua vez, se associam em grupos de quatro a dez indivíduos. No entanto, os machos adultos são solitários.
O cervo-do-pantanal, um dos cervídeos mais desconhecidos do mundo
Também conhecido como “suaçuetê”, o Blastocerus dichotomus pode chegar a 2 metros de comprimento e 1,20 de altura. Por isso, é considerado o maior cervo da América do Sul. É chamado de “guasú” em guarani, uma das línguas oficiais de um grupo de nativos sul-americanos.
Atualmente, está reduzido a pequenas populações isoladas em estuários e lagoas de alguns rios da América do Sul. De fato, está incluído na lista de espécies protegidas pelo acordo CITES.
Além do seu tamanho, a característica mais reconhecível do cervo-do-pantanal são os chifres ramificados que podem chegar a 60 centímetros.
O huemul ou cervo sul andino
O Hippocamelus bisulcus vive nos Andes chilenos, embora uma pequena porcentagem habite a parte argentina. É classificado como uma espécie em extinção, principalmente por ser alvo de caça.
O huemul é gregário e forma pequenos grupos de dois a três animais. Esses grupos geralmente são formados por uma fêmea e seus filhotes. Mas também existem espécimes que levam vidas solitárias.
O chital da Índia, um dos cervídeos mais desconhecidos para o mundo ocidental
O Axis axis é um cervídeo típico do continente asiático. É uma espécie gregária, que forma grupos femininos com os filhotes e grupos de machos.
Também é conhecido como “cervo malhado” porque permanece com manchas brancas na pelagem que, em outras espécies, desaparecem após a infância.
Os pudus, os menores membros da família dos cervídeos
Também chamados de “veadinhos” por causa da sua aparência parecida com a desses outros animais. Existem diversas espécies espalhadas pelo continente sul-americano vivendo nas florestas.
Eles medem entre 60 e 90 centímetros de comprimento, apenas 30 centímetros de altura e não pesam mais do que 10 quilos. Seu tamanho e aparência, com uma cabeça redonda e curta, fazem com que sempre pareçam filhotes.
O sambar
O Rusa unicolor vive no sudeste da Ásia, mas também foi introduzido na Oceania e nos EUA. Vive na floresta, solitário, exceto na estação reprodutiva.
O cervo-latidor, outro dos menores e mais desconhecidos cervídeos do mundo
Os Muntiacus são um gênero de cervídeos originários do Sudeste Asiático, embora tenham sido posteriormente introduzidos na Europa. Habitam selvas e florestas e não têm mais de 45 centímetros de altura na cernelha.
Ao contrário de outros cervídeos, o cervo-latidor é onívoro, come ovos, carniça e também caça pequenos mamíferos ou pássaros que fazem ninhos no chão.
O veado-d’água-chinês
O Hydropotes inermis inermis é um cervídeo originário da China e da Coreia, embora tenha sido posteriormente introduzido na Europa. É especialista em se esconder e, por isso, adora viver entre juncos e na grama alta. Habita montanhas, pântanos e pradarias.
Sua característica mais marcante é que ambos os sexos não possuem chifres, mas contam com caninos superiores altamente desenvolvidos. Esses dentes podem medir até 52 milímetros nos machos e são uma arma perigosa.
O cervo sika, um dos cervídeos mais desconhecidos do continente asiático
O Cervus nippon é nativo do Extremo Oriente, embora também tenha sido introduzido em outros lugares, tais como Oceania ou Europa. Possui uma ampla distribuição, o que causou a sua divisão em numerosas subespécies, muitas delas insulares.
Conclusão
Como vemos no artigo, nem todos os cervídeos precisam ser grandes e ter chifres aterrorizantes. Alguns são pequenos e têm uma aparência muito menos ameaçadora. Embora sejam espécies desconhecidas, especialmente na Europa, onde não existem muitas dessas espécies, elas merecem um certo reconhecimento.
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