Chinchila: características, comportamento e habitat

Perseguido pelo interesse econômico da indústria de peles, é um pequeno roedor interessante para se ter como animal de estimação. Vive muitos anos em cativeiro e é bastante limpo.
Chinchila: características, comportamento e habitat
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A chinchila é um bichinho que está cada vez mais na moda como animal de estimação, apesar de anteriormente estar muito ligado à indústria de peles. 

Este roedor dócil com pelos aveludados pode ser um grande companheiro e tem uma biologia fascinante.

A chinchila doméstica surgiu do cruzamento das duas principais espécies de chinchilas selvagens.

A chinchila de cauda curta e a chinchila de cauda longa. Com isso, foi possível obter um animal bem adaptado para a vida em cativeiro.

Características da chinchila

As maiores chinchilas são as domesticadas, e as fêmeas são mais pesadas (chegam a cerca de 800 gramas). Já os machos não passam de 600 g. 

Suas patas têm os dedos atrofiados: possuem quatro dedos funcionais nas pernas dianteiras e três nas patas traseiras; quase sem garras.

O mais característico desta espécie é o pelo espesso, que limita a evaporação e tem mais de 50 pelos por folículo.

Isso significa que, quando apanhados por predadores, podem escapar, pois seus pelos são muito quebradiços.

Infelizmente, o fato de ter mais de 20 mil pelos por centímetro quadrado é a causa de sua relação com o ser humano, pois chamou a atenção da indústria de peles.

Na natureza, esses animais cuidam de seus pelos banhando-se em poeira vulcânica.

Estes animais vivem cerca de 10 anos em liberdade, mas em cativeiro podem chegar a 25 anos. Sua grande longevidade (para um roedor) é uma das principais razões para as pessoas escolherem-no como animal de estimação.

chinchila comendo

Comportamento da chinchila

A chinchila é um animal vegetariano e, portanto, se alimenta de dezenas de espécies de plantas, especialmente gramíneas, embora sua dieta se adapte à época do ano. 

Em cativeiro, as chinchilas se alimentam de alfafa ou feno e ração.

Na natureza, elas não parecem beber água, mas isso é porque elas obtêm a água necessária através do orvalho. 

No entanto, em cativeiro, será sempre necessário dar-lhes a quantidade adequada de hidratação.

Esses animais se comunicam através de vocalizações muito variadas, como latidos ou pequenos gritos, que variam em intensidade e duração. 

Elas são animais noturnos, embora também tenham picos de atividade ao amanhecer e ao anoitecer.

A chinchila tem um ciclo reprodutivo lento. Atinge a maturidade sexual aos cinco meses e entra no cio durante cinco dias por mês.

A gestação é de 111 dias (quase 4 meses) e os filhotes começam a se alimentar de comida sólida quase que imediatamente. 

chinchila

Esta espécie se abriga em terrenos arenosos ou sob rochas e vive em grandes colônias de cerca de 100 indivíduos, mas que pode chegar a 500 indivíduos.

Estes animais cobrem uma grande área da terra, que pode atingir 100 hectares por colônia.

Na natureza, as chinchilas fazem suas tocas sob pedras ou no chão. Vivem em climas frios, e é por isso que têm uma pelagem densa. São sociais e vivem em colônias. Geralmente têm ninhadas de um a dois filhotes.

Habitat e conservação da chinchila

A chinchila é um roedor de ambientes áridos, que vive em cordilheiras, principalmente nos Andes e nos diferentes países que este atravessa.

Elas habitam solos arenosos e rochosos, cuja flora é reduzida a poucas gramíneas, cactos e outras plantas espinhosas.

A caça intensiva por sua pele levou esta espécie praticamente a ser extinta na natureza.

As peles de chinchila eram exportadas principalmente para a Europa durante o início do século 20, quando um tratado foi assinado para proteger a espécie.

Atualmente, a chinchila é criada em cativeiro por sua pele, além de ser criada para servir como animal de estimação.

Apesar disso, as maiores proibições fizeram que o preço de suas peles aumentasse, o que tornou a caça ilegal deste roedor ainda mais lucrativa.

Embora existam projetos de conservação para proteger este animal, alguns temem que a população continue a declinar na atualidade.


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  • Piñones C. & Zuleta C. (eds). (2014). La Chinchilla en Peligro Hoy: Guía Pedagógica para Trabajar la Problemática Actual de Conservación de la Chinchilla Chilena y su Entorno. Ministerio del Medio Ambiente & Red de Apoyo a la Conservación de la Chinchilla. Región de Coquimbo, Illapel, Chile.
  • Álvarez, M. L. (2010). Manejo y crianza de la Chinchilla lanígera para la obtención de pieles en la Región de Magallanes (Doctoral dissertation, UNIVERSIDAD DE MAGALLANES).

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