10 aves ameaçadas de extinção
Revisado e aprovado por o biólogo Samuel Sanchez
As plumagens coloridas das aves são apenas um de seus grandes atrativos. No entanto, isso faz com que muitas espécies sejam removidas de seu habitat natural e forçadas a se tornarem animais de estimação, o que afeta seu comportamento selvagem e sua sobrevivência. A seguir, vamos apresentar 10 aves ameaçadas de extinção como resultado de vários problemas.
Papagaio-cinzento (Psittacus erithacus)
Essa espécie é endêmica das florestas tropicais da África central e ocidental e se destaca no meio ambiente graças à sua particular tonalidade cinza. Além disso, possui uma bela “cauda” de penas vermelhas que se destacam com a cor amarela de seus olhos. Embora a perda de seu habitat seja uma de suas ameaças, a caça furtiva é o fator que mais afeta as espécies.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o papagaio cinza africano está “Em perigo (EN)”.
Calau-de-capacete (Rhinoplax vigil)
É uma das aves ameaçadas de extinção, nativas de Bornéu, Sumatra e da Península Malaia, localizando-se em florestas baixas onde encontra diferentes frutas, das quais se alimenta. Fisicamente, caracteriza-se por possuir um escudo ou capacete, que vai da base até o meio do bico. A coloração de sua cabeça oscila entre vermelho e laranja.
De acordo com a UICN, a espécie está “Em Perigo Crítico (CR)” em decorrência da caça furtiva que visa obter suas penas e seu bico, que contém queratina e é mais precioso que o marfim. Embora existam atualmente vários planos de conservação em vigor, o calau-de-capacete ainda é uma espécie muito procurada no mercado negro.
Abutre-barbudo (Gypaetus barbatus)
Essa ave pertencente à família Accipitridae e distingue dos demais abutres por sua plumagem marcante. O abutre-barbudo realiza um comportamento raro no mundo animal: ele pega os ossos com as patas e os joga nas alturas e, depois de se quebrar nas pedras, os consome como alimento.
O abutre-barbudo desapareceu em vários de seus habitats naturais, como na Grécia e em algumas áreas da África e da Espanha. Suas maiores ameaças são caça ilegal, envenenamento, colisões com linhas de energia e perda de seu habitat. Seu estado de conservação global é “Quase Ameaçada (NT)”, embora possa variar dependendo da área geográfica.
Grou-coroado-oriental (Balearica regulorum)
Nativo da savana africana, especialmente nas áreas úmidas, o grou-coroado-oriental se distingue fisicamente por sua plumagem particular. Recebe esse nome graças a uma espécie de coroa de ouro que fica em sua cabeça. Seu vôo é um tanto pesado, pois o pescoço e as patas ficam estendidos e rompem um pouco com a forma típica. De acordo com a UICN, essa ave ameaçada de extinção encontra-se “Em Perigo (EN)”.
Coruja-das-neves (Bubo scandiacus)
Essa ave se tornou popular em todo o mundo graças à sua constante aparição na saga de filmes Harry Potter. Ela tem vários nomes relacionados à sua distinta plumagem branca, como “coruja-das-neves” ou “coruja-do-ártico”, já que esse círculo polar é seu habitat. Estima-se que apenas 2000 indivíduos permanecem divididos enter a América do Norte e a Europa, e as mudanças climáticas são a sua principal ameaça.
Cegonha-preta (Ciconia nigra)
É outra das aves ameaçadas de extinção que frequenta a Eurásia, o sul da África e a África tropical. O seu grande tamanho, a sua plumagem, entre o preto, o roxo e o verde, e as patas vermelhas fazem dessa cegonha uma ave muito particular. Sua população é escassa na Europa, especialmente na Alemanha e na Dinamarca. No entanto, desde 2016 a UICN a classifica como uma espécie “Pouco Preocupante (LC)”.
Kakapo (Strigops habroptilus)
O kakapo, pertencente à ordem Psittaciformes, é endêmico da Nova Zelândia e pode ser considerado o único papagaio que não voa em função de seu peso. Na fase adulta, essas aves podem atingir 1 metro de comprimento e pesar mais de 4 quilos.
Apesar de não voar, o kakapo conseguiu sobreviver a espécies invasoras que se alimentavam dele em seu ambiente natural devido à introdução de gatos e ratos pelo ser humano. Atualmente, são 202 espécimes em ambientes controlados, o que a classifica como espécie “Em Perigo Crítico (CR)”.
Pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principiais)
Graças aos distintos sons dessa espécie que foi considerada totalmente extinta, atualmente o pica-pau-bico-de-marfim é classificado como “Em Perigo Crítico (CR).” Seu habitat inclui as florestas da Flórida, Illinois, Carolina do Norte e algumas partes de Cuba.
Suas maiores ameaças são a caça furtiva e o desmatamento das florestas nas áreas mencionadas.
Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea)
O papagaio-de-peito-roxo da ordem Psittaciformes é endêmico das florestas brasileiras, onde são encontradas araucárias, embora também tenha sido avistado na Argentina e no Paraguai. A sua dependência dessas árvores é bastante elevada, uma vez que nidifica nas cavidades dos troncos e se alimenta dos pinhões dessa espécie vegetal.
Como consequência do desmatamento das matas onde as araucárias estão presentes, o estado de conservação do papagaio-de-peito-roxo é “Em Perigo (EN)”. As indústrias madeireiras são as principais culpadas desse desmatamento, embora a espécie também seja ameaçada pelo tráfico ilegal que vende o papagaio-de-peito-roxo como animal de estimação.
Felizmente, agora existem leis que protegem o papagaio-de-peito-roxo e sua casa.
Águia-das-filipinas (Pithecophaga jefferyi)
Como o próprio nome indica, essa espécie é endêmica nas Filipinas, especialmente das florestas e áreas de selva com árvores altas nas quais nidifica. Tem uma envergadura de mais de 2 metros e 1 metro de comprimento total, permitindo que se alimente de macacos e lêmures. Como muitas das outras aves que vivem nesse espaço, a fragmentação de seu habitat é sua maior ameaça.
Embora o governo filipino puna sua comercialização ou caça com até 12 anos de prisão e multas, a águia-das-filipinas permanece “Em Perigo Crítico (CR)”.
Como pudemos perceber, as causas que mais afetam a sobrevivência de aves ameaçadas de extinção em todo o mundo são o desmatamento e a caça furtiva. Por isso, elas são protegidas por leis nos países que habitam. No entanto, esses esforços nem sempre são suficientes e algumas fundações sem fins lucrativos assumem a responsabilidade de proteger e conservar essas aves.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
-
Kākāpō Recovery. Deparment of conservation Te Papa Atawbai. Recogido el 12 de junio de 2021 de: https://www.doc.govt.nz/our-work/kakapo-recovery/
-
Jones, C. G. (2004). Conservation management of endangered birds. Bird ecology and conservation: a handbook of techniques, 1, 269-302.
-
Tella, J. L. (2001). Action is needed now, or BSE crisis could wipe out endangered birds of prey. Nature, 410(6827), 408-408.
- Scott, J. M., & Carpenter, J. W. (1987). Release of captive-reared or translocated endangered birds: what do we need to know?. The Auk, 104(3), 544-545.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.