Denunciam a caça da maior baleia do mundo
Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez
Grupos ecológicos denunciam a caça da maior baleia do mundo, a baleia azul. Esta espécie apareceu desmembrada em um navio islandês, apesar de estar protegida.
A caça às baleias foi praticamente erradicada pelos primeiros movimentos ambientais no final do século 20, que procuravam proteger as baleias.
No entanto, alguns países continuam a preservar essa prática e até tentam torná-la moda novamente.
Por que a caça da baleia azul é proibida?
Os autores desta atrocidade são a única companhia baleeira da Islândia, conhecida como Kristjan Loftsson. A baleia azul é uma espécie em extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e a caça desta espécie é ilegal.
A companhia islandesa só pode capturar uma espécie de baleia conhecida como baleia-comum, um dos cetáceos do Mediterrâneo, de modo que a caça à baleia azul é um verdadeiro ataque à fauna marinha.
A baleia azul era abundante em todos os oceanos do mundo até o século 20, quando sua caça a levou quase à extinção. Atualmente, estima-se que existam entre 5.000 e 12.000 exemplares no mundo.
Portanto, a caça às baleias tem sido responsável por essa redução: antigamente, estima-se que havia cerca de 300.000 exemplares na Antártida, enquanto hoje existem cerca de 2.000 indivíduos.
A caça das maiores baleias do mundo é ilegal
A empresa islandesa se defendeu insinuando que as espécies que capturaram não são uma pura baleia azul, mas um híbrido entre uma baleia comum e uma baleia azul.
Os híbridos de baleia são muito raros. Segundo os especialistas, apenas cinco espécimes foram registrados nos últimos 40 anos em águas do norte da Europa.
Além disso, as imagens divulgadas mostram o que para os especialistas é um macho juvenil de baleia azul, por isso, seria a primeira vez em que uma baleia dessa espécie é abatida no mundo em quase meio século.
A caça às baleias ainda é legal em muitos países
A proibição de caçar baleias veio em 1986, embora vários países tenham conseguido manter suas atividades como baleeiros e caçadores de golfinhos por muitos anos.
É impressionante saber que os baleeiros bascos foram alguns dos mais prolíficos da Idade Média.
Um exemplo disso é o Japão, um país que afirmou que caçava suas baleias para fins científicos. No entanto, os japoneses são os maiores consumidores de carne de cetáceos e logo ficou claro que sua caça era para fins comerciais.
Infelizmente, eles conseguiram continuar praticando a caça de baleias e outros mamíferos marinhos, como os golfinhos. Em 2017, mais de 333 baleias foram mortas neste país, muitas das quais estavam prenhas.
No caso de alguns países nórdicos, a Islândia e a Noruega continuaram a praticar a caça à baleia aproveitando brechas legais.
No caso da Islândia, só havia permissão para caçar algumas espécies de baleias, de modo que a caça à baleia azul viola sua própria legislação.
Os países nórdicos continuam a caçar baleias para o mercado da Ásia, então, um dos objetivos das organizações conservacionistas é educar essas populações, para que elas não consumam cetáceos.
O DNA decidirá o que acontece com a caça às baleias azuis na Islândia
Dada a raridade dos híbridos e o corte do animal, a identificação dessa baleia azul será feita pelo DNA, que decidirá se ela poderá ser vendida na Ásia.
Por outro lado, se for uma baleia azul, não só não poderá ser vendida, como serão impostas sanções a esses baleeiros.
Isso poderá bani-los do mercado de caça às baleias, o que deixaria o país sem nenhuma empresa dedicada à caça desses animais.
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