Como um cão pode pegar filariose?
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
A filariose ou filaríase consiste em uma grave patologia parasitária transmitida pelas filárias, nematoides da ordem Spirurida. A principal forma de infecção ocorre através de picadas de mosquito, por isso os cães que vivem fora de casa têm mais facilidade para pegar filariose.
Atualmente, a filariose é difundida em todo o mundo e pode afetar cães de todas as idades e sexos, mestiços ou de raça definida, independentemente do seu tamanho.
Ao penetrar no corpo do cão, as filárias se alojam principalmente no ventrículo direito e nas artérias pulmonares para continuar amadurecendo. Portanto, a filariose também é conhecida como dirofilariose em cães.
A evolução do quadro clínico dessa doença pode causar sérios danos à saúde do animal, e isso pode causar insuficiência cardíaca se não for tratado corretamente.
A seguir, vamos falar mais sobre a filariose em cães, seus sintomas e possíveis tratamentos. Além disso, vamos oferecer algumas dicas para evitar o verme do coração em seu melhor amigo e preservar sua boa saúde.
Ciclo de vida e evolução da filariose no organismo canino
A filariose entra no organismo canino através de picadas de mosquito. Durante a picada, o inseto transmite ao cão as larvas de filárias encontradas em sua saliva.
Uma vez no organismo do cão, as filárias migram por todo o corpo, passando por diferentes fases do seu ciclo de vida e causando diferentes sintomas no animal.
Essas larvas imaturas viajam pela corrente sanguínea para alcançar as artérias pulmonares e o ventrículo direito do coração. Nestes locais, elas vão realizar o seu processo de maturação.
Se o crescimento das larvas não for interrompido neste momento por um tratamento eficaz, o número de vermes continuará a aumentar até que uma nova migração seja necessária.
Em geral, a primeira migração da larva ocorre do ventrículo direito para o átrio direito. Quando o coração já está saturado, os vermes também podem migrar para as veias e cavidades hepáticas. Neste momento, o risco de sofrer insuficiência cardíaca aumenta muito.
O crescimento da população de vermes nas artérias pulmonares interfere na correta circulação sanguínea e na oxigenação do corpo. Por um lado, a obstrução do fluxo sanguíneo favorece a formação de coágulos, o que pode levar a um tromboembolismo pulmonar.
Além disso, a má circulação sanguínea prejudica a oxigenação de outros órgãos. Portanto, em estágios mais avançados de filariose, o cão pode sofrer múltiplos casos de insuficiência cardíaca, hepática, renal, etc. Nesse estágio, os colapsos podem ocorrer e o cão fica vulnerável a uma morte súbita.
Sintomas da filariose em cães
Os primeiros sintomas da filariose geralmente são gerais e difíceis de identificar. De fato, a doença costuma começar de forma assintomática em muitos cães. No entanto, esses sinais se intensificam à medida que a população de vermes aumenta no organismo do animal.
Em geral, os sintomas associados à filariose em cães são:
- Cansaço e falta de vontade de brincar, correr e fazer atividades diárias.
- Perda de peso e apetite.
- Tosse.
- Ritmo acelerado de respiração.
- Desmaio (geralmente mais comum antes da atividade física).
- Colapsos.
- Morte súbita.
Tratamento da filariose canina
O tratamento da filariose canina dependerá fundamentalmente da evolução da doença no organismo de cada cão. Ou seja, a população de vermes, seu status de crescimento – carga parasitária – e o estado de saúde de cada animal.
Um diagnóstico precoce quase sempre melhora o prognóstico e aumenta as chances de sucesso do tratamento. Portanto, é essencial levar seu melhor amigo ao veterinário para identificar qualquer alteração em sua aparência ou comportamento habitual.
O que fazer para evitar pegar filariose?
Todos os cães adoram brincar e se divertir ao ar livre enquanto compartilham grandes momentos com seus donos. No entanto, devemos garantir que essas atividades externas não ameacem a sua saúde. A primeira medida fundamental para não pegar filariose é evitar expor seu melhor amigo às picadas de mosquito.
Em lojas de animais, já podemos encontrar repelentes de insetos especialmente desenvolvidos para cães. Também é possível fazer repelentes caseiros com óleos essenciais (citronela, por exemplo), frutas cítricas e óleo de coco. No entanto, nunca devemos aplicar repelentes feitos para humanos em nossos animais de estimação.
Também é essencial oferecer ao nosso animal uma nutrição completa e equilibrada que lhe permita fortalecer o seu sistema imunológico. Um cão com defesas naturais fortalecidas será menos vulnerável a todos os tipos de patologias.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.